Lulu Santos, em entrevista ao “Conversa com Bial” de hoje (12), relembrou a epidemia de Aids que assombrou o mundo na década de 80 ao comentar sobre sua canção “A cura”, que trata do tema. Sobre a obra, gravada em 1988, Lulu disse "(A Cura) especificamente era sobre a cura da Aids. Era a epidemia que grassava naquela época, mas era seletiva, não era tão geral. E é sobretudo sobre os esforços para se achar uma cura por meios científicos".
Lulu Santos em entrevista no Conversa com Bial. (Foto: Reprodução/TV Globo)
O cantor de 68 anos lembrou que as tentativas de encontrar um tratamento não acompanhavam a velocidade em que a doença se alastrava e fazia vítimas, um dos motivos para isso sendo a falsa e preconceituosa crença de que ela afetaria apenas homossexuais.
“Depois veio a se perceber que era um pouco menos seletiva do que se parecia quando chamavam de câncer gay, e a partir daí passou a ser uma preocupação de toda a humanidade. Então a canção é sobre o primeiro impacto das perdas que essa doença trouxe para nós todos, e para mim, já sabedor dessa realidade na minha comunidade” afirmou.
Lulu ainda falou sobre as parcerias com artistas da nova geração, como Luísa Sonza, Fresno e Vitão, além de Vitor Kley, com o qual gravou uma nova versão da canção já citada, feita em meio a pandemia do novo Corona vírus. O dono do sucesso “Como uma onda” teceu elogios para os companheiros de profissão mais jovens. “É uma troca, como tem que ser. Não tem uma coisa impositiva, nem reverencial, tem respeito” afirmou, completando com tom humorístico "Essa gente é muito mais comunitária do que nós éramos".
O cantor também afirmou, no mesmo bom humor, junto do entrevistador Pedro Bial, que “O Tik Tok será para hoje o que as ombreiras foram para os anos 80”.
Foto destaque: Lulu Santos em Conversa com Bial. Reprodução/Instagram/ Lulu Santos.