Em vídeo sobre sua rotina de skincare, a cantora carioca Anitta, 30, revelou que usa um creme com o próprio sangue na formulação e que foi prescrito por uma médica americana. “Foi a moça de Miami (EUA) que fez o creme para mim. Eu tirei sangue, depois passaram na máquina para tirar o plasma e fizeram o creme para mim. Esse creminho fica lá na geladeira, porque fora ele estraga”, explicou a cantora.
Após a grande repercussão do assunto, a cantora manifestou-se em seu Instagram secundário para dizer que a técnica não é novidade e que é utilizada por muitas pessoas nos Estados Unidos. “Bombei! Vi umas pessoas falando tipo: ‘Meu Deus’, gente todo mundo faz isso, se chama PRP, todo mundo faz isso nos Estados Unidos, não sei no Brasil”, disse Anitta.
A contora continuou dizendo que ouviu falar que no Brasil é proibido e outros comentarem que é bem barato. “Esse negócio de tirar o sangue e virar plasma, colocar de volta na pele, todo mundo faz esse negócio, é super famoso isso de skincare”, explicou.
Anitta em publicação no Instagram (Foto: Reprodução/ Instagram/ @anitta)
O dermatologista Igor Manhães, em entrevista à revista Quem, explicou um pouco mais desse procedimento feito com plasma sanguíneo. No Brasil, a utilização do Plasma Rico em Plaquetas (PRP) é proibida entre os médicos pelo Conselho Federal de Medicina (CFM).
O dermatologista inicia falando que a Infusão Rico em Plaquetas se trata de um procedimento médico e, devido a isso, depende do processo de regulamentação dos órgãos regulamentadores de cada país. “Apesar de que aqui no Brasil termos aprovação de uma gama maior de procedimentos que nos Estados Unidos, o PRP já foi aprovado lá e não aqui. Isso se dá por processo burocrático que, às vezes, é influenciado pela indústria farmacêutica. Lembrando que aqui falamos do procedimento médico de prática injetável, diferente da aplicação tópica do plasma”, disse Igor à revista Quem.
O dermatologista continua explicando que ao aplicar nosso próprio sangue como uma formulação de skincare pode-se causar certo desconforto na pele, além de trazer malefícios ao rosto. “Nosso rosto é composto por plasma e hemácias. No plasma temos diversos tipos de proteínas, dentre essas algumas são chamadas de fatores de crescimento. A fisiologia do processo se dá no momento em que ofertamos uma maior quantidade concentrada desses fatores e melhoramos o ambiente molecular das células ao redor”, comentou o médico.
Igor revela que uma forma possível de utilizar seu próprio sangue na rotina de skincare é ter uma formulação individualizada e o produto, sendo sérum, creme ou outro, deve ser formulado de acordo com seu próprio plasma e outros ativos.
Para as pessoas que têm curiosidade nessa nova formulação, o médico recomenda que se aguarde estudos que comprovem a eficácia do PRP.
Foto Destaque: Anitta. Reprodução/ Instagram/ @anitta