Bella Campos, Alice Wegmann e Alice Carvalho são capa da Marie Claire de março

As atrizes Bella Campos, Alice Wegmann e Alice Carvalho são protagonistas da capa de março da revista Marie Claire. Em entrevista e ensaio exclusivos, já disponíveis na íntegra nas principais bancas e no app Globo+, durante um especial sobre mulheres no audiovisual brasileiro, as artistas refletem sobre seus anseios, saúde mental, conquistas e jornadas profissionais na dramaturgia.

Bella Campos

Intérprete da protagonista Maria de Fátima na nova Vale Tudo, Bella Campos relembra sobre seu início na dramaturgia, e a dificuldade de se reconectar com a própria felicidade durante o seu auge profissional: “a minha conexão com a arte foi genuína, sincera, não foi premeditada. Mas, quando aconteceu, eu não tinha ferramentas para lidar. A rotina que a gente leva, a hiperprodutividade faz a gente confundir problemas de saúde mental com cansaço. Demorei para detectar que era um processo depressivo”, conta. “Tenho reencontrado a vontade de viver. Foi um processo difícil, mas lindo. Hoje, cuido da minha cabeça porque valorizo essa luz, essa vontade juvenil de me sentir bem. Eu estava apavorada dentro de mim mesma”, complementa.

Nessa reconexão com a felicidade, Bella Campos também expõe o desejo de ser mãe. “Talvez seja uma produção independente. A certeza que tenho é que a maternidade não precisa estar atrelada a um relacionamento. Meu desejo está diretamente conectado com um instinto que está aflorando dentro de mim. Como isso vai se dar? O futuro dirá”, diz Bella.

Alice Wegmann

Depois de protagonizar diversos personagens icônicos nos últimos anos, é a vez de Alice Wegmann interpretar Solange Duprat, no remake de Vale Tudo. A atriz não hesitou em aceitar o convite feito pela própria autora da novela, Manuela Dias. “Solange apareceu no momento da minha vida que me sinto pronta para fazê-la. Se fosse há dois anos, não me sentiria tão segura. Sei da responsabilidade, mas não tenho medo. Caminhei para isso”, reflete.

Dentre algumas de suas conquistas nessa caminhada, Alice conta sobre sua luta com o transtorno alimentar. “Agora, por exemplo, estou indo para o set fazer uma cena de barco. Antigamente isso seria uma grande questão. Ficaria: ‘Meu Deus, vou fazer uma dieta líquida para a barriga ficar mais fina’. Agora não, pedi um almoço para comer bem”, conta Wegmann, que acredita que a relação turbulenta com a comida se iniciou nos seus anos de ginástica artística. “Ali foi o início de tudo. A ginástica me deu muitas coisas boas, como a disciplina, a responsabilidade. Mas também me gerou uma sensação de querer me provar a todo momento. Os técnicos chamavam as meninas com 6 anos de idade de incompetentes. Gritavam com a gente”, relembra.

Alice Carvalho

Assim como Campos e Wegmann, Alice Carvalho é referência entre os atores da nova geração. A atriz, que entre outros trabalhos, se prepara para viver uma sanfoneira em Guerreiros do Sol, novela do Globoplay com estreia marcada para abril, reflete sobre como suas personagens a ajudaram a olhar para suas feridas, repensar suas posturas e a provocaram sobre como se colocar no mundo.

Durante sua caminhada profissional nas artes, Carvalho também fez as pazes com sua sexualidade e reconhece sua importância enquanto figura pública. “A verdade é que o microfone pesa. Assumir a minha orientação sexual e não fazer dela uma questão é um jeito de inspirar outras pessoas a viverem suas verdades sem medo. Eu não quero contar uma história única da menina que saiu de Parnamirim e conseguiu realizar seus sonhos. Quero que outros grupos invisibilizados possam realizar seus sonhos, viver suas integridades sem se balizar pelo olhar do outro”, conta Alice.

Foto destaque: Bella Campos, Alice Wegmann e Alice Carvalho (reprodução/Henrique Gendre (M.Lages)

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Sobre Eloíza Umar

Sou Eloiza Umar, jornalista apaixonada e comprometida, que vem abordando temas de diversidade, cultura e turismo há mais de 15 anos. Nessa jornada, aprendi que por trás de cada história, cada lugar e cada pessoa, há uma riqueza de experiências que merecem ser contadas. Minha formação me deu as ferramentas necessárias para mergulhar profundamente em cada história e trazer à luz temas que são frequentemente ignorados. A diversidade é mais do que apenas uma palavra para mim, é a essência do meu trabalho. Eu busco dar voz às minorias e trazer para o centro do palco as histórias que costumam ficar à margem. Minha paixão pela cultura e turismo me levou a lugares incríveis e me proporcionou encontros inesquecíveis. Acredito que cada cultura, cada lugar tem uma beleza única que precisa ser compartilhada. O turismo é mais do que apenas visitar novos lugares, é uma jornada de descoberta e entendimento. Em cada artigo, em cada reportagem, busco mais do que apenas informar. Quero inspirar, educar e promover a diversidade e a inclusão. Para mim, o jornalismo é uma ferramenta poderosa que pode ajudar a construir um mundo mais justo e compreensivo. Com 15 anos de experiência na bagagem, continuo tão apaixonada pelo meu trabalho como no primeiro dia. Estou sempre pronta para embarcar na próxima história, explorar novos lugares e destacar as maravilhas da nossa diversidade. Eloiza Umar, a jornalista que celebra a diversidade, a cultura e o turismo.