O príncipe Harry estaria arrependido de algumas revelações feitas em sua autobiografia, traduzida para português como "O que Sobra", lançada em 2023, de acordo com informações divulgadas pelo jornal The Mirror. Embora o livro tenha sido um veículo para o duque de Sussex expressar suas frustrações sobre a família real e expor questões internas da monarquia, ele teria se arrependido da forma como abordou certos aspectos.
Fontes próximas a Harry revelaram que, apesar de estar satisfeito por compartilhar sua versão dos acontecimentos, ele reflete com cautela sobre as consequências de suas palavras. "Harry ainda sente que precisava se expressar sobre tudo o que aconteceu, mas há uma parte dele que se arrepende da maneira como tudo foi tratado", contou uma fonte anônima. Segundo essa mesma fonte, o príncipe estava furioso com o tratamento que recebeu de sua família, e acreditava que o livro seria a única maneira de fazer com que suas vozes fossem ouvidas.
"Spare" ("O que sobra", em português), livro do Príncipe Harry (Foto: reprodução/O Globo/Scott Olson/AFP)
Polêmicas no livro
A obra bateu mais de 1,4 de cópias vendidas na primeira semana de lançamento e foi traduzida para mais de 30 idiomas. Entre os detalhes, alguns assuntos foram bastante comentados pelos leitores, tal como os conflitos com seu irmão William, com quem demonstra não ter uma boa relação. No livro, Harry diz ter apanhado do príncipe de Gales para defender sua esposa, Meghan.
Uma das revelações foi a briga com o rei Charles: Harry revelou como o relacionamento com seu pai, o agora Rei Charles III, se deteriorou após sua decisão de se afastar da vida real. Em um momento emocional, Harry contou que o pai pediu para ele "reconhecer o que ele havia perdido", referindo-se ao distanciamento da família real.
Além disso, o livro aborda como a morte de sua mãe, Diana, ainda influencia profundamente Harry, e ele compartilha sentimentos de como o episódio foi tratado pela família real, incluindo o papel da mídia na perseguição e nos comentários cruéis sobre Diana. Ele critica a imprensa, a qual acredita ter desempenhado um papel fundamental na morte de sua mãe, descrevendo várias situações em que a mídia invadiu sua vida, incluindo uma série de perseguições intensas de paparazzi.
Harry ainda falou abertamente sobre seu uso de drogas, incluindo cocaína, maconha e alucinógenos, durante sua juventude. Ele revelou como esses comportamentos estavam ligados à pressão e ao trauma que ele sentia por ser parte da família real e lidar com a perda da mãe.
Críticas e sofrimento da família
Entretanto, ao olhar para trás, Harry começa a questionar se como lidou com a situação foi a mais adequada. "Ele recebeu muitas críticas e entende que isso causou muito sofrimento dentro da família", disse a fonte. A raiva que motivou Harry e sua esposa, Meghan Markle, a deixarem a realeza e se mudarem para os Estados Unidos ainda persiste, mas, em 2025, o foco do príncipe seria outro: tentar restaurar os laços familiares. "Harry ainda quer reconstruir o relacionamento com sua família e espera que isso aconteça no próximo ano", completou a fonte.
Príncipe Harry e Meghan em Sydney, em 2018 (Foto: reprodução/The New York Times/Phil Noble)
No caso de Meghan, ela também recebeu propostas para escrever sua autobiografia. Embora tenha considerado a ideia, a duquesa de Sussex tem hesitado em reviver certas experiências do passado, ciente de que isso poderia intensificar as reações negativas do público. "Meghan não tem o mesmo nível de apoio que Harry e sabe que ao relembrar certas situações, poderia perder ainda mais apoio", revelou a fonte.
Além disso, as questões de saúde envolvendo Kate Middleton e o rei Charles, que enfrentam batalhas contra o câncer, fizeram com que o casal reavaliasse o impacto de qualquer novo livro sobre sua vida. "Eles estão considerando o momento delicado que a família real está atravessando e o impacto de atrair mais atenção sobre isso", acrescentou a fonte.
Foto Destaque: Príncipe Harry no documentário Tabloids on Trial (reprodução/El Cierre Digital/ITV Studios)
