A também atriz Lisa Niemi Swayze, viúva de Patrick, relatou recentemente em um podcast a reação do ator ao descobrir a doença: “Quando ele descobriu pela primeira vez que tinha câncer de pâncreas, ele se virou para mim e disse: 'Sou um homem morto'”, relembra. Lisa conta que não tinha conhecimento sobre câncer de pâncreas, mas Patrick sabia um pouco mais e, pelo que ouvia dizer, era sinônimo de "você já era".
Ela ficou sabendo da doença do marido horas antes do médico informá-lo, já que ele havia passado por uma endoscopia para entender os sintomas e o médico já estava com os resultados enquanto Patrick permanecia desnorteado com o efeito do sedativo. A atriz conta que fez tudo que pôde para ajudar o marido a lidar com a triste notícia. Mesmo mantendo a postura positiva sobre a situação, ela relembra que viveram um pesadelo completo 24 horas por dia e, em um instante, a vida mudou para sempre. Lisa relembrou, emocionada, sobre um episódio ocorrido enquanto caminhavam pela fazenda deles no Novo México: "Ele olhou para mim com lágrimas nos olhos e disse: 'Eu quero viver'."
Eles ficaram casados por 34 anos, de 1975 até o falecimento do ator em 2009 e se conheceram na escola de dança da mãe de Patrick.
O casamento de Lisa e Patrick
Mesmo casados por tanto tempo, segundo um amigo de Patrick, o casamento pode não ter sido um mar de rosas como todos imaginavam. Nos últimos meses de vida, o amigo alega que o ator foi “espancado” pela esposa: “Ela agarrava seus braços e pescoço, dava tapas. Como ele estava doente, ficou indefeso", conta. A relação deles era bem conturbada e de acordo com esse mesmo amigo, o ator faleceu magoado com a esposa ao descobrir que ela o havia traído tanto com homens quanto com mulheres ao longo do casamento. Ele descreveu Lisa como "maníaca por controle" por sempre estar no controle de absolutamente todas as áreas da vida do ator, como dinheiro, os papéis que poderia aceitar e atuar e quanto poderia gastar em compras nas lojas.
Dois meses antes de Patrick falecer, sua esposa proibiu amigos e familiares de visitá-lo, incluindo sua sogra, Patsy (mãe do ator que faleceu aos 86 anos, em 2013). O amigo relata que não havia desculpas para essa atitude e não conseguia imaginar no que Lisa estava pensando. Como se não bastasse, Lisa impedia que Patrick saísse de casa e o tratava como prisioneiro. Nessa época, o ator começou a gritar o nome dos amigos e dos familiares durante as noites.
Patrick Swayze e Jennifer Grey na Premiere de "Dirty Dancing" em 1987 (Foto: reprodução/Getty Images Embed)
Patrick Swayze desafia os padrões de Hollywood
Conhecido como um mito sexual nos anos 80 e 90, Patrick não foi o típico astro de Hollywood. O documentário intitulado "I Am Patrick Swayze", reflete alguns aspectos curiosos de Patrick, como sua paixão por balé, que ele precisou defender por conta das chacotas de outras crianças, que assim como ele, viviam no conservador estado do Texas.
Nitidamente ele se sentia um "peixe dentro d'água" quando estava dançando, mas foi no campo que o ator encontrou um novo paraíso particular: ele saiu de Los Angeles para viver cercado de cavalos e natureza, já que sempre cultivou um ar de cowboy. Ele teve uma carreira moldada entre contrastes que desafiavam alguns estereótipos de sua época, alternando entre o balé e a vida no campo e entre o cara sensível e o durão. Seu agente, Kate Edwards, comenta que ele era assim: machão, mas que realmente tinha a alma de um poeta.
Patrick é conhecido por ter atuado nos filmes Dirty Dancing - Ritmo Quente e Ghost - Do Outro Lado ds Vida.
Foto destaque: Patrick Swayze e Lisa Niemi em foto tirada nos anos 80 (Reprodução/Getty Images Embed)