Textor afirma que cometeu erros que prejudicaram o futebol do Botafogo em 2025

Para Textor, diversos fatores culminaram nas eliminações do Botafogo nos mata-matas que disputou em 2025 e projeta Brasileirão como possível

12 set, 2025
John Textor | Foto: Reprodução/Ruano Carneiro/Getty Images Embed
John Textor | Foto: Reprodução/Ruano Carneiro/Getty Images Embed

Após a eliminação do Botafogo para o Vasco nos pênaltis pela Copa do Brasil 2025, John Textor veio a público para se pronunciar pela primeira vez sobre o planejamento do clube para a temporada. Sem dar muitos detalhes sobre seus erros, o dono do clube afirmou que foram inúmeros os desacertos que culminaram em uma temporada considerada ruim pela diretoria e torcida alvinegra.

Saída de titulares e reposições foram criticadas pela torcida

Um dos fatores mais lembrados para o Botafogo estar nesta situação foi a saída de vários jogadores titulares nas conquistas do Brasileirão e da Libertadores em 2024.

Além das já previstas saídas de Luiz Henrique para o Zenit e de Almada para o Lyon, atualmente no Atlético de Madrid, o clube ainda viu as saídas de Gregore para o Al Rayyan do Catar, Junior Santos para o Atlético Mineiro, John e Igor Jesus para o Nottingham Forest.

Para completar, ainda saiu Jair Cunha, contratado no início do ano junto ao Santos e que era titular da equipe e Cuiabano, vindo do Grêmio, ambos para o Nottingham Forest com o agravante de o lateral esquerdo ter voltado por empréstimo ao alvinegro.


Botafogo ainda não conseguiu repor saída de Luiz Henrique (Vídeo: Reprodução/YouTube/@Futcrown)

Com essas saídas, as reposições não corresponderam á altura. Até aqui, Montoro, contratado para repor a saída de Almada e Artur para repor a ida de Luiz Henrique à Rússia, não deram o resultado esperado e não conseguiram ser ponto para desequilibrar os jogos a favor da “Estrela Solitária”. Neto, contratado para repor John, falhou em momento crucial e ainda não mostrou segurança no gol alvinegro.

Sempre que perguntado sobre as saídas, inclusive na Copa do Mundo de Clubes, Textor afirmou que as transferências faziam parte daquilo que ele chama de “Botafogo Way”.

Botafogo trocou quatro vezes de técnico

Artur Jorge acertou sua saída do Botafogo em 3 de janeiro de 2025 e a partir de sua saída outros quatro treinadores passaram pelo banco de reservas, em sua maioria colecionando críticas pelo desempenho da equipe.

O primeiro a ter a missão de conduzir o Botafogo foi Carlos Leiria, que até aquele momento nunca tinha treinado equipes profissionais. O objetivo de Textor com a decisão era ganhar tempo até acertar com o novo treinador, mas não conseguiu manter o desempenho da equipe.

Ao todo, Leiria comandou o time em dez jogos com seis derrotas e quatro vitórias. O pior resultado foi a derrota na Supercopa do Brasil para o Flamengo em Belém por 3×1, sendo amplamente dominado.


Derrota na Supercopa marcou início de temporada do Botafogo (Vídeo: Reprodução/YouTube/@getv)

Após sua saída foi a vez de Cláudio Caçapa tentar conduzir o clube até o acerto com o novo treinador, mas a derrota na Recopa Sul-Americana sendo dominado com facilidade pelo Racing fez o Botafogo escolher Renato Paiva para ser o novo comandante.

Paiva começou sua jornada nos últimos jogos do alvinegro no Carioca, mas a campanha já era ruim demais para conseguir se quer ir para a Taça Rio, terminando o Estadual em nono lugar.

Os jogos com o time muito recuado e o desempenho abaixo da crítica registrados pelo treinador no Brasileirão e na Libertadores fizeram o técnico chegar pressionado para a Copa do Mundo de Clubes. Apesar da falta de confiança em seu trabalho, Renato Paiva conseguiu levar o alvinegro às oitavas de final com direito a vitória contra o PSG, mas com as derrotas para Atlético de Madrid e Palmeiras, com o time praticamente abdicando de atacar foram demais para John Textor, que demitiu o treinador após a eliminação afirmando que o estilo de jogo do treinador não era compatível com o “Botafogo Way”.

Agora com Davide Ancelotti, o Botafogo segue em busca de um padrão de jogo. Com um time irregular e apresentando oscilações, o filho do treinador da Seleção Brasileira vem enfrentando pressão no cargo, mas a princípio não corre risco de demissão.

As oscilações fazem com que o alvinegro esteja a dez pontos do líder Flamengo no Brasileirão e tenha sido eliminado para LDU na Libertadores e Vasco na noite de ontem pela Copa do Brasil.

Foco de Textor no Lyon preocupa

Além das decisões que interferem no campo e desempenho do alvinegro, outro fator que culminou em uma temporada considerada ruim para o Botafogo foi a prioridade dada ao Lyon por Textor.

Com uma possível queda para a Ligue 2, o estadunidense passou o primeiro semestre inteiro tentando livrar o Lyon da sanção pela grave crise financeira do clube francês. Por isso, diversas transferências e verbas conquistadas pelo Botafogo passaram para o Lyon por conta do caixa comum entre os clubes da Eagle Footaball, empresa que cuida das ações de ambos os times.

Após todo o imbróglio, Textor renunciou ao cargo de presidente do Lyon afirmando que a decisão era para dar maior prioridade ao Botafogo após a resolução do problema dos franceses. Porém, outro problema ameaça a SAF do time carioca, que é o litígio entre a Eagle Football e John Textor, no qual ambos os lados brigam para ter o comando do clube e não chegam a um acordo sobre os valores que o alvinegro tem a receber ou não do Lyon. Enquanto o imbróglio não se resolve, o time da estrela solitária segue à deriva sem saber como essa situação vai se resolver.

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