Tradição encontra a juventude: academia Brasileira de Letras estreia no TikTok

Personalidades literárias como Machado de Assis, Olavo Bilac e Joaquim Nabuco, que protagonizaram os famosos encontros nas confeitarias do Rio de Janeiro no século 19, agora encontram espaço no ambiente moderno do TikTok, junto a uma audiência jovem. 

A Academia Brasileira de Letras (ABL) decidiu contar sua história de forma resumida em um vídeo de estreia na rede social. Essa iniciativa faz parte das celebrações dos 126 anos da ABL, ocorridas na quinta-feira (20), com a chegada oficial ao TikTok na sexta-feira, 21.


@abletras

 

Perfil da ABL no TikTok. (Reprodução/TikTok)


Parceiros

Além da presença na plataforma, a ABL também anunciou uma parceria com o TikTok, visando ampliar a divulgação de conteúdos relevantes, incluindo novidades e destacando a importância da academia na preservação da língua e literatura brasileiras. Com essas ações, a ABL busca conectar-se ao público mais jovem e mostrar a relevância contínua da literatura em um ambiente digital contemporâneo.

A História

Em 20 de julho de 1897, no Rio de Janeiro, foi fundada a Academia Brasileira de Letras (ABL) por iniciativa de Machado de Assis e outros intelectuais. Seu objetivo central era impulsionar e enaltecer a cultura e a literatura do Brasil.

Desde sua fundação, a ABL tem como principal missão preservar a língua portuguesa, valorizar a literatura nacional e incentivar o estudo e a produção literária no país. A instituição é composta por 40 membros efetivos, conhecidos como “Imortais”, que são eleitos por seus próprios acadêmicos.

Ao longo de sua trajetória, a Academia Brasileira de Letras desempenhou um papel relevante na preservação e promoção da literatura nacional, homenageando e reconhecendo importantes escritores e intelectuais do país. Sua influência no cenário literário e cultural do Brasil permanece marcante, conferindo-lhe prestígio como uma das mais importantes instituições literárias do país.

Foto Destaque: Livros, notebook e logo da ABL. Montagem/Canva

Dave Willner se desliga da chefia de segurança da OpenAI

Nesta quinta-feira (20), Dave Willner anunciou em sua conta do Linkedin que está se desligando da chefia de segurança da Open AI. “Estou deixando a OpenAI como funcionário e fazendo a transição para uma função consultiva. Estou orgulhoso de tudo o que nossa equipe realizou em meu tempo na OpenAI”, disse o executivo em seu perfil.

O departamento chefiado por Willner é de suma importância para a empresa. Isso porque, o departamento de segurança é responsável por fiscalizar discurso de ódio e fake news na plataforma.

O principal motivo para o desligamento alegado pelo executivo é a falta de tempo para a família. Segundo Dave Willner, “Qualquer pessoa com filhos pequenos e um trabalho super intenso pode se relacionar com essa tensão, eu acho, e esses últimos meses realmente cristalizaram para mim que eu teria que priorizar um ou outro”.

Willner trabalhou na Open AI por quase um ano e meio. Anteriormente, ele se destacou por seu trabalho no Facebook e no Airbnb.

Sobre o futuro 

A empresa criadora do Chat GPT anunciou em comunicado que Mira Muratti assumirá o cargo interinamente. Dave Willmer prestará consultoria ao departamento até o fim de 2023.


Inteligência artificial (Reprodução/ Pixabay)


Sobre o futuro profissional, Willmer adiantou algumas ideias. “Ajudar empresas menores e profissionais em estágio inicial, e que o que eu realmente queria nesta fase da minha carreira era poder fazer mais disso enquanto ainda tinha equilíbrio suficiente para estar totalmente presente para minha família”, disse o executivo em seu Linkedin.

Preocupação com a segurança da IA

Em sua postagem, Dave Willmer confessou, “nos meses seguintes ao lançamento do ChatGPT, tenho encontrado cada vez mais dificuldade para manter meu fim de barganha. A OpenAI está passando por uma fase de alta intensidade em seu desenvolvimento”. As tensões relacionadas à preocupação com os perigos da inteligência artificial devem ter influenciado na decisão dele se afastar da empresa.

