Fortuna de Giorgio Armani será dividida entre familiares e companheiro de longa data

Segundo a legislação italiana os herdeiros legítimos de Giorgio Armani têm direito à herança; família e Leo Dell’Orco assumirão liderança da grife e fortuna

05 set, 2025
Giorgio Armani | Reprodução/ Vittorio Zunino Celotto/ Getty Images Embed
Giorgio Armani | Reprodução/ Vittorio Zunino Celotto/ Getty Images Embed

Giorgio Armani, renomado estilista italiano, faleceu nesta quinta-feira (04), deixando um legado significativo na moda internacional. Conhecido por seu trabalho com celebridades e por comandar sua própria grife, Armani acumulou grande influência no setor e construiu uma fortuna expressiva. Com a morte do estilista, surgem dúvidas sobre a sucessão da marca e a distribuição de seus bens, envolvendo familiares próximos e pessoas de confiança. Especialistas indicam que algumas medidas já estariam em vigor para preservar a continuidade do império Armani, mas detalhes sobre a gestão futura e o destino de sua herança ainda não foram totalmente esclarecidos.

Fortuna de Giorgio Armani

Um dos maiores nomes das grifes italianas e da alta costura, Giorgio Armani, referência global no mundo da moda, faleceu nesta quinta-feira (04), aos 91 anos. Sem cônjuge ou filhos, deixa um patrimônio avaliado em mais de R$ 65 bilhões e um legado consolidado no mundo. Armani era o único acionista da marca luxuosa que, em seu auge, chegou a registrar faturamento anual superior a R$ 10 bilhões que estimava ser 2,3 bilhões de euros.

Em entrevista ao portal LeoDias, o advogado especialista em direito de família e sucessões Daniel Blanck destacou que, segundo a legislação italiana, herdeiros legais têm direito garantido a uma parte da herança, independentemente do testamento. Com isso, a irmã de Armani, Rosanna, as sobrinhas Silvana e Roberta e o sobrinho Andrea Camerana, todos ativos na gestão do grupo, terão papel estratégico na continuidade da maison.


A morte de Giorgio Armani (Vídeo: Reprodução/Youtube/G1)


Além da família, Leo Dell’Orco, companheiro e braço direito do estilista, é considerado provável sucessor da maison, termo utilizado para se referir ao império da marca. Blanck acrescenta que Dell’Orco deve receber parte da porção “disponível” da herança e conduzir a empresa em conjunto com os familiares, seguindo o planejamento do estilista para uma transição gradual e estruturada.

Colaborações com celebridades

O estilista italiano também teve grande influência na moda global, vestindo figuras como a princesa Diana. Em 1997, ela apareceu em Paris usando um blazer da grife, enquanto Armani desenvolvia um vestido para um noivado que nunca ocorreu. Segundo ele, Diana possuía um estilo próprio, elegante e moderno, que valorizava suas formas e traços.

Quem também não ficou de fora das homenagens feitas para o lendário estilista, foi Cauã Reymond que já trabalhou como modelo e chegou a colaborar diretamente com Armani. Durante participação no programa “Mais Você”, da Rede Globo, o artista relatou sua experiência com o estilista: “Trabalhei cinco anos, assisti aos desfiles e acompanhei o treinamento dele. Ele estava sempre presente, atento a todos os detalhes, algo raro para alguém de sua posição”. Após a morte de Armani, Cauã se despediu em suas redes sociais: “Hoje nos despedimos de um mestre. Trabalhamos juntos por alguns anos e sempre foi um aprendizado. A moda celebra sua história”, comentou o ator.

Fundação Armani

A independência do império Armani foi reforçada em 2016 com a criação da Fundação Giorgio Armani, responsável por monitorar a governança e preservar os valores da empresa. Alterações estatutárias de 2023 permitiram criar classes de ações distintas, concentrando o controle entre os herdeiros e Leo Dell’Orco, prevenindo aquisições externas. Assim, a maison mantém-se alinhada à visão do fundador, integrando liderança familiar, profissionalismo e atuação filantrópica.

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