Empreendedorismo

Estônia permite criação e gerenciamento de empresas para residência digital

O programa de residência digital chega ao Brasil, podendo ser feito tudo online. A solicitação deve ser feita em cidades específicas, aqui no Brasil fica em São Paula.

14 Fev 2023 - 19h00 | Atualizado em 14 Fev 2023 - 19h00
Estônia permite criação e gerenciamento de empresas para residência digital Lorena Bueri

Existem 1.087 brasileiros que possuem cidadania virtual na Estônia, aproximadamente 288 deles tem o registro de companhia aberta no país. Essas pessoas conseguem acessar o mercado internacional sem sair do Brasil, por fundos de investimentos, remuneração em euro e dólar, possíveis parcerias, além de ter clientes europeus.

A Estônia é um país situado no norte da Europa, banhada pelo Mar Báltico e limitada pelo Golfo da Finlândia. Possui mais de 1.500 ilhas com uma paisagem diversificada, abrangendo florestas primitivas, praias rochosas e muitos lagos. Ex-república da União Soviética, o país é repleto de castelos, igrejas e fortalezas no alto de colinas. A capital é Tallinn, conhecida por sua cidade antiga preservada, pelos museus e pela sua torre de televisão de Tallinn, possuindo 314 m de altura e também conta com uma plataforma de observação.

O país importa produtos derivados do petróleo da Europa Ocidental e da Rússia. A energia do xisto betuminoso, indústria têxtil, produtos químicos, telecomunicações, setores bancários, de serviços, de alimentos e pesca, madeireiras, eletrônicos, construção naval e transportes são os aceleradores da economia.

A Região se tornou um ótimo e convidativo lugar para se morar, proporciona excelente qualidade de vida para a população e baixo índice de desemprego. A maioria da comunidade brasileira no país está concentrada nas cinco principais cidades do país. A aplicação para o e-Residency é parecida à aplicação para um visto e o processo pode levar até seis meses. Após isso, a abertura de uma empresa no país pode ser feita no dia seguinte e todo o gerenciamento dos negócios pode ser feito online.

Antes, os brasileiros precisavam ir até Madrid, Lisboa ou Nova York para solicitar a residência digital. O e-Residency, uma identidade digital que comprova a sua autenticidade em operações digitais, facilitando os negócios com países europeus. No Brasil pode ser solicitado em São Paulo.


Abrindo uma empresa na Estônia (Vídeo: Reprodução/ Vida na Estonia/ YouTube)


Primeiramente se deve investir em ações, abrindo uma conta em uma corretora de investimento. As corretoras mais indicadas para investir na Europa são: DriveWealth, Charles Schwab, Interactive Brokers e a TD Ameritrade. É primordial considerar o país onde a corretora está e a sua legislação, para não acarretar problemas iniciais ou futuros.

O local também permite o gerenciamento e criação de empresas por nômades digitais por meio do programa e-Residency. O programa de residência eletrônica torna mais fácil para se estabelecer uma empresa na Estônia. Além disso, o sistema de imposto corporativo, você só paga impostos quando distribuir os lucros, tornando o país mais interessante, especialmente para startups e um ágil crescimento.

No país, 1,3 milhão de habitantes possuem o programa de estímulo para startups e inovação desde 2014. O programa foi criado buscando promover valores como empoderamento, transparência, inclusão e segurança. A Estônia, com 99% dos serviços públicos sendo online, foram um dos pioneiros a criarem um programa global de identidade digital.

Pode ser uma oportunidade única abrir uma empresa em um país onde a tecnologia é super avançada, mas será que é benéfica tanto para os moradores quanto para quem se cerca de tanta tecnologia, especialistas respondem, em teoria pode ser vantagem para que as pessoas cresçam e enriqueçam com novos desafios e é possível ajudar ao país a crescer, contudo, na prática, acarreta cansaço, do desempenho no trabalho, dificuldade de concentração, prejuízo do sono, saúde mental.

A médio prazo, é possível ocorrer o comprometimento psíquico além do esperado, gerando estresse agudo, ansiedade, pânico, depressão, entre outros transtornos, doenças que foram pré-estabelecidas como o mal do século e isso o lado da tecnologia que muitos tendem a ignorar. Os índices de problemas que a tecnologia pode causar são alarmantes segundo especialistas que também afirmam de contrapartida que a tecnologia deve avançar.



Foto destaque: Estônia, foto do alto. Reprodução/ Hert Niks/Pexels

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