 

Foto Destaque: Dave Willmer. Reprodução/ Linkedin @davewillner

Nova inteligência artificial do Google promete superar o ChatGPT

Recentemente, o Google anunciou a criação de uma nova inteligência artificial tão poderosa que pode superar até a última versão do seu concorrente mais popular, o ChatGPT4, da OpenAI. O novo modelo de linguagem do Google, chamado de Gemini, promete não apenas analisar textos, mas também resolver e planejar problemas mais complexos. 

Após deixar o cargo na Alphabet em 2019, Sergey Brin, o cofundador do Google, está de volta à gigante da tecnologia e agora integra a equipe de desenvolvimento do tão aguardado projeto Gemini, a próxima geração de inteligência artificial do Google. 


IA do Google pode ser lançada ainda em 2023 e promete superar seu rival, o ChatGPT. (Reprodução/Site Oficial/Google)


Segundo o The Wall Street Journal, Brin tem sido uma figura presente na sede do Google, localizada em Mountain View, Califórnia, nos Estados Unidos. Ele está imerso em questões altamente técnicas, liderando os esforços para medir o desempenho da ferramenta inovadora. 

Aliás, o executivo tem promovido discussões semanais com a equipe sobre novas pesquisas em IA e tem sido fundamental na contratação de especialistas altamente qualificados nessa área que está em constante evolução. De fato, seu retorno ao centro das inovações do Google promete revolucionar ainda mais o mundo da inteligência artificial e o projeto Gemini.

Fundadores do Google estão envolvidos no projeto Gemini

Em 1998, enquanto ainda eram estudantes de doutorado na Universidade de Stanford, Sergey Brin e Larry Page deram vida ao Google, marcando o início de uma era revolucionária na tecnologia. Agora, a dupla foi convidada a integrar o desenvolvimento da próxima geração de inteligência artificial do Google. Esse convite aconteceu em dezembro de 2022, após o CEO do Google, Sundar Pichai, emitir um alerta no momento do lançamento do ChatGPT, demonstrando a determinação da empresa em liderar o cenário de IA.

A paixão de Sergey Brin pela tecnologia e a necessidade urgente do Google de acompanhar as inovações em IA, especialmente com a Meta e a OpenAI avançando em projetos como o GPT-4, impulsionaram seu envolvimento no projeto Gemini. 

Nova inteligência artificial pode ser lançada ainda esse ano

Embora detalhes sobre o Gemini sejam mantidos em sigilo, o executivo responsável pelo projeto, Demis Hassabis, compartilhou com os colaboradores que a tecnologia pode estar disponível no final de 2023. A grande revelação do projeto aconteceu durante a conferência Google I/O 2023, prometendo um futuro emocionante e cheio de possibilidades para a IA desenvolvida pela equipe composta por Brin e Page.

 

Foto destaque: Programador trabalhando com códigos em novo projeto. (Reprodução/Site Oficial/Freepik)

Cão robótico de alta tecnologia pode ser seu pet no futuro

Os avanços na tecnologia robótica estão mudando a forma como vemos os robôs – de seres mecânicos e inanimados a amigáveis companheiros, capazes de serem programados para desempenhar muitos papéis, desde trabalho até assistência e diversão. 

Cães robóticos se tornaram muito populares entre os entusiastas tecnológicos e a tecnologia tão avançada pode superar a necessidade de um animal de estimação real.


O futuro dos pets chegou com robôs de última geração. (Foto: Reprodução/Freepik)


Um novo tipo de cão robótico de alta tecnologia foi projetado com essa finalidade em mente, como um animal de estimação de verdade e programado com inteligência artificial. A empresa chinesa Unitree Robotics, com sede em Hangzhou, criou o Go2, um robô inteligente que pode interagir com seu dono.

Robô quadrúpede promete ser seu futuro companheiro

Com habilidades de dançar, balançar as pernas e correr, o cão-robô Go2 custa US$ 1.600, equivalente a R$ 7,6 mil. Inclusive, o modelo ainda tem alto-falante embutido para tocar músicas e também pode tirar fotos por comando. 

Segundo o fabricante do produto, o robô tem avanços impressionantes em configuração e aparência, oferecendo uma variedade de funções interativas que simulam perfeitamente o comportamento de um pet de estimação real. 

