No último sábado (17), o Brasil venceu a Guiné em um jogo marcado por várias ações antirracistas e de apoio ao jogador Vinicius Junior. Mas, antes do amistoso, o que foi visto foi mais uma situação lamentável de racismo.
Felipe Silveira (27), assessor de Vini Jr, foi proibido de adentrar o Estádio Cornellà-El Prat, na Espanha. De acordo com Felipe, os seguranças foram preconceituosos devido a sua cor. Silveira alega que ao passar pela catraca para entrar no estádio, foi revistado por um segurança, procedimento comum para evitar que objetos cortantes e armas dentro do local, entretanto, neste instante, um colaborador de luva azul, tirou uma banana do bolso da calça, apontou para ele e disse: “Levanta os braços essa é minha pistola para você”. O assessor estava acompanhando de outras três pessoas que ficaram revoltados e solicitaram a presença da polícia.
Enquanto eu jogava com a já histórica camisa preta e me emocionava, meu amigo foi humilhado e ironizado na entrada do estádio. O tratamento foi triste, em todos os momentos duvidaram da cena surreal que aconteceu. Os bastidores são nojentos. Mas pra deixar tudo público, pergunto… https://t.co/41RIJIJiuZ
— Vini Jr. (@vinijr) June 17, 2023
O jornal nacional flagrou a banana no bolso do funcionário, que não teve a identidade revelada. Ele também tentou impedir a gravação de imagens. O caso será investigado pela polícia e acompanhado pela Confederação Brasileira de Futebol. Através das redes sociais a CBF emitiu uma nota de repúdio. O presidente Ednaldo Rodrigues afirmou ter como “missão banir do futebol mundial não só o racismo, como toda e qualquer forma de violência, dentro e fora dos estádios”.
Vinicius também se manifestou: “Enquanto eu jogava com a já histórica camisa preta e me emocionava, meu amigo foi humilhado e ironizado na entrada do estádio. O tratamento foi triste, em todos os momentos duvidaram da cena surreal que aconteceu. Para deixar tudo público, pergunto aos responsáveis: onde estão as imagens das câmeras de segurança? ”, disse em uma rede social. O movimento antirracista estava presente na decoração do estádio, no uniforme todo preto utilizado pela seleção no primeiro tempo e no minuto de silêncio no início do jogo.
Foto Destaque: Felipe Silveira e Vini Jr. Reprodução/Globo Esporte