Segundo Deadline, em menos de 48h do início da votação para a ratificação do seu novo acordo com os estúdios, foi divulgado pela classe um contrato com potencial de três anos de duração. Nele estão previstas diretrizes e regras que permeiam a utilização, criação ou modificação de obras que utilizam a Inteligência Artificial.
As novas obras estavam sendo produzidas sem o consentimento e os devidos créditos dos atores e atrizes. As ferramentas são capazes de criar novas obras a partir da utilização de reproduções artísticas feitas anteriormente, é possível copiar: vozes, técnicas, estilos próprios e mais uma infinidade de possibilidades de combinações.
Fran Drescher, presidente do SAG-AFTRA, junto com atores e atrizes durante as reivindicações (Foto: reprodução/Brasil de Fato)
O que está previsto no contrato
Em março deste ano, acompanhamos a classe artística estadunidense travando uma batalha judicial e levantando campanhas na internet contra as ferramentas que driblam os direitos autorais: a Inteligência Artificial Generativa (IAG).
Entre as regras das cláusulas estão: é necessário o consentimento explícito do autor para criações ou replicações, seja ele principal ou coadjuvante, é necessário remuneração pela criação e uso de suas réplicas, entre outras exigências que permeiam o tema. Além disso, no contrato provisório temos a cobrança por um aumento de 7% na maioria dos salários mínimos daqueles que compõem a categoria.
Para os figurantes, o acordo prevê que caso suas expressões faciais sejam alteradas ou diálogos sejam acrescentados à eles, os mesmos serão considerados promovidos à categoria de elenco de apoio.
Chega ao fim a paralisação da categoria
Foi aprovado por unanimidade pelo Comitê do SAG-AFTRA o acordo na última quarta-feira (8), e atendidas as exigências da classe conforme anunciadas pelo sindicato. Portanto, a greve da categoria se encerrou às 00h01 do dia 9 de novembro (horário de Los Angeles) e às 5h01 segundo o horário de Brasília.
Os roteiristas de Hollywood chegaram a um acordo com a SAG-AFTRA em outubro deste ano e com isso algumas produções já foram retomadas.
Foto destaque: Fran Drescher, presidente do SAG-AFTRA, durante uma das manifestações da greve (Reprodução/REUTERS/Mike Blake/Gshow)
