Pesquisadores criam robôs-sacerdotes para estudar a reação de fiéis

O futuro — para alguns, bastante distópico — que promete a remoção de seres humanos em diversas atividades do dia-a-dia e no mercado de trabalho se aproxima cada vez mais. Mas, desta vez, parece que nem mesmo a igreja ficou de fora. Será que robôs desempenhando o papel de padres durante o culto seriam bem-sucedidos? Para responder essa indagação, pesquisadores da University of Chicago Booth School of Business, nos EUA, criaram um protótipo de robô capaz de atuar como sacerdotes, de modo a estudar e entender de que maneira os fiéis conseguiriam se relacionar com ele.

O palco para a pesquisa

“Tais máquinas podem realizar diversas atividades, mas ainda carecem da qualidade mais importante: credibilidade”, disse Joshua Conrad Jackson, um dos professores responsáveis pela pesquisa. Segundo o site Scientific American, os cientistas colocaram um robô chamado Mindar, criado a partir de alumínio e silicone, em um templo budista na cidade de Kyoto, no Japão, como parte dos testes. O sacerdote mecanizado foi projetado para ter uma aparência semelhante à divindade budista que representa a misericórdia. 

De acordo com Jackson, os pesquisadores entraram em uma parceria com cultos locais da região, incluindo o Templo Kodai-ji, da escola Rinzai de Budismo e fundado em 1605, para testar se a falta de credibilidade prejudicaria as instituições religiosas fazendo uso de sacerdotes artificiais. Mindar, bem como outros robôs criados para o mesmo propósito, são basicamente um grande espetáculo: eles empregam o uso de vídeos e efeitos sonoros para envolver e cativar os fiéis. Esses robôs até possuem a capacidade de “girar” ao longo dos sermões para fazer contato visual com o público, enquanto une as mãos em oração.


O robô-sacerdote Mindar durante sermão no Templo Kodai-Ji (Foto: Reprodução/Kodai-ji).


O robô parece estar fazendo sucesso, já que visitantes constantemente se aglomeram ao redor dele durante os sermões. 

“Entretanto, mesmo com esses efeitos especiais, duvidamos que tais robôs conseguiriam desempenhar o papel de padres verdadeiros e inspirar os fiéis a se sentirem comprometidos com sua fé”, afirmou Jackson. 

As conclusões dos pesquisadores

O resultado do estudo foi publicado recentemente na APA PsycNet (American Psychological Association), podendo ser acessado sem restrições. No artigo, foi mencionado que as pessoas envolvidas no teste classificaram Mindar como “menos confiável” do que monges humanos trabalhando no templo em Kodai-ji. Também foi averiguado que as pessoas que viram o robô eram 12% menos inclinadas a doar dinheiro para o templo, comparada com aquelas que visitaram o templo, mas não tiveram contato com Mindar. 

Aos pesquisadores, essas descobertas podem indicar os limites da automação no futuro. Manter apenas a avaliação da capacidade das máquinas pode nos deixar cegos para os espaços onde os robôs têm baixo desempenho por não serem confiáveis, conclui o estudo.

Foto destaque: Foto do robô-sacerdote Mindar (Foto: Reprodução/GettyImages).

Telescópio James Webb descobre vapor d”água em estrela distante

A busca por novas descobertas em um “mundo” distante do nosso sempre motivou a curiosidade e o desejo pela exploração que aparenta ser inerente em nossa espécie, sendo em partes algo que motivou as viagens exploratórias pelo oceano à procura de novos continentes e o nosso constante fascínio e temor quanto aos mistérios que residem nas profundezas do oceano, ainda pouquíssimo exploradas por conta da intransponível pressão exercida nos pontos mais fundos. O espaço, por outro lado, aos poucos está se revelando diante de nós, principalmente com os avanços tecnológicos empregados em novas ferramentas de observação, como o Telescópio Espacial James Webb (JWST), da NASA

A descoberta feita através do infravermelho

O aparelho recentemente detectou vapor d’água em uma distante região de formação de planetas orbitando uma estrela ainda jovem. Essa descoberta foi feita com a ajuda do NIRISS (Near-Infrared Imager and Slitless Spectograph), ou Câmera e Espectrógrafo de Infravermelho Próximo sem Fenda, em tradução. O JWST está equipado com esse aparelho, projetado para detectar as emissões de luz infravermelha pelo universo.