Cão hi-tech tem IA avançada e habilidades únicas

O Go2 é equipado com um alto-falante inteligente que consegue reconhecer a voz do dono e responder a comandos e perguntas. Além disso, sua lente ultra-grande angular, instalada onde seria o rosto do animal, captura registros fotográficos impressionantes. Mas aqui está o que torna esse cão robótico verdadeiramente especial: sua inteligência artificial avançada! Treinado em vastas quantidades de texto e áudio, ele está preparado para surpreender você com respostas inteligentes e envolventes. 


Cão hi-tech da empresa chinesa pode interagir com o dono. (Reprodução: Unitree Robotics)


A Unitree ainda afirma que o cão hi-tech é capaz de tomar decisões por meio de um sensor localizado em uma das patas traseiras e ainda pode aprender as características específicas do seu dono e tornar-se um amigo mais próximo.

Certamente, a tecnologia está avançando a um ritmo jamais visto. Com os cães robóticos, temos a oportunidade de experimentar o que há de mais moderno no ramo da robótica, criando uma possível relação de amizade com este futuro pet.

 

Foto destaque: Cão robô Go2. (Reprodução: Unitree Robotics)

Astronave da NASA colide com asteroide, resultando em “nuvem de 37 detritos”

O Telescópio Espacial Hubble fez uma descoberta importante ao detectar uma nuvem de rochas ao redor do asteroide Dimorphos, que foi atingido intencionalmente pela espaçonave DART da NASA, no outono passado. A DART, pesando cerca de 544 quilogramas, colidiu com Dimorphos a 20.921 quilômetros por hora em 26 de setembro de 2022, com o objetivo de alterar sua velocidade orbital.

Essa missão representou a primeira vez em que a humanidade alterou a trajetória de um objeto celeste, mostrando como a tecnologia de impacto cinético pode ser usada para desviar asteroides que possam ameaçar a Terra, embora tanto Dimorphos quanto Didymos, o maior asteroide em sua órbita, não sejam uma ameaça para o planeta.


Demonstrativo do tamanho do asteróide Dimorphos (Foto: reprodução/UOL)


Detritos e consequências

O impacto bem-sucedido da DART resultou na alteração do período orbital de Dimorphos ao redor de Didymos em 33 minutos. Além disso, o teste de defesa planetária lançou mais de mil toneladas de material no espaço, incluindo 37 pedregulhos que variam em tamanho de 0,9 metros a 6,7 metros de diâmetro, de acordo com o Hubble.

Essas rochas, provavelmente liberadas da superfície de Dimorphos após o impacto, estão se afastando do asteroide a uma velocidade de aproximadamente 0,8 quilômetros por hora, conforme relatado pelo Hubble. O cientista planetário David Jewitt, da Universidade da Califórnia em Los Angeles, descreveu a descoberta como espetacular.


Explicação de como foi a missão DART (Foto: reprodução/DART)


Próximos passos

David Jewitt e sua equipe utilizaram o Telescópio Espacial Hubble para monitorar as mudanças em Dimorphos durante e após o impacto da DART, mas uma nova missão está programada para investigar de forma mais detalhada.

A missão Hera, realizada pela Agência Espacial Europeia, tem previsão de lançamento para 2024. Essa espaçonave, juntamente com dois CubeSats, deve chegar ao sistema de asteroides no final de 2026.

Hera realizará estudos em ambos os asteroides, medindo as propriedades físicas de Dimorphos e examinando a cratera de impacto causada pela DART, bem como a órbita da lua, tudo com o objetivo de desenvolver uma estratégia eficaz de defesa planetária.

David Jewitt comentou que a nuvem de pedras ainda estará se dispersando quando Hera chegar, comparando-a a um enxame de abelhas que se expande lentamente e eventualmente se dispersam ao longo da órbita do par binário em torno do Sol.

 

Foto Destaque: Foto tirada pelo Hubble do Dimorphos após a missão DART. Reprodução/Área Militar

Operação da PF resgata criança em risco e investiga violência por meio de aplicativo

No estado do Rio Grande do Sul, a Polícia Federal conduz uma investigação sobre atos infracionais, como incitação à automutilação e abuso infantil, alegadamente realizados por adolescentes através do aplicativo Discord. Uma menina de 12 anos, vítima desses atos infracionais, foi resgatada da situação na noite de quinta-feira (20). Os policiais apreenderam o computador usado por ela para se comunicar com os adolescentes suspeitos, visando uma perícia científica.

