Moda

Abercrombie: marca que teve racismo e machismo em sua história

Com acusações de abuso e discriminação, a "Abercrombie & Firtch" teve sua história retratada no documentário "Abercrombie & Fitch: Ascensão e Queda", produzido pela Netflix

29 Abr 2022 - 20h10 | Atualizado em 29 Abr 2022 - 20h10
Abercrombie: marca que teve racismo e machismo em sua história Lorena Bueri

Durante o fim da década de 90 e início dos anos 2000, a marca Abercrombie & Firtch era referência no mundo fashion entre a juventude norte-americana. Hoje, reestruturada, a marca é tema do novo documentário da plataforma Netflix, que vai contar as acusações que a Abercrombie carrega em sua história. 

Machismo, racismo e plágio foram um dos motivos que levaram a marca da ascensão e dominância nas vitrines a queda e esquecimento. Fundada em 1892, o público alvo da marca era a elite branca nova-iorquina que usavam peças mais desportivas. Personagens como os presidentes John F. Kennedy e Teddy Roosevelt usavam peças da A&F.


A maioria dos modelos da Abercrombie & Fitch eram brancos  (Foto:Reprodução/Getty Images)


Buscando responder qual é o preço que se constrói uma empresa, o documentário Abercrombie & Fitch: Ascensão e Queda vai contar todos os problemas que a marca possuía nos bastidores.

Apesar de ser fundada no século 19, só foi entre 1990 e 2010 que a A&F viveu seu apogeu. Focando em jovens que frequentavam escolas, a marca usou modelos com corpos dentro dos padrões de beleza. Os caminhos que a etiqueta adotou foram confirmados após o antigo presidente da marca, Mike Jeffries, declarar que a loja estava de portas abertas para “gente magra e bonita”. Ao longo dos anos de existência, a Abercrombie recebeu diversas acusações discriminatórias, entre elas as de racismo e machismo.


De moleton o antigo presidente da marca Mike Feffries


O documentário, dirigido por Alison Klayman, mostra casos de assédio e racismo relatados por ex-funcionários da empresa. Um dos relatos é referente a exigência de que todas as pessoas vinculadas a marca, seja modelos ou vendedores, fossem caucasianos. As poucas pessoas não brancas que trabalhavam com a A&F eram responsáveis por trabalhos pesados em armazém e nos horários de pouca circulação de clientes.

Com o passar dos anos, iniciativas de grupos sociais foram criadas visando afrontar as declarações da Abercrombie. Uma das iniciativas foi a criação de um perfil no Tumblr, nomeado “Abercombrie Popular”, que postou fotos de pessoas em situação de rua vestindo peças da marca. Essa iniciativa aconteceu após Mike Jeffries declarar que as roupas da marca não serviam para todo mundo. 


Nota emitida pela Abercrombie & Fitch após a estréia do documentário (Foto: Reprodução/Instagram)


Atualmente a marca afirma que passou por uma reestruturação e o passado retratado no documentário não condiz com os princípios atuais.

 

 

Foto Destaque: Antiga peça de Abercrombie & Fitch Reprodução/Getty Images

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