A descoberta foi feita em uma região do espaço a cerca de 100 milhões de anos-luz da Terra. Conhecida como disco protoplanetário, trata-se de uma nuvem de gás e poeira orbitando ao redor de uma estrela recém-formada. O disco protoplanetário é um berço de planetas, pois é através do aglomerado de pequenos grãos de poeira que se colidem e se coalescem é que as formações rochosas que eventualmente se tornarão planetas são formadas. 

O que é um Disco Protoplanetário

A descoberta do vapor d’água no disco protoplanetário, portanto, indica que a formação de planetas está em andamento ao redor da jovem estrela. Sendo um componente essencial para a vida — até onde nosso conhecimentos nos permite saber —, a presença dele na região sugere que planetas semelhantes à Terra podem vir a se formar por lá no futuro.


Imagem do disco planetário captada pelo JWST (Foto: Divulgação/NASA).


É importante ter em mente, também, a diferença de distância. Estando a 100 milhões de anos luz da Terra, temos a capacidade de apenas enxergar o passado do disco protoplanetário, pois a luz emitida por ele demora 100 milhões de anos para fazer o percurso até nós. É possível que, à essa altura, inúmeros planetas já tenham se formado ao redor da estrela, criando um novo sistema de corpos astronômicos no universo.

Foto destaque: Telescópio Espacial James Webb sobre fundo estelar (Foto: Reprodução/Shutterstock).

Alternativa promissora para celulose visa reduzir o desperdício de plástico

Plástico, microplásticos, desmatamento e reciclagem são alguns termos que remetem às questões ambientais. Atualmente, essas nomenclaturas são bastante circuladas, pois a quantidade de desperdício em ambientes marítimos vêm aumentando, tanto que, há mais de uma década, estudiosos vêm alertando sobre os possíveis efeitos e prejuízos para a sociedade e o espaço.

A priori, o cálculo global sobre o consumo de plástico em mares e rios chega a 150 mil toneladas, segundo o Instituto Oceanográfico da Universidade de São Paulo. Se for comparar, é o mesmo que jogar um caminhão de lixo de plástico no mar, por minuto. 

Por tais motivos, o professor Ali Harlin, do VTT (Valtion Teknillinen Tutkimuskeskus) Technical Research Centre conta a revista Forbes que “o processo de dissolver a celulose e convertê-la em folhas transparentes não é novidade e remonta ao início do século 20.” Por isso, a empresa finlandesa está desenvolvendo um protótipo de celulose para reduzir o desperdício de plástico. 

A celulose

A celulose consiste em uma substância nas paredes de células vegetais que ajudam as plantas a ficarem rígidas e firmes por mais tempo, trazendo-os diversos benefícios no cotidiano. 


Matéria da celulose (Foto: Reprodução/ Pexels)


Investimento 

O professor Harlin declarou: O mundo está precisando muito de uma alternativa”, e ainda complementou “estamos animados em criar novos processos para produzir alternativas de filmes plásticos”. Portanto, inicialmente, esses testes para substituição do filme plástico estão sendo realizados, para que depois, o processo de desenvolvimento em massa seja feito e os valores sejam estabelecidos. 

Sobre o previsto de investimento, calcula-se que o mercado de polipropileno até 2035 cresça cerca de US$ 16 bilhões, sendo R$ 76,5 bilhões, na cotação atual. E para que isso ocorra, mais de 30 empresas finlandesas e internacionais estão trabalhando em conjunto.

Após Hardin receber feedback de clientes, que utilizam o VTT, percebeu-se que ainda falta conhecimento deles sobre o que está sendo desenvolvido. Além disso, não é tão notório a diferença dos materiais de filmes de celulose e plásticos tradicionais. Por isso, é tão importante que a indústria adentre nos conceitos de sustentabilidade. 