A situação veio à tona a partir de uma denúncia feita pelo pai da menina. A investigação contou com o auxílio de uma psiquiatra do Centro de Referência em Atendimento Infantojuvenil (Crai).

Após uma conversa com a adolescente, a médica confirmou a ocorrência de autolesões. Como resultado, a menina foi encaminhada para realizar exames físicos e psicológicos adicionais, conforme informado pela assessoria de imprensa da Polícia Federal.


Recomendações de como usar o app de modo seguro (Foto: Reprodução/VEJA)


Perigo

O aplicativo Discord tornou-se bastante popular entre os jovens e está sob investigação devido à presença de canais com conteúdos que promovem o nazismo, racismo, pedofilia e exploração sexual. Embora nenhuma rede seja completamente à prova de falhas, os especialistas observam que o Discord possui características que o tornam mais suscetível a atividades criminosas.

De acordo com a organização não governamental (ONG) Safernet, o aplicativo possui diversas funcionalidades, incluindo a possibilidade de funcionar como um fórum de bate-papo. A ONG ressalta que a plataforma deveria ser mais proativa no desenvolvimento de ferramentas e políticas para conter a disseminação de conteúdos criminosos.

Força tarefa

A questão tomou proporções significativas, o que levou à criação de uma força-tarefa em todo o Brasil, liderada pela Polícia Federal em conjunto com os estados e em coordenação com o Ministério da Justiça. Em uma reunião realizada em Brasília em 13 de julho, executivos americanos do Discord se encontraram com membros do ministério, comprometendo-se a tomar medidas concretas. 

Na ocasião, a empresa informou que havia fechado 65.000 contas brasileiras desde o início do ano por violação das políticas de segurança. A Polícia Federal tem mantido contato regular com autoridades dos Estados Unidos, como o FBI, que têm relatado crimes na plataforma, permitindo que sejam feitas quinze prisões em estados como Rio de Janeiro, São Paulo, Espírito Santo e Santa Catarina.

 

Foto Destaque: O app Discord. Reprodução/Gizmodo

Ataque cibernético de hackers norte-coreanos atinge empresas de Cripto

A guerra digital entre as potências tecnológicas do mundo já acontece há alguns anos, principalmente com o conflito entre a Rússia e os Estados Unidos, que culminou na interferência das eleições estadunidenses de 2016 por parte de um grupo de hackers com ligações ao governo russo. Desta vez, um grupo de hackers apoiados pelo governo norte-coreano invadiu a database de uma empresa norte-americana de Tecnologia de Informação (TI), usando-a como porta de entrada para conseguir atingir empresas envolvidas no mercado de criptoativos, segundo informações fornecidas pela própria companhia e especialistas de cibersegurança, na quinta-feira (20). 

Como ocorreu o ataque

JumpCloud, cuja sede fica em Louisville, no Colorado, foi a empresa inicialmente afetada por esse ataque digital que ocorreu no fim de junho. O grupo de hackers usou as informações e o acesso obtido para então prejudicar ao “menos 5” dos clientes da empresa, pelo que foi divulgado pela JumpCloud em nota. 

A empresa de TI preferiu não identificar publicamente os clientes afetados, mas podemos extrapolar o motivo do ataque em razão das informações fornecidas pelas empresas de segurança cibernética Mandiant — que está auxiliando um dos clientes afetados — e a CrowStrike Holdings — que atualmente está auxiliando a JumpCloud a resolver o caso —, que esclarece que o grupo de hackers envolvido é conhecido por atuar em roubos de criptomoedas. 

Outros dois especialistas com familiaridade no assunto confirmaram que os clientes da JumpCloud atacados pelos hackers eram, sim, empresas de criptoativos. 

Envolvimento da Coreia do Norte

Essa invasão inesperada parece demonstrar que os espiões cibernéticos norte-coreanos, que antes se restringiam ao ataque de empresas de moeda digital num ritmo mais moderado e cauteloso, agora está mais confiante, atacando empresas que podem abrir as portas de acesso para diversas outras companhias atuando no setor, uma tática que é amplamente conhecida como “ataque à cadeia de suprimentos”. 


