Em entrevista para a Vogue Brasil, publicada nesta segunda (24), Rafa Kalimann falou sobre o ódio gratuito disseminado nas redes sociais, seu trabalho como influencer e o sofrimento com o body shaming.
A modelo, influenciadora digital e apresentadora, Rafa Kalimann, 30 anos, contou como lida com comentários negativos que recebe nas redes sociais. Trabalhando com internet há 10 anos, Rafa entrou na internet em 2013, inicialmente como um hobby e enxergou a oportunidade de profissionalizar suas redes no momento em que as marcas começaram a usar o meio digital para se aproximar consumidores.
Apesar de todo esse tempo, ela diz não saber ainda a maneira certa de lidar com o ódio gratuito espalhado nas redes sociais: "Não sei se algum dia vou aprender a lidar com os ataques dos haters. Não cheguei a esse ponto de evolução, mas hoje dou o peso certo para as coisas. Não está tudo bem jogar ódio gratuito nas pessoas. Isso é muito sério, machuca”.
Além disso, Rafa contou que já deixou de viver algumas experiências por ter receio de sofrer comentários negativos, “Agora, sigo minha intuição, meus desejos. Sou a favor de uma conversa saudável nas redes sociais, ainda que os argumentos sejam opostos", completou.
A apresentadora mencionou o poder de responsabilidade que uma pessoa que trabalha com a internet desempenha: "Precisamos nos divertir em tudo que fizermos. Eu amo esse lugar, mas, de vez em quando, a responsabilidade se sobrepõe ao hobby. Evito algumas pautas caso eu não tenha clareza do tema ou possa magoar alguém. No fim, é responsabilidade à beça”.
Rafa trabalha como modelo desde os 14 anos, idade em que decidiu sair da casa dos pais e ir morar sozinha em São Paulo, e durante a entrevista que cedeu a Vogue Brasil, ela comentou sobre o body shaming (o termo em inglês significa a ação de atacar um indivíduo verbalmente por conta de seu jeito ou aparência física) que sofre desde a adolescência.
Rafa Kalimann em seu primeiro desfile, aos 11 anos. (Foto: Reprodução/Instagram/@rafakalimann)
Ela diz que enfrentou problemas relacionados a seu corpo a vida inteira e iniciou a terapia por não se ver como realmente era:“Não tinha carinho ou cuidado comigo. Havia uma distorção muito grande de imagem”.
E completou falando das cobranças que se fazia para ter o “corpo perfeito”: “Na agência de manequins, o momento da fita métrica era uma tortura. Eu tentava atingir as medidas exigidas, mas era um esforço sobrenatural. E quando não conquistava os resultados esperados, parceria que a culpa era minha, que eu não estava me empenhando. Era uma frustração enorme"
Foto Destaque: Rafa Kalimann. Reprodução/Instagram/@rafakalimann.