 

Foto destaque: Filme plástico. Reprodução/Florestal Brasil

A Transformação Digital no Judiciário Brasileiro: O Impacto Revolucionário dos Programas Jurídicos

O universo jurídico brasileiro está vivenciando uma revolução digital sem precedentes. A digitalização e a implementação de programas jurídicos especializados tornaram-se essenciais para aprimorar a eficiência, a agilidade e a transparência em nosso sistema judiciário.

Segundo o Conselho Nacional de Justiça (CNJ), mais de 90% dos processos judiciais em 2022 foram eletrônicos, demonstrando o grande avanço que a tecnologia proporcionou na área. Neste contexto, as aplicações especializadas desempenham um papel crucial, permitindo que os profissionais do direito acessem informações atualizadas, gerenciem seus processos de forma eficiente e assegurem a segurança das informações.

Com mais de 25 anos de experiência no mercado de tecnologia, a BCompany tornou-se protagonista nesse movimento de digitalização, com foco exclusivo no segmento jurídico por mais de 15 anos. Seu software jurídico de renome tem oferecido soluções inovadoras e eficientes, pautadas na simplicidade e em um preço justo.

Esta ferramenta, concebida como um serviço, cria um ambiente de trabalho otimizado que aumenta a eficiência e a agilidade dos processos jurídicos. Ao priorizar relações de longo prazo com seus clientes, a BCompany oferece suporte contínuo e personalizado, fator determinante para o sucesso da implementação tecnológica.

A ferramenta otimiza a gestão de documentos, automatiza tarefas rotineiras e fornece relatórios analíticos detalhados. Tais recursos permitem uma visão ampla dos processos em curso e garantem a segurança dos dados, aspecto crucial na era digital.

Um estudo da Universidade de Brasília (UnB) mostrou que a implementação de tecnologias jurídicas pode reduzir o tempo de resolução de um processo em até 70%. A BCompany, com seu programa jurídico, exemplifica essa tendência, oferecendo ferramentas que aumentam a eficiência e facilitam o acesso à justiça.

A empresa é um exemplo de como a expertise e a inovação podem se unir para impulsionar o judiciário brasileiro em direção ao futuro digital. Com sua contribuição significativa para a modernização do sistema, a BCompany mostra o potencial da integração entre Direito e tecnologia.

Ao combinar experiência, inovação e um forte compromisso com seus clientes, a BCompany se estabelece como uma referência em soluções tecnológicas para o Direito. Ao fazê-lo, guia o judiciário brasileiro rumo ao futuro, onde a eficiência e a justiça são amplamente facilitadas pela tecnologia.

Foto Destaque: Reprodução

Nova atualização do TikTok permite publicação de texto gera concorrência com Twitter

Nesta segunda-feira (24) o aplicativo TikTok – que inicialmente tinha como objetivo a postagem apenas de vídeos e fotos – anunciou sua nova atualização, que possibilita ao usuário publicar textos. Segundo a plataforma, a mudança ocorreu com o intuito de oferecer “o melhor aos criadores e à comunidade por meio de ferramentas inovadoras”.

Agora, os usuários poderão se expressar também de forma escrita, não apenas com danças virais e publicações de imagens. A atualização permite que a plataforma consiga chamar a atenção e captar os usuários do Twitter, que vem passando por mudanças desde que Elon Musk comprou a rede social em 2022.  

A nova função do TikTok é bastante semelhante ao Instagram Stories; possui limite de 1.000 caracteres, possibilidade na escolha da imagem de fundo e sons na publicação, além de conter menções e hashtags, por exemplo. “Hoje estamos entusiasmados em anunciar a expansão das postagens de texto no TikTok, um novo formato para criar conteúdo baseado em texto que amplia as opções para os criadores compartilharem suas ideias e expressarem sua criatividade”, anunciou a empresa em seu blog.


