O rapper Sean “P. Diddy” Combs sofreu uma nova derrota na Justiça americana nesta segunda-feira (16). O juiz Arun Subramanian negou um recurso apresentado pelo artista, que pedia a apuração de supostos vazamentos de informações do caso por parte de agentes federais à imprensa.
A defesa de P. Diddy e as acusações de vazamento
A defesa de P. Diddy baseava o pedido no vídeo de 2016, que mostra o rapper agredindo sua então namorada, a cantora Cassie Ventura, em um hotel. O material foi exibido pela CNN em abril deste ano, cinco meses antes da prisão preventiva do artista, ocorrida em setembro. Diddy enfrenta acusações graves na Justiça, incluindo tráfico sexual, extorsão e transporte para prostituição.
O juiz Arun Subramanian negou o recurso apresentado por P. Diddy contra supostos vazamentos de informações (Foto: reprodução/ Shareif Ziyadat/ Getty Images Embed)
Em entrevista à revista People, o juiz Arun Subramanian declarou que P. Diddy “não carregou seu fardo” ao apresentar a acusação. Sobre o vídeo do Intercontinental Hotel, o magistrado destacou que Combs não conseguiu provar que o governo foi responsável por vazar o material para a CNN. Segundo ele, o rapper alega que a fonte mais provável do vazamento é o governo, mas não apresenta nenhuma base sólida para sustentar essa conclusão.
A equipe de defesa do rapper responsabilizou o Departamento de Segurança Interna dos EUA (DHS) pelo vazamento, acusando o órgão de prejudicar deliberadamente a imagem do artista. O DHS, no entanto, negou as acusações e afirmou que só tomou conhecimento do vídeo após sua divulgação na mídia.
Condições extremas e histórico de denúncias
Preso desde 16 de setembro, o rapper e produtor está detido no Metropolitan Detention Center (MDC), no Brooklyn, uma das prisões mais temidas dos Estados Unidos. Conhecida por suas condições severas, a unidade carcerária já foi descrita como um “inferno na terra” devido a relatos de violência, surtos de doenças e infraestrutura insalubre.
P. Diddy ocupa uma ala especial, isolada dos outros detentos, em razão da gravidade das acusações que enfrenta. A defesa do artista solicitou prisão domiciliar, alegando condições inadequadas no local, mas o pedido foi negado pela Justiça.
A prisão do Brooklyn tem uma longa história de denúncias. Em 2021, o MDC ganhou notoriedade após relatos de assassinatos, suicídios e infestação de vermes e mofo nos banheiros. Problemas com a saúde dos presos e episódios de violência entre detentos também contribuíram para a péssima reputação da unidade, que já abrigou nomes como o cantor R. Kelly e Billy McFarland, responsável pelo fracassado Fyre Festival.
Caso seja condenado, Sean Diddy Combs poderá enfrentar pena de prisão perpétua. Enquanto aguarda o julgamento, previsto para maio de 2025, o rapper continua detido em uma das prisões mais duras do país.
Foto Destaque: Sean “P. Diddy” Combs (Reprodução/ Shareif Ziyadat/ Getty Images Embed)