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Giovanna e Bruno Gagliasso se manifestam após condenação de racismo contra portuguesa

Giovanna Ewbank e Bruno Gagliasso comemoram a condenação de Adélia Barros por racismo contra seus filhos, marco histórico em Portugal na luta contra a discriminação

16 Nov 2024 - 11h36 | Atualizado em 16 Nov 2024 - 11h36
Giovanna e Bruno Gagliasso se manifestam após condenação de racismo contra portuguesa Lorena Bueri

Giovanna Ewbank e Bruno Gagliasso celebraram nesta sexta-feira (15), a condenação de Adélia Barros, uma portuguesa que, em 2022, cometeu racismo contra os filhos em um bar em Portugal. A decisão, que marca a primeira condenação por crime racial no país, é vista como um passo importante na luta contra a discriminação, com o casal enfatizando a necessidade de combater o racismo e garantir justiça para todas as vítimas.

Casal comemora decisão judicial contra ato criminoso

Nesta sexta-feira (15), Giovanna Ewbank e Bruno Gagliasso se manifestaram nas redes sociais, após Adélia Barros, uma cidadã portuguesa que cometeu racismo contra Titi e Bless, em julho de 2022, foi condenada recentemente. O incidente ocorreu em um bar na Costa da Caparica, em Portugal, onde Barros exigiu que as crianças e um grupo de turistas angolanos fossem retirados do local, usando linguagem ofensiva e discriminatória.

Na ocasião, Giovanna confrontou a mulher enquanto outros presentes chamaram a polícia. A influenciadora refletiu sobre o ocorrido, afirmando que seus filhos foram vítimas de preconceito racial durante o que deveria ter sido férias em família. Ela enfatizou que, embora o racismo nunca dê trégua, essa condenação representou um marco importante na busca por justiça.

Adélia Barros foi condenada a oito meses de prisão, que serão cumpridos em liberdade condicional, desde que ela não cometa o crime novamente nos próximos quatro anos. Além da sentença, ela foi condenada a pagar € 14.000 (aproximadamente R$ 86.500) em danos às crianças e € 2.500 (cerca de R$ 15.000) à organização SOS Racismo, totalizando R$ 100.000.

Primeira condenação por crime racial em Portugal 

Giovanna e Bruno destacaram que esta é a primeira condenação em Portugal por um crime racista, tornando o caso um marco significativo. Eles também reconheceram que esse resultado só foi possível devido à sua visibilidade como figuras públicas brancas, algo que muitas famílias negras que enfrentam situações semelhantes não conseguem ser ouvidas devido à falta de espaço  nas plataformas governamentais ou midiáticas.

O casal ressaltou que, apesar desta vitória, o racismo continua sendo uma realidade persistente, continuando a prejudicar, humilhar e até mesmo tirar vidas. Eles reforçaram a necessidade de permanecer vigilantes e nunca desistir na luta contra a discriminação.

A sentença foi anunciada uma semana após o Ministério Público português solicitar a prisão de Barros. Giovanna e Bruno também expressaram sua gratidão aos seus advogados, Rui Patrício e Catarina Mourão, que guiaram o caso e forneceram suporte para garantir que a justiça fosse feita. O casal também agradeceu à imprensa brasileira, à opinião pública e aos seus amigos portugueses pelo apoio durante todo o processo.

Este episódio ressalta a importância de responsabilizar os perpetradores de atos racistas e serve como um lembrete da necessidade contínua de combater a discriminação em todas as suas formas.


 . Giovanna Ewbank e Bruno Gagliasso comentaram sobre o caso em suas redes sociais (Foto: reprodução/Instagram/@Gioewbank)


Combate à discriminação racial

O Dia Internacional do Combate à Discriminação Racial é comemorado em 21 de março,  relembra o  massacre de Sharpeville em 1966, que ocorreu em Joanesburgo, África do Sul. Naquele dia, 69 pessoas foram mortas pela polícia, enquanto protestavam contra o apartheid, o sistema de segregação racial no país. A Organização das Nações Unidas (ONU) estabeleceu este dia como um lembrete global da luta contra o racismo.

No Brasil, a discriminação racial continua sendo um problema sério. Entre 2018 e 2022, os casos de discriminação racial aumentaram em 31%, com a população negra sendo a principal vítima de homicídios, calúnias e difamações. A luta contra o racismo no Brasil continua urgente, pois a maior parte da população brasileira enfrentar as desigualdades raciais que persistem no país

Se você presenciar ou vivenciar racismo, denuncie. Ligue para 190 para entrar em contato com a Polícia Militar em caso de flagrante, ou registre um Boletim de Ocorrência (BO) na delegacia mais próxima. O Disque 100, oferecido pelo governo federal, também é um canal importante para denúncias de violações de direitos humanos. Combata o racismo denunciando.

Foto destaque: Giovanna Ewback e Bruno Gagliasso com seus filhos (Reprodução/Pinterest/@Areavip)

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