Na madrugada desta terça-feira (5), o público de vários artistas internacionais foi surpreendido com notificações de que seus ídolos haviam supostamente "publicado" vídeos com conteúdo suspeito em seus canais no YouTube.
Grandes nomes da música internacional, como Ariana Grande, Taylor Swift, The Weeknd, Justin Bieber e Harry Styles, tiveram seus canais oficiais invadidos por um hacker.
Astros do rap como Kanye West, Playboi Carti, Jay-Z, Travis Scott, Drake e outros, também teriam sido atingidos pela ação do invasor.
Nos títulos de alguns dos vídeos compartilhados estava escrito "Free Paco Sanz" e como estratégia para alcançar mais visualizações, o hacker acrescentou alguns nomes como os de Will Smith e Chris Rock, recentemente envolvidos na polêmica do Oscar.
Do nada, Travis Scott, Justin Bieber e kanye west são hackeados pic.twitter.com/pgqrpl9dsD
— pequeno nasty (@bigslimenasty) April 5, 2022
Print de fã sobre o ataque do hacker. (Foto: Reprodução/ Twitter).
Paco Sanz, é um criminoso condenado na Espanha, por uma fraude que atingiu milhares de pessoas, anônimas e famosas. O hacker não fez questão de se esconder, colocando seu nome de usuário do Twitter (@lospelaosbro) no título de alguns vídeos.
Em 2009, Paco havia sido "diagnosticado" com Síndrome de Cowden, doença caracterizada pelo surgimento de diversos tumores benignos, sem o risco de morte. Alguns meses depois, foi a um programa de TV e alegou não receber apoio do sistema público de saúde para a realização de seu tratamento. Para conseguir a comoção dos telespectadores, ele exagerou nos sintomas de sua doença e com isso conseguiu arrecadar milhares de doações.
Entre 2010 e 2017, Paco havia acumulado cerca de 350.000 euros (aproximadamente R$1.7 milhão). Em 2017, ele foi descoberto e preso por fraude.
No Twitter, diversos fãs dos artistas hackeados reuniram prints dos vídeos publicados pelo hacker, que antes de ter sua conta desativada, perguntou aos seguidores qual artista deveria ser o próximo a ter a conta invadida.
Algumas horas após a invasão, os ataques foram detidos e o YouTube deletou o conteúdo suspeito das contas atingidas.
Foto Destaque: Youtube. Reprodução/ Lucy Nicholson/ REUTERS.