Na última quarta-feira (12), os advogados de Samara Felippo entraram com um pedido de afastamento contra o juiz responsável pelo caso de racismo sofrido por sua filha Alicia, de 14 anos, em uma escola de elite em São Paulo. As medidas foram tomadas após o juiz determinar que a vítima participasse apenas como ouvinte durante a audiência.
A equipe jurídica informou que recorrerá ao Supremo Tribunal
Federal (STF) e ao Tribunal de Justiça para que Alicia seja ouvida durante o
processo e para que as confissões das agressoras sejam reconsideradas pelo juiz
que assumir o caso.
Decisão do juiz
Em nota enviada à revista Quem, Hédio Silva Jr., Thaís Cremasco, Anivaldo dos Anjos e Isabela Dario afirmaram que a decisão do magistrado pode caracterizar crime de prevaricação (prática indevida do ato de ofício) e abuso de autoridade. Cremasco também ressaltou que a decisão de impedir a adolescente de "expor sua versão dos fatos é, no mínimo, assustador".
Além disso, a equipe questiona a forma como o caso está sendo tratado como violação de direitos autorais: "Também queremos saber por que um ato infracional análogo ao crime de racismo, confessado pelas agressoras, está sendo tratado como violação de direito autoral, mesmo porque a filha de Samara não é criadora de obra literária, artística ou científica", explicou o advogado Hédio Silva Jr.
Entenda o caso
No mês passado, Samara Felippo relatou em entrevista ao Fantástico que sua filha foi vítima de racismo na escola. Ela contou que ao chegar em casa, encontrou Alicia chorando compulsivamente após ter seu trabalho escolar vandalizado, onde páginas foram arrancadas e uma frase racista gravíssima foi deixada no caderno.
Após o episódio, a atriz manifestou nas redes sociais que cobrou ações da Escola Vera Cruz, que desde 2019 desenvolve um projeto de Educação Antirracista, para assegurar que a adolescente possa frequentar a escola com segurança.
Foto Destaque: Samara Felippo e suas filhas em foto publicada nas redes sociais (Reprodução/Instagram/@sfelippo)