Em 2019, foram 10% dos galpões entregues que estavam pré-locados. Em 2020 subiu para 41%. E em 2021, atingiu o patamar de 51%, recuando um pouco devido à pandemia em 2022 e no fim de 2023 subiu para 39%. Os dados da Newmark apresentam que o saldo entre as áreas locadas e devolvidas tem sido forte desde janeiro deste ano, as devoluções têm crescido vastamente causando preocupações. Com uma economia alta nos últimos 4 anos, tem sido um choque que tenha chegue a este ponto.
Os galpões logísticos enfrentam o ano com uma quantidade grande de espaços comercializados, o que é um sinal de resiliência, após quatro anos consecutivos com picos de demandas altas.
Galpão vazio ( Foto: Reprodução/ Pizabay/ Pexels)
O presidente da consultoria Siila, Nicastro afirmou que os números do último trimestre de 2022 foram ótimos e que a economia brasileira está complicada, mas o setor de logística tem se saído relativamente bem, além disso, ele relata que houve acomodação. Consultores afirmam que não se veem tantas locações assinadas antes da entrega dos imóveis como teve nos últimos três anos e algumas empresas devolveram as áreas contratadas, consecutivamente as ofertas de novos empreendimentos deve cair.
O governo tomou a decisão de acabar com a isenção de imposto para encomendas de lojas internacionais e pode gerar respingo no setor. Algumas das maiores empresas de galpões que tinham potencial para crescer são a Shopee, Alibaba, Shein e a Shopper, todavia, o custo delas deve aumentar, o que afetará toda a cadeia.
Entre as empresas que fizeram a devolução dos imóveis recentemente, está a Amazon com 18 mil m² em Cajamar; o grupo Zaragoza, sendo o proprietário da Spani Atacadista possui 16 mil m² em Hortolândia e a empresa SBK BPO tinha 14,5 mil m², localizado próximo à Rodovia Imigrantes.
Foto destaque: Containers. Reprodução/ Kaique Rocha/ Pexels