O rapper e magnata da música P. Diddy, cujo nome verdadeiro é Sean Combs, enfrenta graves acusações de extorsão, abuso sexual e outras condutas criminosas. A defesa conseguiu um acordo para que o caso siga em segredo de justiça, mas novos depoimentos trazem revelações chocantes que aumentam a repercussão do caso.
Defesa argumenta manipulação e intimidação da imprensa
Em uma audiência probatória recente, os advogados de P. Diddy alegaram que o tribunal foi “desestabilizado” por uma campanha de vazamentos planejados para manchar a imagem de seu cliente antes do julgamento, marcado para maio de 2025. Entre as evidências divulgadas está um vídeo do rapper supostamente agredindo a ex-namorada Cassie Ventura. Segundo a defesa, o vídeo foi vazado intencionalmente, junto com o mandado de busca e apreensão, com o objetivo de garantir uma “exposição midiática máxima” e prejudicar a imagem de Diddy publicamente. Além disso, os advogados apontam um suposto uso excessivo de força contra os filhos do cantor durante o processo de busca, reforçando a hipótese de uma ação governamental e midiática conjunta contra o rapper. Para a equipe de defesa, essas táticas violam os direitos de Diddy a um julgamento imparcial e refletem uma “campanha difamatória” promovida pelo governo americano.
Vídeo explicando o caso do P. Diddy (Reprodução/Youtube/SBT News)
Pedido de desqualificação de testemunhas e outras medidas de defesa
Durante a mesma audiência, a defesa solicitou que o tribunal considerasse soluções “apropriadas”, entre elas, a desqualificação de testemunhas, alegando que várias dessas declarações não são confiáveis ou imparciais. Desqualificar uma testemunha significa questionar a credibilidade dela, buscando mostrar que suas alegações são insuficientes ou contraditórias. A defesa de Diddy também destacou que o rapper está preso desde setembro, e, enquanto aguarda o julgamento, enfrentará a análise de um conjunto de depoimentos explosivos que trazem acusações inéditas e, segundo a defesa, sem fundamento.
Novas acusações: abuso infantil e manipulação de promessas de sucesso
Além dos casos de violência e abuso sexual, novas denúncias surgiram na segunda-feira (14), incluindo uma acusação de abuso sexual infantil. Segundo o site TMZ, um homem declarou que, em 1998, aos 16 anos, foi apalpado por Diddy em uma festa em Long Island, Nova York. O jovem, agora adulto, afirma que o rapper, então com 28 anos, usou promessas de sucesso na indústria musical como pretexto para se aproximar dele, sugerindo que o ato sexual seria uma “passagem de entrada” para o estrelato. "Você não quer entrar no negócio?", teria perguntado Diddy. As seis novas alegações foram apresentadas no tribunal federal de Nova York e incluem processos tanto de homens quanto de mulheres. Essas denúncias destacam uma série de condutas que, de acordo com as vítimas, envolvem abuso de poder, tráfico sexual e coerção. Com o julgamento previsto para o próximo ano, a equipe jurídica de P. Diddy trabalha para evitar que as acusações prejudiquem ainda mais a imagem do artista, enquanto novas testemunhas se manifestam sobre os supostos abusos e manipulações.
Foto destaque: P Diddy (Reprodução/Paras Griffin/Getty Images)