Para a divulgação da autobiografia, “Spare” (“O que sobra”, no Brasil), príncipe Harry concedeu uma entrevista ao programa “60 Minutes”, da CBS. Na conversa com o apresentador Anderson Cooper, que foi ao ar neste domingo (08), o duque de Sussex admitiu usar drogas para lidar com a morte da mãe, princesa Diana.
No programa, príncipe Harry contou que abusou de drogas, como maconha, cocaína e álcool, com o intuito de descontar a raiva que sentia, incluindo da imprensa britânica, pela morte da mãe.
“Mas eu comecei a beber muito, porque eu queria entorpecer o sentimento, ou queria me distrair do que quer que eu estivesse pensando. E eu, você sabe, recorreria às drogas também”, admitiu.
Príncipe Harry e princesa Diana. (Foto: Reprodução/Getty Images)
Harry contou sobre como se sentia culpado em não conseguir chorar com a morte da mãe e admitiu buscar maneiras de se fazer chorar, o que incluía assistir vídeos de Lady Di. Mas o duque afirmou que, depois de buscar tratamento psicológico há 7 anos, esse sentimento se transformou. Além disso, ele também passou a fazer tratamentos alternativos com o uso de ayahuasca e cogumelos.
“Eu nunca recomendaria que as pessoas fizessem isso de forma recreativa. Para mim, eles limparam o para-brisa da miséria da perda. Eles limparam essa ideia que eu tinha na cabeça, que eu precisava chorar para provar para minha mãe que eu sentia falta dela. Quando, na verdade, tudo o que ela queria era que eu fosse feliz”, concluiu.
A princesa Diana morreu no dia 31 de agosto de 1997, em um acidente de carro em Paris, na França. Na época, duque de Sussex tinha 12 anos e o príncipe William, 15 anos.
Assista, abaixo, um trecho da entrevista:
Prince Harry said he tried traditional therapy as well as experimental treatments like psychedelics to heal the pain from his mother’s death.
— 60 Minutes (@60Minutes) January 9, 2023
“For me, they cleared the windscreen, the windshield [of] the misery of loss,” he tells Anderson Cooper. https://t.co/kIq3TIGe10 pic.twitter.com/ArfgVpeB57
No livro autobiográfico, Harry também entrou em detalhes sobre a relação com as drogas. “Drogas psicodélicas também me ajudaram. Eu as experimentei ao longo dos anos, por simples prazer, mas agora comecei a usá-las como terapia, como remédio”, escreveu.
A autobiografia do príncipe Harry, “Spare”, será lançada amanhã (10). Apesar disso, trechos já foram vazados após cópias do livro terem sido vendidas antecipadamente na Espanha.
Foto destaque: príncipe Harry. Reprodução/Reuters.