O funk está mais feminino e empoderado com a chegada da dupla DeLua, formada pelas cantoras Dêh e Lua. As jovens letristas e intérpretes estão conquistando espaço em um universo majoritariamente masculino, provando que mulheres da periferia também podem brilhar no ritmo que é a trilha sonora das quebradas.
Nascidas e criadas na Zona Norte de São Paulo, Dêh e Lua tiveram uma origem simples e enfrentaram muitas dificuldades, mas nunca desistiram de sonhar alto. Foi na dança que encontraram uma válvula de escape e uma oportunidade de expandir horizontes.
As duas se conheceram no grupo Identidade Em Movimento em 2015. No final de 2015 Lua engravidou, em 2016 aos 19 anos se tornou mãe, e levava o filho pequeno para os ensaios. Dêh conciliava os treinos com o trabalho como produtora do grupo. A paixão pela arte as uniu.
Anos depois, já donas de uma bagagem na dança, arriscaram os primeiros acordes no funk. “Quando gravamos nosso primeiro single nem acreditávamos que era nossa voz saindo do alto-falante. Foi mágico”, relembra Dêh.
A estreia veio com “Bumbum do Poder” em 2021. Logo depois vieram “Vem Bailar”, “Me Deixa Louca”, “Não Para” e o recente “Chora”, funks irreverentes sobre empoderamento e autoestima feminina.
O mais recente lançamento da DeLua promete ser outro hit da dupla. Trata-se da música “Chora”, que já está bombando nas redes sociais. Isso porque as cantoras desafiaram os fãs a gravarem vídeos no TikTok dançando ao som do funk. O resultado foi uma avalanche de vídeos com a hashtag, impulsionando o sucesso da música. No Instagram, “Chora” já integra a lista de músicas em alta na plataforma. Com uma melodia envolvente e letra empoderada, o hit promete entrar para a lista de grandes sucessos da DeLua.
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As críticas, é claro, vieram junto. “Um dia disseram que a gente não ia longe, pois não estávamos no padrão de beleza que a sociedade exige. Mas isso só nos fortaleceu”, conta Lua.
A dupla provou com talento que não precisa se enquadrar em estereótipos para brilhar. Hoje coleciona fãs e milhões de views com letras que valorizam todas as mulheres.
Apesar do machismo, encontram acolhimento entre outros funkeiros. “Tem gente que ainda estranha ver duas mulheres compondo, mas também recebemos apoio de artistas incríveis”, conta Lua.
O funk feminino veio para ficar e a DeLua quer abrir ainda mais portas. “Sonhamos alto e trabalhamos duro para isso. É possível, mesmo vindo da quebrada”, finaliza Dêh.
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Ouça as poderosas DeLua e compartilhe seu funk com atitude em:
Instagram: @delua_oficial
YouTube: @deluaoficial5038
Spotify: DeLua
TikTok: @deluaoficial