Com um jogo morno, digno de triturar os nervos de sua torcida, o Vozão do Ceará se sagrou com emoção, nessa quarta, o mais novo tricampeão da Copa do Nordeste, o Nordestão, ou como os torcedores nordestinos chamam carinhosamente, a Lampions, numa alusão à milionária Champions Ligue. Vozão venceu também os torneios de 2015 e 2020. Num jogo desorganizado, o herói, normalmente é o goleiro. E não foi diferente. O goleiro Richard brilhou e a taça de 2023 vai para o estado do Ceará, novamente.
A escrita das penalidades pesou pela terceira vez, com o campeão vencendo sempre, na casa do vice. Na primeira edição do atual torneio, em 1994, o Sport de Recife venceu o CRB no Rei Pelé e em 2021, novamente, o Bahia venceu o mesmo Ceará, no Castelão, nas penalidades. Os pênaltis não convertidos, saíram dos pés de Gabriel Santos e Juba, do Sport. O que se viu, naquele momento, foi uma Ilha do Retiro, num silêncio anormal, só quebrado por poucos torcedores do Ceará, presentes na grande finalíssima.
No jogo, o Ceará havia vencido o primeiro duelo, por 2X1 e jogava por um empate. O Sport, para se sagrar campeão, precisava vencer por pelo menos dois gols de diferença, para se livrar das penalidades. As duas torcidas assistiram um duelo viril e sem muita técnica, com os dois times mais preocupados em se defender, do que agredir o adversário. Com a derrota, o Sport adiou para 2024, a conquista do tetracampeonato do torneio.
Os torcedores do Ceará, nessa semana, podem se gabar sobre a torcida rival do Fortaleza. Se no campeonato regional, a diferença é de 45 a 46 campeonatos, para o Vozão, no Nordestão, o Ceará sobra hegemonia. O Fortaleza não vence a Copa do Nordeste, há 9 anos.
Foto Destaque Ceará joga com o regulamento, vai para os pênaltis e vence o Sport, na Ilha do Retiro. Fonte/Reprodução Diário do Nordeste
