Na última segunda-feira (10), Walter Casagrande fez críticas contundentes a Tiago Leifert em sua coluna, devido aos comentários feitos pelo jornalista sobre a morte de Gabriela Anelli, torcedora do Palmeiras. A jovem foi vítima de uma briga entre torcedores do Flamengo. Leifert afirmou que Anelli se colocou em risco ao estar fora do estádio e fazer parte da torcida organizada.
Casagrande comparou Leifert a Eduardo Bolsonaro e destacou que os dois compartilham ideias semelhantes sobre o que é considerado violência ou não. Além disso, ele ressaltou que o jornalista é conhecido por seus conceitos e valores duvidosos.
O comentarista esportivo afirmou que Leifert inventou argumentos repugnantes para justificar e favorecer os torcedores do Flamengo em relação à morte da jovem palmeirense. Ele destacou que Leifert colocou a vítima como uma das responsáveis pela violência entre as torcidas dos times.
Casagrande deixou claro em seu texto que Gabriela Anelli é uma vítima, independentemente das circunstâncias, e criticou Leifert por justificar o assassinato. Ele também expressou sua descrença nas desculpas em vídeo de Tiago Leifert, alegando que ele só gravou o vídeo devido às críticas recebidas no Twitter. Para Casagrande, a vida talvez seja um Big Brother para Leifert.
Walter Casagrande e Thiago Leifert (Vídeo: Reprodução/YouTube)
Diante dos comentários feitos por Tiago Leifert sobre a morte de Gabriela Anelli, o jornalista recebeu diversas críticas nas redes sociais. Após a polêmica, ele fez um pedido de desculpas em suas redes sociais.
Leifert revelou que pesquisou o Instagram de Gabriela, que tinha menções à Mancha Verde, a torcida organizada do Palmeiras, e foi até as redes sociais do grupo. Foi lá que ele afirmou que muitas pessoas culpavam a torcida do Flamengo pela morte de Gabriela. Essa afirmação gerou grande controvérsia.
"De acordo com a Polícia Militar, dois torcedores do Flamengo estavam passando pela rua principal do Palestra Itália, em frente à bilheteria A, vestindo a camisa do Flamengo, e a torcida do Palmeiras partiu para cima deles, começou um confronto e estilhaços de vidro atingiram Gabriela. Ela é da Mancha Verde, não estava na bilheteria do estádio, estava do lado de fora, junto com os torcedores que ficam lá", declarou.
Tiago Leifert também fez um comentário sobre a torcida do Palmeiras. "Tem pessoas que ficam do lado de fora do estádio, muitos da organizada, e batem nas pessoas que passam por ali. Se passar alguém de vermelho em um jogo do Flamengo, eles vão questionar o porquê. Gabriela não merecia ter morrido, mas estava correndo um risco ali por fazer parte da torcida organizada", explicou.
Essa crítica de Casagrande à Leifert gerou um debate acalorado nas redes sociais e na mídia em geral, com pessoas apoiando e criticando ambos os lados. O episódio levantou novamente a discussão sobre a violência nos estádios de futebol e a responsabilidade dos veículos de comunicação na abordagem desse tema.
Foto Destaque: à esquerda o jornalista Thiago Leifert, à direita o comentarista Walter Casagrande. Reprodução/Metrópoles