Anúncio realizado pelo TikTok de sua nova funcionalidade (Foto: reprodução/TikTok)


Concorrentes 

Assim como a nova atualização do TikTok que busca agir como uma espécie de concorrente do Twitter, o presidente-executivo da empresa americana Meta, Mark Zuckerberg, lançou uma nova plataforma no início de julho chamada Threads, que concorre diretamente com a rede do passarinho. 

O novo aplicativo possui semelhanças com o Instagram, entretanto prefere dar prioridade às publicações de texto, que chegam a até 500 caracteres, podem ser curtidas, comentadas e compartilhadas. 

Embora tenha sido um sucesso de novos usuários nos primeiros dias, o engajamento do Threads vem caindo significativamente, segundo estimativa da plataforma de inteligência do mercado, a Sensor Tower

Mudanças no Twitter 

O anúncio da nova funcionalidade do TikTok aconteceu no mesmo dia em que o Twitter informou aos usuários que irá realizar uma nova mudança em seu nome e logotipo. 

As mudanças na rede social foram anunciadas pela CEO da empresa, Linda Yaccarino, que revelou que a nova logo será um “X” branco em um fundo preto e substituirá o pássaro azul.


Anúncio de atualização do Twitter feita por Linda Yaccarino (Foto: Reprodução/Twitter/@lindayacc)


Dando indícios das mudanças no aplicativo, Elon Musk usou seu Twitter no domingo (23) para dar algumas pistas aos usuários. “Em breve, daremos adeus à marca Twitter e gradualmente, a todos os pássaros”, informou. 

O anúncio das mudanças não agradou alguns usuários do Twitter, que aproveitaram para publicar, em forma de texto e imagem, a sua insatisfação.  

Foto destaque: Aplicativo TikTok aberto no celular. Reprodução/Bit Magazine

Startup de biotecnologia quer usar IA para ‘reviver’ mamute

A startup Colossal, autoproclamada “empresa de desextinção”, uniu forças com a Elephant Havens, uma fundação de vida selvagem dedicada a cuidar de elefantes órfãos, para criar um híbrido elefante-mamute geneticamente modificado que será introduzido na tundra ártica.

O mamute lanoso foi extinto há mais de 4.000 anos, no final da última era glacial. No entanto, continua a cativar a imaginação de biólogos e entusiastas até hoje.

A Elephant Havens colaborará extensivamente com a Colossal para coletar dados usando inteligência artificial (IA) para analisar o comportamento dos elefantes, juntamente com dados genômicos de cada elefante. 

A Colossal pretende combinar a experiência da Elephant Havens com modelagem de IA e dados genéticos para aprofundar sua compreensão do comportamento dos elefantes. Esse conhecimento será fundamental para a eventual introdução dos híbridos de mamute-lanoso na vida selvagem.

Segundo Ben Lamm, cofundador e CEO da Colossal, a empresa recebeu inicialmente $15 milhões em financiamento que deverão ser suficientes para trazer à vida dois bezerros de mamute, mas ele alertou que seria um processo longo e de capital intensivo.

Esta é uma iniciativa de longo prazo. Embora pensemos que teremos nossos primeiros bezerros nos próximos quatro a seis anos – esse é o nosso objetivo – nossos investidores entendem o que estão buscando (…) Esperamos que nos próximos cinco a 10 anos, a Colossal possa mostrar uma diferença significativa na conservação dos elefantes“, disse Lamm.

Para alcançar o sucesso, a Colossal deve superar vários desafios, incluindo criar a sequência genética do animal, fertilizar um óvulo com sucesso e, em seguida, nutrir o híbrido.  Contudo, o verdadeiro teste está além do nascimento, pois os cientistas lidam com a questão de como essas criaturas prosperarão na natureza – um quebra-cabeça que pode levar uma vida inteira ou mais para ser resolvido. 


Ben Lamm, cofundador e CEO da Colossal, e cofundador e Ph.D. George Church (Foto: reprodução/Colossal)


IA no processo de “desextinção”

A IA desempenhará um papel crucial neste esforço de pesquisa animal. A Colossal está procurando aproveitar o conhecimento dos especialistas da Elephant Havens e combiná-lo com modelagem de inteligência artificial e dados genéticos para aprender mais sobre os elefantes. 

