A tensão no set de "É Assim Que Acaba" aumentou quando a artista de Talia Spencer se manifestou em apoio ao diretor Justin Baldoni nesta terça-feira (15), acusando Blake Lively de tentar dominar o processo criativo do filme. À medida que a disputa judicial entre os dois se intensifica, novas revelações sobre as práticas espirituais de Baldoni e ataques online coordenados contra Lively alimentam a controvérsia em andamento.
Artista de storyboard defende Justin Baldoni
O conflito nos bastidores entre Blake Lively e Justin Baldoni durante a produção da adaptação cinematográfica "É Assim Que Acaba" ganhou um novo patamar após declarações de Talia Spencer, artista de storyboard, responsável por desenhar cada cena e pelo desenvolvimento visual da história em um filme, animação ou comercial, ajudando a transformar o roteiro em imagens antes das câmeras começarem a rodar. Ela saiu em defesa do diretor, enfatizando seu perfil colaborativo e alegando que sua autonomia criativa foi reduzida durante as filmagens.
Segundo Talia, houve um embate pelo domínio criativo do longa, o que levou Baldoni a ceder diversos pontos, enfraquecendo sua visão da proposta inicial. Ela descreveu o diretor como uma pessoa bastante acessível e respeitosa, mas alegou que essa atitude foi explorada por Lively, que supostamente tentou assumir o controle criativo, agravando o clima no set de filmagens.
A polêmica ganhou novos contornos após uma investigação do programa "60 Minutes Australia". O repórter responsável pela matéria do The Hollywood Reporter, Peter Kiefer, trouxe à tona episódios atípicos nos bastidores, que envolvem a religião de Justin Baldoni, seguidor da fé Bahá'í (religião monoteísta fundada por Bahá'u'lláh no século XIX, que defende a unidade de Deus, das religiões e da humanidade, a igualdade de gênero, a paz mundial e a eliminação de preconceitos sociais).
O diretor teria integrado práticas religiosas em sua rotina de trabalho, incluindo orações em grupo, abraços frequentes e visões criativas influenciadas por sua visão religiosa. Entre as alegações mais excêntricas está uma envolvendo Baldoni afirmando que se comunicava com o pai falecido de Blake para tomar decisões importantes.
Comercial do programa falando da guerra judicial entre Blake Lively e Justin Baldoni (Vídeo: reprodução/YouTube/60 Minutes Australia)
Crítica ao programa
Christopher Bouzy, analista de desinformação digital e fundador do "Bot Sentinel", plataforma baseada em inteligência artificial que identifica e classifica comportamentos inautênticos e tóxicos, além de monitorar atividades prejudiciais, também identificou comportamento online suspeito direcionado a Blake Lively durante a campanha promocional do filme. Segundo a análise, uma onda de ataques pessoais contra a atriz teve origem em contas recém-criadas nas redes sociais, levantando preocupações sobre um esforço coordenado de difamação.
Apesar da investigação aprofundada, o "60 Minutes" foi criticado por ser tendencioso. Os espectadores afirmam que o programa não foi imparcial e não fez qualquer menção à defesa de Justin, incluindo um documento de 168 páginas divulgado pelo diretor e sua equipe jurídica, que continha mensagens e evidências refutando as alegações de Blake.
Foto destaque: Blake Lively e Justin Baldoni (Reprodução/Instagram/Pinterest/@Blakelively/@Dailymail)
