Fallon e Colbert saem em defesa de Kimmel e acusam censura após suspensão
Jimmy Fallon e Stephen Colbert defendem Jimmy Kimmel após suspensão, criticam Trump e expõem debate sobre censura e liberdade de expressão

A suspensão de Jimmy Kimmel por comentários sobre um aliado de Donald Trump transcendeu o âmbito do entretenimento e se transformou em assunto político: em apoio ao colega, Jimmy Fallon e Stephen Colbert utilizaram seus programas de entrevistas para criticar a emissora, denunciar a censura e destacar a influência do ex-presidente na mídia dos Estados Unidos.
Fallon ironiza suspensão e expõe risco de censura
A interrupção do programa de Jimmy Kimmel deu início a uma reação em cadeia na televisão americana. Nesta semana, seus colegas de palco e concorrentes de audiência, Jimmy Fallon e Stephen Colbert, dedicaram parte de seus talk shows para apoiar o apresentador e questionar as razões que o afastaram da televisão.
Kimmel foi afastado da ABC após declarações controversas sobre o ativista conservador Charlie Kirk, que é próximo ao presidente Donald Trump. O incidente, rapidamente convertido em combustível político, provocou pressão de aliados republicanos e culminou com a penalidade aplicada ao humorista.
Jimmy Fallon reacts to ABC suspending Jimmy Kimmel’s show:
“A lot of people are worried that we won’t keep saying what we want to say, or that we’ll be censored, but I’m going to cover the President’s trip to the UK, just like I normally would” pic.twitter.com/FTQa1L3iA5
— DiscussingFilm (@DiscussingFilm) September 19, 2025
Jimmy Fallon demonstra apoio a Kimmel em seu programa (Vídeo: reprodução/X/@DiscussingFilm)
Fallon optou por seguir o caminho da sátira. Entre uma piada e outra, destacou a fama de Kimmel por sua bondade fora das câmeras e sugeriu que a suspensão pode ser interpretada como uma tentativa de censura. Em um momento, simulou uma interrupção repentina da transmissão, uma maneira divertida de alertar o público sobre a fragilidade da liberdade de expressão quando confrontada com interesses políticos.
Colbert sobe o tom em defesa de colega
Já Colbert escolheu um espetáculo separado. Ele apresentou uma paródia de “A Bela e a Fera”, com um visual de musical da Broadway, para criticar a decisão da emissora e criticar a influência de Trump nos bastidores. Com um tom áspero, chamou o presidente de “ditador” e destacou que a questão não se resumia a Kimmel, mas também ao direito dos apresentadores de desempenharem suas funções sem receio de represálias.
BREAKING: Stephen Colbert just had the best clap back at Donald Trump’s silencing of Jimmy Kimmel we’ve seen yet. This is amazing. pic.twitter.com/4vuxgT8hrr
— Democratic Wins Media (@DemocraticWins) September 19, 2025
Stephen Colbert apresentou uma paródia de "A Bela e a Fera" em seu programa (Vídeo: reprodução/X/@DemocraticWins)
A mensagem final ficou clara. “Hoje, todos somos Jimmy Kimmel”, afirmou Colbert, arrancando aplausos do público e resumindo a insatisfação da classe artística com o episódio.
🚨NEW: Stephen Colbert’s opening tonight will forever be remembered as one of the most powerful moments of late-night comedy in modern history.
This is a must-watch. Damn. 🔥
— CALL TO ACTIVISM (@CalltoActivism) September 19, 2025
Stephen Colbert durante a abertura de seu programa (Vídeo: reprodução/X/@CalltoActivism)
A suspensão, que poderia ser somente mais uma crise na televisão, desencadeou uma discussão mais ampla: até onde a liberdade de expressão pode ir quando a política se envolve?