A Elephant Havens está atualmente envolvida em um projeto de reintrodução de longo prazo de elefantes orfãos, no qual são “libertados suavemente” em um local cercado de mil acres por cinco anos, onde gradualmente aprendem a sobreviver sem intervenção humana. Depois de cinco anos no recinto, o rebanho de elefantes será introduzido na natureza e será monitorado por cerca de uma década.

As organizações esperam que as descobertas possam fornecer um plano para liberar os elefantes na natureza e os híbridos de mamute na tundra. 

Serão analisados pelos manipuladores vídeos dos elefantes que serão  transformados em pontos de dados para ensinar uma IA a entender os comportamentos sociais dos elefantes como modelos de liderança, por exemplo.

 “Seremos capazes de misturar a arte dos tratadores de elefantes com a ciência de hoje”, argumenta Matt James, diretor de animais da Colossal.

A empresa planeja compartilhar suas descobertas científicas com parceiros que trabalham em esforços de conservação. Ao oferecer suas tecnologias e conhecimentos gratuitamente, eles afirmam fazer uma diferença significativa na conservação dos elefantes nos próximos cinco a dez anos.

Sobre a Colossal

Ben Lamm, fundador de outras quatro empresas diferentes, criou a startup Colossal que visa trazer de volta espécies extintas a vida, começando com o mamute lanoso, além de ajudar na crise climática no processo. Ele chama isso de “conservação disruptiva pensativa“.

Lamm se associou ao pioneiro da genômica de Harvard, George Church, para criar a empresa. A Colossal licenciará exclusivamente a tecnologia do laboratório de Church para uso em não-humanos e apoiará a pesquisa do laboratório na criação de um híbrido elefante-mamute. 

Foto Destaque: Empresa pretende reviver o mamute lanoso. Reprodução/Colossal.

Os obstáculos por trás do desenvolvimento dos carros voadores

O sonho aparentemente impossível de ter um carro voador estacionado na garagem parece estar mais próximo de ser realizado do que acreditávamos até alguns anos atrás. 

Emitido em 12 de junho de 2023 pela Agência Federal de Aviação dos Estados Unidos (FAA), o Certificado Especial de Aeronavegabilidade para um veículo com a capacidade de alçar voo desenvolvido pela Alef Aeronautics parece atestar para um possível futuro próximo que antes só seria viável em ficção. Esse certificado dá a permissão para que a aeronave voe em certos locais limitados para fins de exibição, bem como pesquisa e desenvolvimento do produto. 

A criação e desenvolvimento dos eVTOLs

O veículo é caracterizado como um AAM, da sigla em inglês que significa “Mobilidade Aérea Avançada”, comumente usada para designar aeronaves de carga ou passageiros com alto nível de automação. Também são chamados de “táxis aéreos” e, teoricamente, esses veículos são capazes de fornecer um meio de transporte mais seguro do que métodos tradicionais. 

Já foi anunciado pela Embraer, no Brasil, que a empresa está desenvolvendo eVTOLs em sua fábrica em Taubaté, com produção que pode ser ampliada para atender a demanda recente. Os primeiros modelos estão previstos para serem entregues ao mercado ainda em 2026.


Modelo digital do veículo evTOL sendo desenvolvido pela Embraer (Foto: Divulgação/Embraer)


A principal vantagem oferecida por esses veículos voadores é a capacidade que eles possuem de praticamente ignorar a infraestrutura física de uma cidade, bem como os congestionamentos terrestres que são comuns em ambientes urbanos. Há muitos problemas e desafios tanto técnicos quanto logísticos que ainda precisam ser superados para que tais “carros” voadores se façam presente de maneira tão ubíqua quanto os veículos terrestres, mas é um avanço promissor. 

Um problema que as empresas responsáveis pelo desenvolvimento da tecnologia ainda estão tentando resolver, por exemplo, é o barulho alto e incessante produzido por esses veículos. Uma solução viável ainda não foi apresentada, por enquanto. 

