Se você tivesse que atribuir toda a evolução alcançada pelo ser humano até hoje a um único conceito, qual você escolheria?
Desenvolvimento? Inovação? Minha escolha seria: autoliderança!
O ápice da grandiosidade humana se deu quando alcançamos a sabedoria necessária para reconhecer plenamente nossa própria existência. Ao considerar todos os aspectos bons, inclusive nossas limitações, decidimos assumir a responsabilidade por transformar a nós mesmos em um agente de superação. Escolhemos aprender com nossos percalços em vez de desistir por causa deles!
Aceitar que, dentre os animais, éramos um dos mais insignificantes e frágeis no ambiente – não tínhamos garras, carapuças, não lançávamos veneno, ou qualquer coisas do tipo – foi o “problema” que nos levou à invenção das lanças, arco-e-flechas e demais armas que garantiram nossa sobrevivência e supremacia.
Reconhecer o quanto éramos lentos, foi o fundamento para a invenção da roda e dos veículos que nos levaram a sermos, hoje, os animais que se locomovem com a maior rapidez do mundo.
A aceitação da nossa incompetência em voar como os pássaros foi o estímulo que nos permitiu, não apenas voar como os pássaros, as ultrapassarmos todos eles em velocidade e altura.
O antídoto para o fracasso
A nossa jornada é marcada por saltos inimagináveis, possíveis por meio da autoliderança que nos permitia nos ver além da impotência. Fracassar e assumir o “eu não sei” nos fez procurar alternativas para sermos mais funcionais, descobrir caminhos melhores, construir ambientes mais adequados.
O que é incrivelmente óbvio, mas ignoramos com frequência, é que o “não saber” é pré-requisito obrigatório para o “saber”. O “não existir” é pré-requisito para o “criar”. O “falhar” é pré-requisito para o “vencer”. Em outras palavras a humildade em admitir o desconhecido nos abre as portas do conhecimento. O vazio é o canvas para a criação. O aparente fracasso é o precursor do triunfo. E o que leva de um para o outro é a autoliderança!
Não pense que você não terá obstáculos no caminho, porque terá! Independente de quanto conhecimento você possua, das experiências que você já tenha vivido e das oportunidades que a vida te deu, sempre haverá algo novo, um enigma a ser decifrado e um desafio para você encarar.
O que irá te diferenciar é a ausência de obstáculos, mas de como você os enfrenta, aprende com eles e os converte em propulsores de evolução. O discurso de “seguir em frente sempre” não é uma simples frase motivacional, ela é o resumo do que sempre fizemos, seguindo e aprendendo. Jamais teríamos chegado tão longe sem reconhecermos nossas limitações.
A condução da própria evolução
Neste mosaico de triunfos e revezes, a autoliderança sempre foi a guia da evolução. Não é simplesmente atravessar tempestades, mas saber ajustar as velas, compreender a direção dos ventos e antever os céus claros além da escuridão.
Ela traz uma consciência clara de nossas capacidades e deficiências, nos impulsiona a um compromisso inabalável com o nosso desenvolvimento e desenvolve uma disposição incansável para se reinventar. É o ato de guiar a si mesmo através do desconhecido, com a coragem de enfrentar os erros, aprender com eles e construir pontes que te transportam dos obstáculos à superação deles. Aqueles que demonstram autoliderança são os verdadeiros artífices do destino humano, transformando o "eu não sei" em "vamos descobrir", o "não posso" em "ainda não posso", e o "é impossível" em "não é impossível ainda".
Grave bem isto: o maior resultado de um erro não é o eventual prejuízo que ele causa, é o aprendizado que ele traz. A forma como se lida com os reveses é o verdadeiro divisor de águas entre quem tem sucesso genuíno e quem não tem.
Qual dessas pessoas você deseja ser?