Vitão fala sobre sexualidade: ‘Não sou gay ou hétero, sou tudo’

Em entrevista para a coluna do Lucas Pasin na Splash UOL durante o prêmio “Men of the Year” da GQ, Vitão se abriu sobre os haters, sobre sua sexualidade e sobre a música.

O cantor de 23 anos se tornou alvo nas redes sociais por ter mudado seu visual e aparecido com unhas pintadas, roupas femininas e de batom em seu Instagram e ele afirma que não se importa com os comentários negativos.

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_{(Post de uma foto do perfil do cantor Vitão. Imagem/Reprodução: Instagram)}

Vitão desmentiu recentemente que estaria namorando um homem, e por isso, afirma que não se rotula e que gostaria que as pessoas se preocupassem menos com sua vida amorosa. “Dão uma importância descabida para minha sexualidade. Com quem a gente transa ou se sente atraído não deveria ser algo tão importante para os outros.”, diz ele, acrescentando que vê o sexo como “a arte do toque” e diz ser “uma pessoa que gosta de gente”.

Quando perguntado da sua sexualidade, Vitão responde que está fugindo de rótulos. “Não gosto nem de me definir dentro de alguma sigla. Fujo de rótulos. Não me defino como hétero, bi ou gay. Eu sou tudo”, revela.

O cantor continua: “Criamos uma visão de mundo muito datada a partir da igreja e dogmas sociais. Somos um país com a maioria cristã, e muita coisa da nossa mente fechada vem disso. Vivemos dentro de regras. Gosto de me relacionar, beijar e tocar, e de estra com pessoas com quem me sinto bem”.

_{Vitão no Prêmio GQ 'Men of the Year' de 2022. (Foto: Reprodução/Roberto Filho)}

Apesar de não abraçar a causa LGBTQIA+, Vitão ressalta a importância da sigla para a sociedade. “Óbvio que muita gente precisa disso para se firmar. Vivemos dentro de uma sociedade extremamente homofóbica. Vivemos em uma sociedade em que eu me sinto bem em incomodar. Gosto de incomodar. É uma sociedade escrota.”

Em relação aos haters, Vitão conta que 2022 foi o ano que marcou a sua liberdade e que começou a aprender a lidar com o ódio nas redes sociais. “Muito do ódio gratuito das pessoas, que me odeiam simplesmente pela minha forma de ser, acaba se tornando combustível. Me dá mais gás para entregar um disco f*da e calar a boca de todo mundo. Sempre fiz isso e seguirei fazendo”, diz ele.

Por fim, o cantor diz que a música deu a ele autoconfiança para transformar os xingamentos em arte e conta que nos momentos em que ele se sente mal, quando o público o coloca nesse lugar, o que traz segurança é fazer música, produzir e tocar instrumentos.

Foto Destaque: Vitão divulgando sua música e clipe "Declaração". (Reprodução/Instagram)