A ideia inovadora da Alef Aeronautics

O conceito do “carro” voador foi inicialmente proposto pelos fundadores da Alef em 2015, que criaram um protótipo inicial em escala de 1:1 com os modelos de teste em 2019. Esse modelo, denominado “A”, é um carro feito para dois passageiros, adequado para locomoção terrestre e com autonomia de 322 km no solo e 177 km no ar. 

Projetado para ter a aparência similar a de um carro tradicional, ele não necessita de pista para decolar e é compacto o bastante para caber em vagas de estacionamento tradicionais. O veículo também conta com uma tecnologia patenteada pela empresa que o permite decolar verticalmente, transformando-se em um bimotor no meio do voo. 

Infelizmente, apenas alguns poucos privilegiados tiveram a oportunidade de ver a tecnologia em ação em 2019. O produto ainda conta com muitas dificuldades técnicas que precisam ser superadas, antes de ser apresentado de maneira oficial ao mercado.

Foto destaque: Protótipo do carro voador desenvolvido pela Alef. Reprodução/Divulgação/Alef Aeronautics

Conheça Andi, manequim capaz de suar e criado para entender os efeitos do calor

Criado com o objetivo de descobrir o que acontece com nosso corpo ao enfrentarmos uma onda extrema de calor, bem como se proteger contra altas na temperatura em um planeta em constante aquecimento, o robô Andi foi criado por cientistas e pesquisadores tendo a capacidade de respirar, tremer e suar. 

Trata-se de um manequim térmico de 1,78 metros de altura, desenvolvido por cientistas da Arizona State University. O robô pode se parecer com um simples boneco de testes feito para estudar a colisão de veículos, mas o interior de sua carcaça contém uma tecnologia verdadeiramente engenhosa. Sob a epiderme de Andi, feita com fibras de carbono, há 35 zonas térmicas independentes e equipadas com sensores interconectados, cujo objetivo é analisar como o calor se espalha pelo corpo humano. 

O manequim ainda conta com um sistema de refrigeração próprio, composto por poros, não dissimilares ao do corpo humano, o que lhe permite transpirar e, portanto, regular a própria temperatura, tal como nós fazemos. Tal como um ser humano normal, Andi tem um índice de transpiração maior nas costas do que nos antebraços ou nas panturrilhas, por exemplo. 

Estudando o efeito da hipertermia em seres humanos

Manequins térmicos já eram usados antes da criação de Andi, principalmente por fabricantes de roupas de esportes radicais para testar seus produtos, mas a criação dos cientistas da Universidade do Arizona é o único capaz de ser usado ao ar livre e, como mencionado, feito com o objetivo de avançar as pesquisas no campo. 

Experimentos que nos dariam uma melhor compreensão do efeito de altas temperaturas no corpo humano são antiéticas e ilegais ao serem aplicadas em pessoas, então temos uma compreensão limitada dos efeitos da hipertermia. Com a criação de Andi, é possível estudar o efeito que altas temperaturas, como as da capital do Arizona, Phoenix, causam em humanos. 


Os sensores internos de Andi, por baixo de sua epiderme (Foto: Divulgação/University of Arizona)


Com a ajuda do manequim, talvez seja possível buscar uma solução para a hipertermia, que é uma doença do século 21 causada em grande parte pelo aquecimento global. 

O efeito do calor em cada indivíduo

De acordo com o professor de engenharia mecânica Konrad Rykaczewski, “por razões éticas, ninguém estuda o aumento da temperatura corporal em alguém sofrendo de insolação”. Com a ajuda de Andi, isso se tornaria possível em condições o mais próximas possível da realidade. Em sua fase inicial de testes, o robô foi acompanhado por Marty, uma estação meteorológica móvel que é capaz de medir o calor refletido pelos edifícios no ambiente de teste, ao caminhar pela primeira vez em maio à uma onda de calor extrema em Phoenix. 

