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Nos 30 anos da morte de Senna, Betise Assumpção relembra rotina como sua assessora

Jornalista fez história ao ser a primeira assessora de imprensa de um piloto de Fórmula 1; Betise deu detalhes sobre sua relação com Senna e seus últimos momentos

01 Mai 2024 - 12h21 | Atualizado em 01 Mai 2024 - 12h21
Nos 30 anos da morte de Senna, Betise Assumpção relembra rotina como sua assessora Lorena Bueri

Em entrevista à revista Quem, divulgada nesta quarta-feira (1º), a jornalista Betise Assumpção relembrou seus anos como assessora de imprensa do piloto Ayrton Senna, que faleceu há 30 anos. 

Betise contou fatos sobre a vida profissional e o pessoal do atleta, como seu cargo mudou o esporte e os desafios que enfrentou como mulher na Fórmula 1. Além disso, ela falou como anda sua rotina atualmente.

Primeira assessora de um piloto

Betise Assumpção fez história ao ser a primeira assessora de imprensa de um piloto da Fórmula 1. Sobre a maior mudança que gerou dentro do esporte com o seu cargo, a jornalista disse que foi fazer com que os profissionais na Fórmula 1 percebessem que os pilotos necessitavam de assessores - algo que, nos dias de hoje, é comum. Betise acrescentou que sente orgulho do trabalho que fez e por ter organizado as entrevistas de Senna de uma forma que fosse boa para todos.

Ainda em relação à organização, a assessora compartilhou um pouco como funcionavam as coletivas de imprensa naquela época. Com a “bagunça” que era, da maneira que a própria descreveu, ela contou que dividia os jornalistas em grupos para que cada um falasse as três línguas que eram mais utilizadas com Ayrton - inglês, italiano e português. Betise também falou sobre como o ambiente era “supermasculino” e citou algumas assessoras que trabalharam no mesmo período que ela, mas todas assessoraram equipes, e não um piloto, como fazia, e era a única que tinha um cargo mais jornalístico, escrevendo releases em todas as corridas para mandar para mais de 300 veículos brasileiros.

Apesar de ficar responsável por ordenar os bastidores das coletivas, a jornalista revelou que marcava entrevistas exclusivas com alguns profissionais onde entregava pastas com informações sobre Ayrton, para que eles pudessem elaborar suas perguntas, e o piloto sempre opinava sobre os temas. “Se o Ayrton gostasse do papo, ele seguia conversando, mesmo que atrasasse a reunião com os engenheiros ou tivesse que ir embora mais tarde”, disse Betise, que complementou afirmando que não acompanhava Senna nesse tipo de entrevista.


Ayrton Senna e Betise AssumpçãoAyrton Senna e Betise Assumpção (Foto: reprodução/Blog Betise Assumpção)


A jornalista relatou que sua relação com o piloto era muito boa, e mesmo sendo uma pessoa intensa e de pavio curto na parte profissional, ele era muito paciente e pensava bastante antes de falar. “Meu trabalho sempre foi poupar o tempo dele e maximizar os resultados”, reiterou. Betise afirmou que Ayrton era complexo, próximo da família, mas ainda prezava por sua privacidade. “Ele era a pessoa mais focada que conheci. Era impressionante”, declarou.

Assumpção também compartilhou os planos que Senna tinha para sua aposentadoria. O piloto planejava se aposentar na Ferrari, contanto que a equipe oferecesse um bom carro. A jornalista não soube informar quando ele pretendia parar de correr, mas tinha o desejo de bater o recorde do piloto Juan Manuel Fangio, cinco vezes campeão, e chegar aos seis títulos mundiais. “Depois que ele tivesse seis, ele ia para a Ferrari e essa era a data de se aposentar”, revelou. Sobre os sonhos pessoais do piloto, Betise contou que queria casar e ser pai, mas ressaltou que tinha mais conhecimento sobre a vida profissional dele.

A assessora relembrou os dias que antecederam o falecimento do piloto, destacando que o fim de semana em que sua morte aconteceu foi o mais trágico que a Fórmula 1 já presenciou. Foram vários acontecimentos assustadores seguidos - na sexta-feira, o piloto Rubinho sofreu um acidente grave na pista, e no sábado, o austríaco Roland Ratzenberger veio a óbito durante o treino classificatório. Senna não fazia uma boa temporada e se sentia muito pressionado. “Quando o Ratzenberger morreu, ele foi para a pista e o médico Sid Watkins contou que ele havia morrido na pista, mas que não podia declarar isso publicamente para não parar a corrida”, afirmou Betise.

A jornalista contou que, em sua última conversa com o piloto, ele estava com peso nos ombros e se sentia responsável pelo trabalho dos outros. Após o falecimento do austríaco, Betise contou que Senna se isolou em um motor home e ela informou que iria comunicar ao Brasil que ele estava sem condições de se pronunciar. “E ele falou: Betise, ele morreu na pista!", revelou. Betise reiterou que Ayrton permaneceu do mesmo jeito no dia da corrida e desmarcou uma entrevista, e assim como de costume, eles não se falavam muito nos momentos antes dele largar.

Rotina atual de Betise

Morando na Inglaterra, Betise compartilhou que, atualmente, se dedica exclusivamente a projetos sociais. A jornalista contou que é voluntária no Greenpeace, dá suporte a ONGs que ajudam pessoas sem teto e participa de ações em teatros locais com impacto social. Ex-esposa de Patrick Head, co-fundador da equipe Williams, a jornalista contou que não assiste mais corridas desde que se divorciou, em 2008, e não possui mais nenhum vínculo com a Fórmula 1, além de ter ressaltado que nunca gostou de assistir o campeonato pela TV e preferir a emoção de acompanhar perto da pista.

Foto destaque: Ayrton Senna e Betise Assumpção (Reprodução/Blog Betise Assumpção)

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