Faleceu nesta quinta-feira (24) aos 41 anos a advogada Virginia Giuffre, apontada como principal denunciante do empresário norte-americano Jeffrey Epstein e do príncipe Andrew por abuso sexual. A morte foi anunciada pela família em um comunicado oficial nesta sexta-feira (25), de acordo com as emissoras BBC e NBC. O comunicado também informou que Virginia levou a própria vida.
A trajetória de Virginia
Morreu ao 41 anos na quinta-feira (24), na Austrália, Virginia Giuffre, apontou como o principal nome nas denúncias direcionadas a Jeffrey Epstein e ao príncipe Andrew por violência sexual, A família soltou com comunicado à imprensa confirmando o falecimento nesta sexta-feira (25). Segundo os familiares a causa da morte foi suicídio.
Virginia Giuffre, denunciante de Jeffrey Epstein (foto: reprodução/ Gregory P Mango/ nypost.com)
Em 2019, a advogada americana ganhou visibilidade ao se tornar a principal acusadora de Jeffrey Epstein e Príncipe Andrew no escândalo de abuso sexual do "caso Epstein'' e pela luta pelos direitos das diversas vítimas. Virginia afirmou que durante a adolescência foi exposta pelo empresário a ter relações sexuais com os amigos e colegas de Epstein.
Os depoimentos de Virginia foram essenciais para que outras denúncias vissem a tona e é um dos principais responsáveis por levar Epstein e sua ex-namorada Ghislaine Maxwell à prisão e por ter afastado o príncipe Andrew, filho de Elizabeth II e do príncipe Phillip, das suas funções com a realeza britânica. Em 2022 Virginia Giuffre e o Príncipe Andrew firmaram um acordo extrajudicial de US$ 16 milhões e o caso foi encerrado.
O caso Epstein
Jeffrey Epstein era um magnata americano que foi preso em julho de 2019 por exploração sexual e abuso de menores, em agosto daquele ano o empresário foi encontrado morto na prisão, uma autópsia declarada suicida. Segundo o governo americano, durante os anos 2000, Epstein explorou mais de 200 meninas menores de idade.
Jeffrey Epstein para o registro prisional (foto: reprodução/HO/ New York State Sex Offender Registry/ AFP/ noticias.uol)
Antes de 2019, Epstein já havia enfrentado outras acusações de violência e exploração sexual de menores. A primeira vez foi em 2005, quando uma série de denúncias de abuso contra garotas menores de idade chegou à polícia, mas o empresário afirmou que as relações eram consensuais e que defendia que as vítimas já tinham mais de 18 anos.
Em 2008, Jeffrey se declarou acusado de exploração de menores, fazendo um acordo que determinou 13 meses de prisão e indenização às vítimas, mas em 2019 o acordo foi revisto por um juiz na Califórnia e considerado ilegal.
Foto Destaque: Virginia Giuffre, denunciante de Jeffrey Epstein (reprodução/Instagram/@pablogsalum)