Em 2022, grupos de hackers da Coréia do Norte roubaram mais de US$ 400 milhões em criptoativos (Foto: reprodução/iStock)


Tom Hegel, que trabalha para a empresa SentinelOne e que confirmou a atuação da Mandiant e da CrowdStrike no caso, acredita que a Coreia do Norte realmente tem a intenção de intensificar seus ataques. 

O porta-voz da Coreia do Norte na Organização das Nações Unidas (ONU) em Nova Iorque preferiu não comentar. Oficialmente, a Coreia do Norte já havia negado envolvimento em roubos de moeda digital que aconteceram anteriormente, apesar das evidências — que incluem relatórios da ONU — apontando o contrário.

Foto destaque: Representação artística de uma versão física de Bitcoin. Reprodução/iStock

Startup no Canadá iniciará testes com aviões sem piloto

A Ribbit, uma startup canadense de cargas aéreas, começará a realizar testes com aviões sem piloto a fim de realizar entregas em áreas remotas das regiões metropolitanas. A princípio, a startup está desenvolvendo um protótipo de aeronave para somente dois passageiros, mas a intenção é que, com o tempo, os bancos sejam removidos para guardar mais cargas e fazer com que o avião seja totalmente autônomo através de software e hardware de controle remoto. Os pilotos devem monitorar as aeronaves à distância.

Carl Pigeon, o CEO da Ribbit, disse em um comunicado à imprensa no início de julho que algumas cidades no centro do Canadá já possuem operações de carga aérea. No entanto, a “Ribbit pega uma aeronave menor e usa a autonomia para mudar drasticamente a economia da unidade desse avião. Isso permite oferecer um serviço confiável e melhorar as cadeias de suprimentos”, disse Carl.


Jeremy Wang e Carl Pigeon com a aeronave (Foto: Reprodução/Ribbit/Burlingtontoday)


O projeto

Inspirado pelo trabalho de estudantes da Universidade de Waterloo, o projeto foi incluindo os cofundadores Jeremy Wang e Carl Pigeon. A companhia assinou um contrato com um valor de US$ 1,3 milhão com a Transport Canada e a Innovative Solutions Canada para fazer testes com voos autônomos “nos próximos 12 meses”.

A empresa também já assinou contratos com companhias de atacado e varejo. A ideia é entregar rapidamente alimentos, remédios e outros suprimentos de emergência. Jeremy Wang disse ao Northern Ontario Business que a intenção da empresa “é realmente aprimorar a conectividade do transporte, a fim de levar alimentos perecíveis, produtos essenciais, suprimentos médicos e muito mais para essas comunidades, com preços mais acessíveis ao consumidor final e de forma confiável e frequente”.

Concorrentes

Algumas empresas já estão realizando o transporte de mercadorias por controle remoto. A Xwing é uma delas, com sede em São Francisco, nos Estados Unidos. No entanto, a companhia aérea usa aviões muito grandes. Outro concorrente da mesma área é a Reliable Robotics, criada por ex-engenheiros da SpaceX e da Tesla.

 

Foto destaque: Aeronave que será testada sem piloto. Reprodução/Jeremy Wang/Ribbit/Engadget

Microsoft lançará IA corporativa e cobrará a mais pelo serviço

Nesta terça-feira (18), a Microsoft informou que passará a cobrar um valor médio de 53% a mais para os usuários acessarem seus novos recursos de Inteligência Artificial (IA) em programas utilizados por empresas, visando os lucros que prevê adquirir por meio desta tecnologia.

A companhia também informou que irá disponibilizar uma versão mais segura do Bing, seu mecanismo de busca, para as empresas, com o objetivo de se adequar às necessidades da lei de proteção de dados, elevar o interesse corporativo em IA e melhorar sua vantagem competitiva com o Google.

A nova cobrança

Na conferência virtual Inspire, a empresa disse que os clientes corporativos pagarão mensalmente US$ 30 por usuário por uma ferramenta de inteligência artificial do Microsoft 365 que se chama Copiloto. O programa promete escrever e-mails no Outlook, redigir documentos no Word e tornar quase todos os dados utilizados pelo funcionário acessíveis por meio de um chatbot.

Esse preço quer dizer que a ferramenta pode triplicar o custo de alguns usuários da Microsoft. O vice-presidente corporativo da Microsoft, Jared Spataro, disse em entrevista que a ferramenta será paga com economia de tempo e aumento de produtividade. O software Copiloto, por exemplo, pode fazer um resumo de reuniões feitas pelo sistema online Teams.

