CBF apresenta versão modelo de Fair Play Financeiro
A Confederação Brasileira de Futebol apresentou nesta terça-feira (11), sua primeira versão do fair play financeiro, em reunião do Grupo de Trabalho (GT)
Em reunião do Grupo de Trabalho (GT), na sede da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), no Rio de Janeiro, foi apresentada a primeira versão do Fair Play Financeiro para o futebol brasileiro. Os participantes da discussão poderão enviar suas sugestões até às 18 horas dia 14 de novembro e a apresentação final será divulgada no dia 26 de novembro, no Summit CBF Academy.
Após três meses de reunião com representantes de clubes, federações, consultorias especializadas e outros profissionais, a CBF apresentou sua primeira versão do modelo, que deve passar por alterações após sugestões, envio de informações e feedbacks dos participantes do grupo.
Modelo deve seguir as principais ligas mundiais
Helder Melillo, diretor-executivo da CBF e relator do GT, destacou a participação dos representantes dos clubes e federações. Segundo ele, “demonstra o sucesso desse novo modelo de gestão da CBF”, afirmando também que aproveitaram cerca de 80% das sugestões que receberam e que o modelo final deve incluir a maioria das propostas.
Caio Rezende, diretor da CBF Academy, disse que o maior desafio “foi criar uma regulamentação que fizesse sentido para a realidade dos clubes brasileiros”, com a finalidade de evitar que os clubes gastem mais do que ganham e atrair investimentos seguros, sem limitar a gestão dos clubes.
Projeto de Fair Play Financeiro da CBF (Vídeo/YouTube/UOL Esporte)
O modelo proposto nas reuniões foi inspirado nas cinco maiores ligas do mundo (Inglaterra, Espanha, Itália, Alemanha e França), com adaptações para a realidade financeira e as características do futebol brasileiro.
Flamengo enviou sua proposta
Por meio de nota oficial, o Flamengo anunciou suas propostas para o Fair Play Financeiro. Nas propostas do Rubro-Negro incluem que os clubes endividados não devem levar vantagem, impedindo os clubes que estão em recuperação judicial de contratar novos jogadores; evitar uma espécie de “maquiagem” contábil, impedindo que os clubes escondam despesas em outras áreas como a base e o futebol feminino; premiar gestões que tiverem suas finanças organizadas e também destacou a proibição de gramados sintéticos, alegando que o sintético causa desigualdade e mais lesões, entre seus pontos.
Anderson Barros, diretor do Palmeiras, em entrevista, rebateu a nota do Flamengo sobre o Fair Play Financeiro, afirmando que “beira a leviandade”, a sugestão de proibição de gramado sintético no meio da pauta.
