PSG rebate Federação Francesa e nega lesão de Bradley Barcola
Clube parisiense diz desconhecer qualquer problema físico no atacante e critica organização esportiva por quebra de confidencialidade médica
O Paris Saint-Germain e a Federação Francesa de Futebol (FFF) protagonizaram um raro embate público nesta segunda-feira (6), após divergências sobre o estado físico do atacante Bradley Barcola. A entidade nacional anunciou o corte do jogador alegando uma lesão crônica na coxa direita, o que foi prontamente desmentido pelo clube parisiense, que afirmou não haver qualquer problema físico relatado em seus exames internos.
Divergência sobre diagnóstico
Barcola se apresentou normalmente ao centro de treinamentos da seleção francesa junto com o restante do elenco convocado por Didier Deschamps, para o início da preparação para os duelos contra Azerbaijão e Islândia, válidos pelas Eliminatórias Europeias da Copa do Mundo de 2026. Poucas horas depois, a FFF divulgou um comunicado oficial informando que exames realizados por seu departamento médico teriam identificado uma lesão antiga no tendão da coxa direita do atacante, supostamente ocorrida no confronto entre PSG e Atalanta, pela Liga dos Campeões, em 17 de setembro.
Atacante Bradley Barcola em campo (Foto:reprodução/Instagram/@bradley_dls)
Diante disso, Deschamps optou por cortar Barcola da lista e chamou Florian Thauvin, do Lens, como substituto. O caso, porém, ganhou contornos de polêmica quando o Paris Saint-Germain respondeu publicamente, demonstrando surpresa e contestando as informações divulgadas pela Federação.
PSG exige respeito à confidencialidade médica
Em nota oficial publicada em suas redes sociais, o PSG afirmou que enviou um relatório médico à FFF logo após a partida contra o Lille, no último domingo (5), documento que não indicava qualquer lesão crônica ou problema físico relevante. “As informações publicadas neste comunicado de imprensa não correspondem de forma alguma às informações médicas comunicadas pelas equipes médicas do Paris Saint-Germain”, declarou o clube.
O comunicado ainda reforça a necessidade de preservar a confidencialidade médica entre instituições e atletas. “O Paris Saint-Germain também insiste que a confidencialidade médica deve ser respeitada para o bem de todas as partes”, completou o texto.
Com a troca de acusações, o caso acende um alerta nas relações entre clubes e federações sobre a transparência e os limites na divulgação de informações médicas de jogadores convocados. Até o momento, nem a FFF, nem o técnico Didier Deschamps se pronunciaram novamente sobre o episódio.
