Em uma entrevista à “Variety”, Kristen Stewart, a atriz que conquistou gerações como Bella Swan em "Crepúsculo", abriu o jogo sobre suas experiências cinematográficas, destacando os motivos de seu desconforto ao filmar o remake de "As Panteras" e a inesperada influência queer que ela acredita ter trazido para a trama de Stephanie Meyer.
O desconforto de Kristen
Kristen Stewart não hesitou em expressar seu desagrado ao relembrar as gravações do remake de "As Panteras". No vídeo divulgado pela revista, a atriz confessou abertamente porque não gostou de gravar o remake das espiãs, apesar da intenção de uma abertura forte e impactante.
"Queríamos uma abertura forte, sabe? Queríamos realmente transmitir sobre o que o filme tratava. Foi uma boa ideia... na época", começou Kristen. Ela admitiu que, apesar do respeito pelos longas originais e seu amor pelo filme original das Panteras, a experiência não foi boa. A atriz destacou que odiou fazer o filme.
Durante o quadro "Do You Know that Line?", no YouTube, Stewart também relembrou suas presenças icônicas em outros filmes, incluindo "Spencer", "The Runaways" e os clássicos "Crepúsculo" e "Branca de Neve e o Caçador". Porém, quando relembrou sobre a cena de abertura de "As Panteras", em que sua personagem enforca um bandido com as pernas, o semblante de desconforto veio à tona.
Veja a entrevista completa da atriz (Vídeo: reprodução/YouTube/Variety)
Além disso, ao recordar sobre o primeiro filme da franquia "Crepúsculo", no qual questiona Edward (Robert Pattinson) sobre sua idade, Kristen admitiu que seu tempo como Bella foi exaustivo. "Comecei com 17 anos e terminei com [22]... Cinco anos. Ficar com algo por tanto tempo não é uma coisa muito artística de se fazer. Todos nós [atores] temos essa natureza inconstante, quero experimentar todos os sapatos e eles foram os mesmos sapatos por tanto tempo. Foi uma experiência alucinante criar algo que estivesse inteiramente ao redor e a serviço de algo que as pessoas tanto amavam", disse ela.
Kristen não deixou a franquia "Crepúsculo" ser apagada, mesmo anos depois, ao tentar relembrar os filmes, ela confessa que tudo o que consegue ouvir é o nome "Bella" sendo dito de forma rouca. "A natureza gutural da palavra Bella, o nome Bella, não consigo ouvir o nome Bella. Todo mundo se refere constantemente a ela, mesmo que ela não esteja em cena... Eu fiquei tipo: 'Chega. Bella precisa ir para a cama. Bella precisa apenas relaxar um pouco'", contou Kristen, aos risos.
Influência queer
Kristen Stewart também abordou o subtexto queer, que acredita ter se infiltrado na trama de "Crepúsculo" e como sua presença na franquia contribuiu para essa interpretação, apesar de não ser explicitamente abordado por Stephanie Meyer. Anos após se assumir bissexual publicamente, Kristen observa que "Crepúsculo", um projeto heterossexual, também tem um subtexto "gay" por trás da história.
Ela compartilhou sua perspectiva sobre o assunto afirmando que só consegue enxergar isso agora. “Não acho que necessariamente tenha começado assim, mas também acho que o fato de eu estar lá [fez com que o subtexto queer] se infiltrasse”, disse.
A atriz completou dizendo que o filme é “tão gay” e que uma mulher mórmon quem escreveu este a obra. Finalizou afirmando que é tudo uma questão de opressão, indicando que a obra é uma combinação gótica e gay e que, ainda assim, adora.
Foto Destaque: Kristen Stewart (Reprodução/YouTube/Variety)
