O escândalo da agressão sexual possivelmente cometida pelo príncipe Andrew chamou a atenção da mídia britânica. Segundo o arcebispo Justin Welby, de Canterbury, o príncipe está tentando "fazer as pazes" após a acusação.
A advogada Virginia Giuffre declarou publicamente ter sofrido abusos do filho da rainha Elizabeth II, quando tinha apenas 17 anos.
Virginia Giuffre, vítima de tráfico de mulheres para fins sexuais. (Foto: Reprodução/Reuters)
O arcebispo explicou ao The Post que durante a entrevista ao ITV News lhe foi feita uma pergunta sobre perdão: "Eu disse que há uma diferença entre consequências e perdão", disse Welby.
Justin prossegue dizendo que tanto o perdão quanto as consequências são elementos essenciais para a compreensão cristã sobre justiça, misericórdia e reconciliação. Além disso, o arcebispo de Canterbury revelou esperar que a sociedade se torne mais tolerante no futuro.
Em seguida, falou que o assunto é complicado e impossível de ser abordado em uma curta entrevista. Ele também mencionou que o foco da mídia deveria estar no Jubileu da Rainha, que se inicia nesta quarta-feira (1).
Continuando sua entrevista ao The Post, Justin Welby contou que o príncipe Andrew está procurando fazer as pazes e que as pessoas deveriam recuar um pouco: "Acho que isso é uma coisa muito boa", disse ele sobre a atitude do príncipe.
Acrescentou ainda um breve comentário, dizendo que as questões referentes a abusos são pessoais e privadas para muitas pessoas e que não seria surpresa que Giuffre ainda tenha sentimentos profundos em relação a isso.
O caso de abuso contra Andrew foi a julgamento em janeiro, levando o príncipe a ser destituído de seus títulos militares e patrocínios reais.
Em fevereiro, foi anunciado um acordo confidencial entre o réu e a suposta vítima, onde para evitar que o julgamento prosseguisse, Virginia receberia um valor que superaria 12 milhões de libras.
O valor que, quando convertido para o real, se aproxima de R$ 84 milhões, gerou uma revolta no Reino Unido e a imprensa britânica não poupou suas críticas.
Andrew não admitiu a agressão sexual, mas lamentou em uma carta a sua associação com Jeffrey Epstein que, segundo Giuffre, traficava jovens para a realeza e outros homens poderosos.
Foto Destaque: príncipe Andrew e Virginia Giuffre. Reprodução/Virginia Roberts.