Sean Combs continua sob custódia no Metropolitan Detention Center no Brooklyn, enfrentando sérias acusações de tráfico sexual e violência. Apesar de vários pedidos de fiança, sua libertação foi negada quatro vezes nesta sexta-feira (22), enquanto sua defesa e a promotoria continuam a discutir sobre seu risco potencial para testemunhas e sua capacidade de seguir ordens judiciais. Seu julgamento está marcado para maio de 2025.
Diddy tenta fiança pela quarta vez
Nesta sexta-feira (22), Sean Combs, mais conhecido como P. Diddy, que está preso há dez semanas no Metropolitan Detention Center no Brooklyn, enfrenta acusações de tráfico sexual e violência envolvendo mais de 100 vítimas. O rapper se declarou inocente em setembro, mas seu pedido de fiança foi negado quatro vezes. Seu último pedido incluiu uma fiança de US$ 50 milhões, que garantia sua mansão de US$ 48 milhões na Flórida como pagamento. Além disso, ele seria monitorado 24 horas por dia pela segurança, colocado em prisão domiciliar e proibido de contatar supostas vítimas ou testemunhas.
A promotoria argumentou que o magnata da música não deve ser solto porque ele não cumpriria as condições impostas. Durante uma audiência, a promotora Christine Slavik declarou que, mesmo enquanto estava na prisão, o rapper se comunicava com seus advogados por canais não autorizados e tentava influenciar os jurados por meio das mídias sociais. Ela alegou que isso mostrava que Combs não respeita a lei e representaria um risco se fosse solto.
Além disso, a promotoria apresentou um vídeo de 2016 mostrando Diddy agredindo sua ex-namorada, Cassie, em um hotel. O vídeo foi usado para argumentar que, se liberado, o rapper poderia agir violentamente novamente. Na filmagem, o rapper parece empurrar e arrastar Cassie pelo corredor de um hotel. Embora Sean Combs tenha se desculpado publicamente pelo incidente, a promotoria usa este vídeo como evidência de que ele tem potencial para comportamento violento.
Reportagem sobre a fiança negada de Diddy (video:reprodução/youtube/Nbcnews)
Fiança negada
No entanto, os advogados de P.Diddy contestaram o uso do vídeo como evidência, afirmando que não tinha relação com as acusações atuais. O advogado de defesa Marc Agnifilo explicou que o vídeo fazia parte de um relacionamento tóxico de 11 anos e não deveria ser considerado prova de tráfico sexual. Ele ainda garantiu que o músico não representaria risco de violência se liberado.
Durante a audiência, Combs foi levado ao tribunal vestindo trajes de prisão e jogou beijos para sua família na segunda fila. O juiz Arun Subramanian esteve revisando os argumentos de ambos os lados e tomou a decisão de negar o pedido novamente. O rapper permanecerá preso até seu julgamento, marcado para maio de 2025. Neste julgamento, ele enfrentará as acusações de violência sexual, tráfico de pessoas, armas e drogas.
Foto destaque: Sean Combs no Billboard music Awards (Reprodução/pinterest/@themirrorus)