Giselle Itié, em entrevista fala sobre a experiência de ser mãe e declara: “Não, você não odeia ser mãe. Você odeia essa sobrecarga”
A atriz Giselle Itié está disposta a falar sobre a maternidade e sobre a igualdade entre homens e mulheres para contribuir com a sociedade. A atriz é mãe do Pedro Luna de 2 anos.

Gisele Itié, concedeu uma entrevista para Splash, mãe solo conta sobre sua experiência com a maternidade, além da contribuição em ajudar outras mães em vários projetos. A atriz é mãe do pequeno Pedro Luna, que nasceu em março de 2020.
“Eu amo ser mãe. A maternidade para mim é incrível. Ver todos os segundos, a transformação dele. Amo de verdade. Tem gente que pergunta pontos bons e ruins. Não existem pontos negativos. Eu transbordo. Sou muito feliz de verdade”, revela Giselle em entrevista a Splash. A atriz é enfática ao afirmar sobre que maternidade real, não tem relação em amar mais ou menos seu filho. “Existem mães que falam “/amo meus filhos, mas odeio ser mãe”/. Não, você não odeia ser mãe. Você odeia essa sobrecarga. Não é só da maternidade, a carga da paternidade está em cima de você também. Porque alguém tem que fazer junto. É inviável se responsabilizar por duas pessoas.”, continuou a atriz.
Gisele, além disso, reafirma que um dos maiores problemas é a falta de igualdade na separação das tarefas, não só as práticas, mas preocupações diárias como comprar uma roupa para a criança ou marcar uma consulta médica. “Infelizmente, na maioria das vezes, as responsabilidades só caem em cima da mãe.”
Giselle Itié e seu filho Pedro Luna. (Foto: Reprodução/Instagram)
A atriz disse que já estava separada a mais de um ano do pai do seu filho, o ator Guilherme Winter, quando engravidou. Os pais de Gisele Itié são casados há mais de 40 anos, tido uma criação no modelo tradicional, ela tentou manter o relacionamento, só que o término foi inevitável e aceitou a maternidade solo. “Muitas vezes a gente quer seguir uma história bonita da família. A gente tentou retomar o relacionamento no início e já no final da gravidez não estávamos mais juntos. E tudo bem. A base de qualquer relacionamento tem que ser harmonia. Ainda mais quando vem um filho. E a gente priorizou isso”, declarou.
Como seu filho nasceu no período próximo ao início da quarentena da pandemia de covid-19, no Brasil, Gisele se isolou com seus pais já idosos e seu irmão, buscando os melhores exemplos para o seu filho. “É importante ter uma rede de apoio não só de mães, mas de mulheres. E com homens também. Um acolhendo o outro. […] É para a gente se reeducar, todo mundo junto. Com esse olhar vamos criar pessoinhas mais conscientes.” Fala sobre a carga dos trabalhos caírem não só sobre as mães, mas para as mulheres em geral.
Giselle Itié também busca igualdade entre homens e mulheres. A atriz conta que cada foto postada que defende o “free the nipple” (liberte o mamilo, em tradução livre), perde cerca de pelo menos mil deles. “O “/free the nipple”/ levanta a liberdade, a “/não-objetificação”/ da mulher. Se a gente entender que toda a sobrecarga do cuidado dentro do lar cai em cima da mulher, a gente está objetificando essa mulher. Ela é um robô, uma vassoura, ela é qualquer coisa menos um ser humano. Vai além da sexualização do nosso corpo”. esclarece a atriz.
Após perda de seguidores, Giselle compreende que as pessoas não estão prontas para entender que nem sempre é preciso sexualizar o corpo das mulheres. “Na semana passada fui ao Baile da Vogue com um figurino para já fazer um link com o clipe “/Ocitocina”/. No que eu postei a foto no feed perdi mil seguidores. Um dos teasers do clipe estou com um biquíni que imita o peito, um mamilo. Tenho que avisar que estou de biquíni”. Giselle pretende continuar falando desses assuntos “delicados” para a sociedade, mas cruciais para transformação do mundo.
Foto Destaque: Giselle Itié. Reprodução/Instagram