A atriz Klara Castanho, de 23 anos, abriu o coração sobre a dor avassaladora que enfrentou após ser vítima de abuso sexual e ter sua privacidade invadia com a divulgação do caso. Em uma entrevista franca e emocional à revista Glamour, ela compartilhou os terríveis efeitos psicológicos que a agressão deixou em sua vida, descrevendo-a como um "pesadelo com novos desdobramentos".
Klara Castanho em ensaio fotográfico para a revista Glamour (reprodução/Instagram/@glamourbrasil)
O impacto da exposição indesejada
Klara, que atua desde pequena, revelou que a exposição do caso não apenas a afetou profundamente, mas também causou um intenso sofrimento para sua família. Sentindo-se desamparada e invadida após a violação de sua privacidade, ela descreveu as noites sem dormir e os dias sombrios em que a dor parecia insuportável. Mesmo cercada por uma equipe profissional e jurídica, Klara declarou que sentiu uma solidão avassaladora, como se não conseguisse encontrar apoio nem mesmo dentro de si mesma.
Capa digital da revista glamour com Klara Castanho (reprodução/Instagram/@glamourbrasil)
O combate pela justiça e a revitimização constante
Apesar das dificuldades, Klara afirmou que buscou justiça e denunciou seu agressor. No entanto, ela compartilhou a constante revitimização que enfrentou, mesmo após tomar medidas legais. A atriz lamentou a falta de compreensão e empatia por parte de algumas pessoas, ressaltando que toda mulher vítima de violência merece o direito ao sigilo durante os processos judiciais.
Ela expressou sua confiança na Justiça, mas também reconheceu a importância vital do apoio da família e de sua fé para superar os momentos mais sombrios de sua jornada. Klara encerrou sua entrevista com uma mensagem direta para aqueles que ainda a julgam: "Se isso é motivo para que as pessoas ainda me julguem, saibam que o agressor foi denunciado. Toda mulher que é vítima de violência tem direito ao segredo de justiça. Eu não tive nem o direito de não ser revitimizada, e diariamente não tenho."
Suas palavras ecoam não apenas sua própria luta, mas também a luta de inúmeras mulheres que enfrentam situações similares em silêncio, buscando justiça e esperança em um mundo que muitas vezes parece falhar em protegê-las.
Foto destaque: Klara Castanho com look para apresentar o podcast "Sem Nome Pode" (Reprodução/Instagram/@klarafgcastanho)