Impasse financeiro entre Corinthians e Memphis trava futuro do atacante
Clube e jogador vivem impasse devido a salários e bonificações atrasadas; diretoria cogita renegociação, mas holandês não sinaliza acordo
O Corinthians vive um momento delicado nos bastidores envolvendo um de seus principais nomes do elenco: Memphis Depay. Com contrato até junho de 2026, o atacante holandês é destaque dentro de campo, mas os termos financeiros do acordo firmado na gestão passada têm sido motivo de preocupação na atual diretoria.
Salários e bônus em atraso
O timão já pagou cerca de R$ 57 milhões a Memphis junto da casa de apostas Esportes da Sorte, mas o clube ainda deve valores ao jogador. Entre eles estão bonificações por desempenho, como R$ 4,7 milhões pelo título do Paulistão e outros R$ 4,5 milhões por metas atingidas.
O acordo foi elaborado em setembro de 2024, durante a gestão de Augusto Melo, atualmente afastado. Internamente, membros da diretoria atual, liderada por Osmar Stábile, consideram os termos exagerados e avaliam uma possível renegociação. No entanto, reconhecem que Memphis dificilmente aceitará reduzir os valores.
Desejo de permanecer
Apesar do cenário, Memphis demonstra interesse em continuar no Corinthians. Com a Copa do Mundo de 2026 se aproximando, o atacante acredita que mudar de clube agora poderia prejudicar sua preparação para defender a seleção holandesa. Ele voltou a ser convocado por Ronald Koeman justamente durante seu período no Timão.
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Gol de Memphis contra o Botafogo (Vídeo: reprodução/Instagram/@corinthians)
Com multa rescisória de 10 milhões de euros (cerca de R$ 64,8 milhões), a diretoria sabe que só poderia encerrar o vínculo em comum acordo. Do contrário, teria que arcar com o valor integral à vista, algo inviável no atual momento financeiro do clube.
Clube se diz aberto
Em entrevista coletiva nesta segunda-feira (28), o presidente interino Osmar Stábile afirmou que as pendências com Memphis foram resolvidas e que o clube está disposto a conversar, caso o jogador manifeste interesse em renegociar. Até o momento, no entanto, o estafe do atleta não procurou a diretoria.
“Não fui procurado ainda. Se ele nos procurar e pedir, claro que vamos conversar. Estamos abertos a falar com todos os jogadores. Tem outros que vão vencer contrato na frente e vamos conversar, não tem problema nenhum. Mas não recebi qualquer sinalização do estafe dele.“, declarou o dirigente.
O Corinthians caminha em uma linha tênue entre manter um de seus principais jogadores e ajustar suas finanças em meio a um contrato pesado. Com a proximidade da Copa do Mundo e os altos valores envolvidos, o clube precisa encontrar um equilíbrio entre planejamento financeiro e desempenho esportivo.
