Sheryl McCollum, investigadora do caso de Tupac Shakur, afirmou em entrevista à NewsNation que acredita na ligação direta de Sean "Diddy" Combs com a morte do rapper e o tiroteio de 1994. Durante o programa "Banfield", McCollum detalhou suas suspeitas sobre o produtor musical.
Suspeitas de conexão de Diddy com a morte de Tupac
O primeiro ataque a Tupac ocorreu em 1994, no Quad Studios, onde ele foi baleado em um suposto assalto. McCollum questiona o ocorrido, afirmando: "Não é preciso disparar cinco vezes para roubar". Ela destacou que Diddy e sua comitiva de 40 pessoas saíram ilesos, e questionou: "Quem teria mais dinheiro e joias? Quarenta pessoas ou apenas Tupac?". Após o ataque, Tupac acusou publicamente Diddy e Biggie Smalls de estarem envolvidos. Em 1995, ao recordar o incidente, mencionou a falta de ajuda dizendo que ninguém se aproximou dele, e que Puffy estava recuando.
Dois anos depois, Tupac foi assassinado em Las Vegas, enquanto saía de uma luta de boxe. Ele estava no banco do passageiro de uma BMW, quando um Cadillac se aproximou e disparou. Tupac faleceu dias depois, aos 25 anos. As teorias sobre o envolvimento de Diddy ganharam força em 2008, quando Duane "Keefe D" Davis alegou que Combs ofereceu US$ 1 milhão para matá-lo e a Suge Knight. Em 2023, Keefe D foi preso, com o julgamento marcado para 2025. McCollum enfatizou que, em ambos os ataques, Tupac estava em posições vulneráveis. "Ele estava encurralado em um elevador em 1994 e em um carro em 1996. Não havia para onde correr", afirmou a investigadora, sugerindo que essas circunstâncias levantam questões sobre as motivações dos ataques.
Família de Tupac investiga assassinato
A família de Tupac Shakur está investigando um suposto envolvimento de Sean "Diddy" Combs no homicídio do rapper. De acordo com informações da Billboard e da Rolling Stone nesta sexta-feira (4), os parentes contrataram o advogado Alex Spiro, renomado por representar figuras públicas, para apurar possíveis conexões.
Fontes próximas à família afirmam que a investigação se focará nas alegações contra Diddy e estão otimistas em encontrar evidências substanciais. Spiro, que recentemente defendeu Alec Baldwin no caso do tiro que resultou na morte da diretora de fotografia Halyna Hutchins no set do filme "Rust", também já atuou em defesa de Jay-Z e Elon Musk. O caso foi mencionado em músicas de Eminem, como "Killshot", de 2018. "Mas, Kells, você só vai lançar um grande sucesso no dia em que Diddy admitir que foi ele quem ordenou a morte de Tupac", canta Eminem na música em um dos trechos. Confira a canção:
"killshot" de Eminem, lançada em 2018 (Música/Spotify/Eminem)
Neste ano, na colaboração de Eminem com JID, intitulada "Fuel", ele também fez referência ao caso: "R.I.P., descanse em paz, Biggie e Pac, vocês dois deveriam estar vivos. Mas não quero brigar com ele, porque ele pode me atacar, do tipo: 'Keefe D, pega ele'. E essa é a única maneira de você me eliminar." Diddy negou qualquer ligação com a morte de Tupac.
"A história é uma farsa", afirmou o rapper em resposta após uma reportagem do Los Angeles Times, que complementou dizendo "É mais do que ridículo e totalmente falso. Nem ele (o falecido rapper Notorious B.I.G.) nem eu estávamos cientes de qualquer ataque antes, durante ou depois do ocorrido. Estou chocado com o fato de o Los Angeles Times ter sido tão irresponsável ao publicar uma história tão infundada e completamente falsa", declarou o rapper Diddy na época, que hoje está preso por denúncias de tráfico e abuso sexual.
Foto Destaque: Tupac Shakur, morto em setembro de 1996 (Reprodução/Instagram/@tupac)