Pia Sundhage e sua comissão foram demitidos pela CBF após Copa do Mundo
A técnica Pia Sundhage foi demitida da seleção brasileira feminina, junto com sua delegação, após campanha ruim e eliminação precoce em Copa do Mundo.

Pia Sundhage foi demitida do cargo de técnica da seleção brasileira feminina após eliminação ainda na fase de grupos da Copa do Mundo. A técnica sueca de 63 anos estava no comando da seleção desde julho de 2019, também foi eliminada nas quartas de final das olimpíadas e teve uma campanha relativamente ruim na Copa do Mundo Feminina de 2023, visto que a seleção não era eliminada na fase inicial da competição a 28 anos. Com contato até agosto de 2024, a CBF optou por encerrá-lo ainda este ano, com o intuito de fazer uma reformulação no futebol feminino, até as categorias de base.
O contrato de Pia se estendia até o fim dos Jogos Olímpicos de 2024, em Paris, que ocorrerá no mês de agosto, mas foi encerrado pela CBF, que demitiu Pia Sundhage e sua comissão técnica: Ann-Helen Grahn, sua observadora técnica e Lilie Persson e Anders Joansson, seus auxiliares técnicos.
Pia Sundhage, ex-técnica da seleção feminina, preparando treinamento durante a Copa do Mundo Feminina de 2023. (Foto: reprodução/ Instagram/ @selecaofemininadefutebol)
Após a eliminação precoce na Copa, a CBF tomou por providência uma reformulação em toda sua estrutura, desde o comando técnico da seleção feminina principal até as categorias de base, havendo, assim, a demissão de Mayara Bordin, supervisora da seleção principal; Jonas Urias, técnico da seleção sub-20, e sua auxiliar Bia Vaz; Ana Lorena Marche, coordenadora de seleções; e Laura Zago, assessora de imprensa.
Em comunicado, feito através do Instagram oficial da Seleção Feminina de Futebol, o presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, se pronunciou: “Encerramos a partir de hoje o trabalho de Pia com a CBF. Quero agradecer a ela e a todos aqueles que conviveram e fizeram parte da comissão técnica da Seleção Brasileira Feminina de Futebol, que participou da Copa do Mundo Feminina FIFA 2023 . Pia trouxe também, nesse período de 2019 até aqui, um trabalho que, para a CBF e para o futebol brasileiro como um todo, foi muito importante. Desejamos a ela, em seus novos desafios, todo o sucesso“.
Campanha da seleção de Pia
Pia Sundhage chegou ao comando da seleção feminina em julho de 2019, para disputar as olimpíadas, já fazendo história, sendo a primeira técnica estrangeira a comandar a seleção canarinho.
Nas Olimpíadas, a seleção de Pia venceu a China pelo elástico placar de 5×0, empatou com a Holanda em 3×3, e venceu a Zâmbia por 1×0, se classificando em segundo lugar no grupo f, ficando atrás da Holanda no saldo de gols. Nas quartas de final, primeira disputa eliminatória da competição em questão, elas perderam para o Canadá nos pênaltis por 4×3, após um empate em 0x0 no tempo normal. O Canadá se sagrou o grande campeão olímpico, em cima da Suécia que levou a medalha de prata, e os Estados Unidos o bronze.
A conquista de Pia pela seleção feminina de futebol
Na Copa América, Pia foi campeã, junto com as meninas da seleção, em cima da Colômbia, por 1×0, em Julho de 2022. O título da Copa América dava ao Brasil a chance de disputar outro título, dessa vez contra um gigante Europeu: a seleção feminina da Inglaterra. Considerado um confronto muito difícil e preparatório, além de ser um mensurador de forças, para a Copa do Mundo de 2023, o Brasil empatou com a Inglaterra em 1×1 e perdeu nos pênaltis.
Na Copa, que ficou marcada como sendo a última da carreira de Marta, considerada a rainha do futebol, o Brasil passou pelo desprazer de não jogar sequer o mata-mata.
Pia já conquistou o ouro olímpico duas vezes com os Estados Unidos: em 2008, nas Olímpiadas de Pequim e em 2012, nos Jogos Olímpicos de Londres, além de uma medalha de prata conquistada com a Suécia, em 2016, no Rio de Janeiro.
Foto destaque: Ednaldo Rodrigues e Pia Sundhage se cumprimentando formalmente em anúncio da CBF sobre a demissão da técnica. Reprodução: Instagram/ @selecaofemininadefutebol