Nos últimos anos, mais e mais brasileiras têm usado o termo “Síndrome da impostora” para se referir a um problema que tem assombrado muitas mulheres: o ato de se desmerecer, autoboicote e baixa autoestima. Uma pesquisa feita em 2020, feita pela KPMG, com foco na liderança feminina, apontou que 75% das mulheres inseridas no mercado de trabalho sofrem com a síndrome da impostora, e 85% acreditam que a mesma afeta as mulheres em maior número.
É nesse contexto que a Eudora, marca do grupo Boticário, lançou essa semana sua nova campanha publicitária. Com o tema “Seu brilho é único”, a marca pretende convidar todas as mulheres a valorizarem a sua potência e a não deixarem seu brilho próprio se apagar diante das amarras da tal síndrome.
Para estrelar a campanha, a marca convidou três brasileiras fortes e muito famosas para falar sobre suas vulnerabilidades: Camila Queiroz (28), Erika Januza (36) e Ivete Sangalo (49).
A campanha teve início com uma conversa nas redes sociais, visando ampliar o conhecimento sobre a Síndrome da Impostora e demonstrando como ela funciona em ação.
Para a Vogue, responsável pela produção e direção do filme publicitário, as estrelas falaram sobre suas inseguranças, vulnerabilidades e como elas atingem principalmente as mulheres.
Ivete Sangalo (Foto: Reprodução/ Vogue)
“Minha relação [com o público] foi a partir do reconhecimento das minhas potências e das minhas fraquezas. Nunca tentei parecer ser aquilo que eu não era, e isso potencializa muito a minha figura”, a cantora Ivete Sangalo declarou, “Minha grande preocupação não foi se eu poderia mostrar as minhas fragilidades, mas sim se as pessoas que me davam títulos seriam capazes de entender que essa pessoa do título é frágil.”
Camila Queiroz (Foto: Reprodução/ Vogue)
Já a atriz Camila Queiroz, a Angel de “Verdades Secretas”, confessou sentir uma pressão para corresponder a certas expectativas do público.
“Culturalmente, nossa sociedade cobra de nós, mulheres, uma impecabilidade incessante e padronizada. Ao longo dos anos, aprendi que preciso buscar o que é perfeito para mim, e não o que é perfeito para os outros. Essa coisa de superar expectativas alheias é muito cansativa e te faz perder muito tempo pensando no que outros vão achar, quando, na verdade, o que realmente importa é como você está se sentindo. Tenho buscado me livrar da síndrome de impostora”, contou ela.
Erika Januza (Foto: Reprodução/ Vogue)
“A vulnerabilidade faz parte do nosso processo. Você precisa estar aberto para receber do outro. Isso é o jogo cênico. A vulnerabilidade é essencial para os sentimentos mais genuínos. Se não falasse das minhas batalhas, eu não seria de verdade”, opinou a atriz Erika Januza, antes de afirmar que gosta de trazer à tona os obstáculos enfrentados, a fim de inspirar outras pessoas, especialmente as meninas. “Quero que elas voem e sonhem alto. Que vejam que nós, mulheres negras, podemos estar em qualquer lugar, que podemos realizar os nossos sonhos.”
O filme publicitário completo, que segue uma narrativa de dualidade, mostrando pensamentos que sabotam versus pensamentos que incentivam, está disponível no canal oficial da marca no youtube.
Foto Destaque: Camila Queiroz, Erika Januza e Ivete Sangalo. Reprodução/ Vogue.
