James Gunn comenta sobre a possibilidade da inclusão de Super-Choque ao DCU
O super-herói favorito dos brasileiros e que fez sucesso nos anos 2000 enfrenta impasses jurídicos e dificuldades de inclusão ao universo

Em uma recente entrevista ao podcast “New Blerd Order”, o chefe do “DC Studios”, James Gunn, comentou sobre a introdução do Super-Choque ao “DCU”, relatando ser apenas “uma questão de integrar [o Super-Choque] ao Universo DC”.
Ao contrário do personagem que recentemente teve seu filme lançado no cinema – o Superman – que teve os direitos de criação comprados, os direitos autorais de Super-Choque pertencem à “Milestone Comics” e o estúdio de Gunn possui apenas os direitos de distribuidor, licenciando o personagem apenas para papéis em séries animadas.
Ou seja, qualquer longa ou produção envolvendo o personagem precisa da aprovação da “Milestone Comics”, e é justamente nesse ponto que os entraves começam a pesar. As disputas judiciais em torno dos direitos autorais transformaram o futuro de Super-Choque em um impasse.
Problemas com a justiça
Em 2017, Charlotte Fullerton, viúva do criador de Super-Choque, Dwayne McDuffie, processou a “Milestone” alegando ter sido excluída da recriação da empresa, mesmo herdando 50% dos direitos autorais do personagem como parte da herança do marido. A “Milestone” seguiu publicando quadrinhos nos anos seguintes, mas o processo, aberto há oito anos, parece ter colocado uma barreira para o desenvolvimento de projetos maiores.
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James comenta sobre Super-Choque (Vídeo: Reprodução/Instagram/@newblerdorder)
“É como [o grupo de heróis] A Autoridade. A Autoridade tem sido um pequeno desafio simplesmente porque integrá-los ao Universo DC tem sido uma tarefa difícil, e o mesmo vale para o Super-Choque”, compartilhou o cineasta ao podcast.
Essa questão pode ser uma explicação do porquê de James Gunn e Peter Safran, copresidente e codiretor executivo da “DC Studios”, não avançarem com o desenvolvimento de produções envolvendo o Super-Choque.
O legado de Super-Choque no brasil
Exibido no Brasil entre 2000 e 2004 pelo “SBT”, Super-Choque marcou a memória dos fãs. A série tinha como protagonista Virgil Hawkins, um adolescente comum apaixonado por ciência e cultura pop que, após ser exposto a um agente químico, ganhou poderes eletromagnéticos e passou a enfrentar vilões.
Desenho animado Super-Choque (Foto: Reprodução/DC Comics)
Abordando temas como racismo, bullying, violência urbana e inclusão, a animação foi um sucesso tão expressivo que integrou outras produções da “DC” como Justiça Jovem.