“Você não precisa mais fazer anotações nas reuniões, não precisa participar de algumas reuniões”, afirmou Spataro. “Isso apenas muda a maneira como você trabalha”. Ele não quis divulgar uma prévia da receita do software, que em média 600 empresas fizeram testes desde o seu lançamento em março. O Copiloto ainda não foi disponibilizado para todos os usuários.


Bing, mecanismo de busca da Microsoft (Foto: Reprodução/Microsoft/Epoca Negocios)


O Bing Chat Enterprise

A Microsoft, enquanto isso, está indicando para as empresas utilizarem o Bing Chat Enterprise, um bot em seu mecanismo de busca capaz de gerar conteúdo e que é incluso em assinaturas usadas por aproximadamente 160 milhões de funcionários.

Diferente do buscador público Bing, a versão para empresas não armazena nenhuma visualização ou dados do usuário, é o que promete a companhia. O funcionário precisaria fazer login com detalhes de trabalho para receber esses recursos.

Spataro, quando questionado se os usuários do Bing não estão protegidos, informou que a Microsoft deixou suas políticas de privacidade claras e espera ansiosamente levar a IA aos seus usuários. A companhia anunciou também a capacidade de baixar imagens e fazer pesquisas de conteúdos relacionados a elas, assim como permite o Google.

 

Foto destaque: Logo da Microsoft. Reprodução/New Voice

TikTok passa por “teste de estresse” para se adequar à nova lei

Segundo comunicado nesta terça-feira (18), realizado pelo chefe da indústria da União Europeia, Thierry Breton, o TikTok voluntariou-se para participar do “teste de estresse”, para se adaptar a uma nova Lei de Serviços Digitais da UE.

A Lei de Serviços Digitais (DSA sigla em inglês), que entrará em vigor no dia 25 de agosto deste ano, obrigará que empresas reprimam discursos de ódio, as chamadas fake news e outras matérias ilegais e nocivas em seus sites. 

Dessa forma, empresas e plataformas online poderão receber grandes multas caso não consigam conter os conteúdos ilegais. Assim, empresas como Google, Meta e até mesmo o TikTok deverão gerenciar os riscos, além disso, devem compartilhar dados com autoridades e adotar um código de conduta. 

Em publicação em sua conta no Twitter, Breton mostra sua reunião por vídeo chamada com o CEO da plataforma, Shou Zi Chrew e reafirma a importância da participação do TikTok neste teste e seu impacto na democracia.


Thierry Breton durante reunião com CEO do TikTok, Shou Zi Chrew (Vídeo: Reprodução/Twitter/@thierrybreton)


TikTok 

Desenvolvido por uma empresa chinesa, inicialmente denominada Musical.ly, o TikTok foi lançado em 2014, mas começou a ganhar mais destaque e downloads em 2019.

A plataforma é uma rede social utilizada por seus usuários para compartilhar vídeos curtos, que podem ser de 15 segundos, 60 segundos e 3 minutos, com inclusão de filtros, músicas, legendas e busca por interação entre os internautas. 

Seus maiores concorrentes são o YouTube, que oferece recurso chamado YouTube Shorts, o Instagram com o Reels, a plataforma Kwai e recentemente o lançamento do Google, Tangi.

Motivo

O TikTok tem, em sua maioria, usuários jovens. Cerca de 66% das pessoas na plataforma possuem menos de 30 anos, onde desse resultado 60% têm idades entre 16 e 24 anos, o que aumenta a preocupação da exposição dos usuários a assuntos indevidos à idade na internet e crimes que podem acontecer nas redes. 

Para ajudar as empresas, como o TikTok, a se adequarem às novas regras da UE, as autoridades oferecem o teste de estresse para entenderem quais modificações serão necessárias para se adequarem. 

Segundo Breton, o teste realizado no TikTok, cobria proteção infantil, moderação de conteúdo, conteúdo ilegal, sistema de recomendação, acesso a dados e transparência. Além disso, afirma que a plataforma está realizando “melhorias organizacionais” para que se qualifiquem. 

 

Foto destaque: Pessoa utilizando o aplicativo TikTok. Reprodução/NuvemShop