Gil do Vigor explica tarifa de 50% dos EUA sobre o Brasil e alerta impactos diretos no bolso
Ex-BBB e economista explica efeitos da medida norte-americana no dia a dia dos consumidores e destaca setores vulneráveis à nova tributação

O ex-BBB e economista Gil do Vigor utilizou suas redes sociais nesta quinta-feira, 10 de julho de 2025, para explicar em vídeo a nova medida anunciada por Donald Trump, na qual os Estados Unidos impõe uma tarifa de 50% sobre todos os produtos brasileiros exportados para o país norte-americano, prevista para entrar em vigor em 1º de agosto. Ele destacou a gravidade da decisão, visto que os EUA são atualmente um dos maiores parceiros comerciais do Brasil, e que setores como petróleo, aço, café e aviação serão diretamente afetados.
Em sua explicação, Gil ressaltou também as repercussões para o consumidor final brasileiro: “vai pesar no nosso bolso“, alertou, indicando que a medida não afetará apenas grandes empresas, mas também produtos de consumo diário.
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Publicação explicativa de Gil do Vigor (Vídeo: Reprodução/Instagram/@gildovigor)
Tarifa como ferramenta política
No segundo vídeo compartilhado, o economista criticou o uso da tarifa como moeda de pressão política. Ele afirmou que os EUA justificaram a medida como retaliação a decisões judiciais brasileiras, mas reforçou que “o Brasil é um país soberano” e que nenhuma outra nação pode interferir em suas decisões internas.
“Nós temos uma Constituição, e dentro dessas quatro linhas é que tudo é decidido e julgado. Então, nenhum país estrangeiro tem jurisprudência ou autonomia sobre as decisões que são tomadas no Brasil”, disse o influencer.
Segundo Gil, a estratégia dos EUA busca forçar o Brasil a ceder em disputas jurídicas. Ele também rebateu a narrativa de que apenas o Brasil teria se beneficiado até agora da relação comercial, usando uma metáfora de bombons, explicou que os EUA têm superávit, pois vendem mais ao Brasil do que compram, sendo portanto, segundo ele, os verdadeiros favorecidos.
“Eles disseram que só os EUA que se lascava nessa relação comercial com o Brasil, que o Brasil era ‘venha a nós e ao nosso reino, nada’. Mas como assim? Eles têm uma balança comercial superavitária. Imagina que você tem 10 bombons para vender e eu tenho 10 bombons para vender. O Brasil comprou os 10 bombons dos EUA, mas os EUA compraram só 5 bombons do Brasil. Os EUA deu a melhor, porque tinha 10 bombons e vendeu 10. O Brasil só vendeu 5 bombons e ainda comprou 10. Então basicamente o que acontece: os EUA é superavitário, vendeu mais do que comprou. O Brasil é deficitário, porque comprou mais do que vendeu. Então nessa relação comercial os EUA é o maior beneficiário”, explicou o economista.
Petróleo, aço, café e aviação são os segmentos que lideram as exportações brasileiras aos EUA e terão suas margens pressionadas em função da nova tarifa. Segundo Gil, a alta no custo de importados também pode impactar os preços no varejo nacional, chamando atenção para produtos do dia a dia, como alimentos e itens de mercearia.
Expectativa para os próximos dias
O anúncio da tarifa veio por meio de uma carta oficial enviada ao presidente Lula, evidenciando que a medida também tem intenções geopolíticas além do comércio. Já há movimento no governo brasileiro visando respostas diplomáticas e possíveis ajustes em políticas de reciprocidade.
Gil do Vigor, por sua vez, permanece ativo nas redes sociais, explicando de maneira didática os desdobramentos econômicos da taxa, reforçando que todos, de empresários a consumidores, sentirão os efeitos. A expectativa para as próximas semanas é de negociações entre Brasil e Estados Unidos, com foco em minimizar os impactos internos e manter o equilíbrio na balança comercial.