“Se Paris pode vir a ficar parecida com Phoenix de hoje, podemos aprender uma melhor forma de projetar nossos edifícios”, afirma Rykaczewski. “O que podemos mudar? De que forma devemos nos vestir? Como podemos mudar nosso comportamento para nos adaptarmos a temperaturas tão intensas?”, concluiu. 

Ademais, o manequim pode ser ajustado indefinidamente. A equipe de pesquisa projetou Andi com a capacidade de replicar as características físicas de diferentes segmentos da população, segundo Jennifer Vanos, climatologista envolvida no projeto. Jovens, obesos, atletas ou pessoas com saúde frágil, todos são arquétipos que podem ser aplicados aos sensores de Andi para testes mais precisos. 

E ao contrário de seres humanos, Andi consegue sobreviver sob a luz do sol intensa sem transpirar, em casos de experimentos em que esse não é um fator importante. 

Os cientistas pretendem testá-lo em diversas situações. Essas pesquisas serão úteis para planejar roupas adequadas ao calor, ou até mesmo repensar o planejamento urbano de cidades no futuro.

Foto destaque: Andi, junto da equipe de pesquisadores da Universidade do Arizona. Reprodução/Divulgação/University of Arizona

Elon Musk anuncia troca de nome e logo do Twitter

Na madrugada deste domingo, o bilionário anunciou uma triste despedida futura. “E em breve daremos adeus à marca twitter e, aos poucos, a todos os passarinhos”, escreveu Elon Musk na rede social de sua propriedade.

Algumas horas depois, o usuário Mike Abel resumiu o descontentamento dos clientes com o anúncio. “Claro que você PODE mudar o nome do Twitter. A verdadeira questão é VOCÊ DEVE? (…) O pássaro tem charme. Ele twitta. Assim Twitter. Nós twittamos também. É um jargão coloquial. É uma linguagem aceita. Por que abandonar toda essa equidade pela arrogância?”, respondeu ele, em comentário a postagem de Musk.

A mudança pode acontecer a qualquer momento. O bilionário anunciou que, assim que o novo logotipo for aprovado, o passarinho azul será substituído. Segundo Elon Musk, a troca pode acontecer já em 24 de julho.

A obsessão pela letra X

Durante o dia, Musk postou alguns logotipos recebidos para o X. Sim, como vários empreendimentos do bilionário, o novo nome da rede social será X. Elon Musk postou alguns tweets declarando seu amor a letra “x”.


Elon Musk (Foto: Reprodução/ Instagram)


No fim da tarde deste domingo, Musk retweetou a postagem de uma especialista de tecnologia. Linda Yaccarino postou suas primeiras impressões sobre o novo Twitter, “X é o estado futuro de interatividade ilimitada – centrado em áudio, vídeo, mensagens, pagamentos/banco – criando um mercado global para ideias, bens, serviços e oportunidades”.

Uma aquisição atribulada

O bilionário assumiu o controle da rede social há quase um ano, em outubro de 2022. Desde então, muitas transformações aconteceram no Twitter.

Muitos funcionários foram demitidos, a empresa enfrentou uma crise financeira que fez com que Elon Musk renunciasse ao cargo de CEO da rede social. O último problema foi o atrito com os usuários que se recusaram a pagar para manter o selo de verificação.

 

Foto Destaque: Twitter. Reprodução/ Pixabay

Corrida pelo lítio: crescente demanda por carros elétricos atrai a atenção da indústria

O lítio, considerado um metal de transição energética, está atraindo a atenção de empresas, instituições de pesquisa e governos devido à crescente demanda por veículos elétricos em todo o mundo, que se espera continue a aumentar ao longo deste século.

A professora e pesquisadora Carina Ulsen, coordenadora de uma pesquisa sobre as formas de ocorrência do lítio em pegmatito no Centro Multiusuário do Laboratório de Caracterização Tecnológica (LCT) da Escola Politécnica da USP, ressalta que esse aumento na demanda se deve à necessidade de reduzir a emissão de dióxido de carbono (CO2) e à preocupação com os depósitos de combustíveis fósseis no longo prazo.

Ela enfatiza que o lítio é crucial para a transição energética e pode levar a um mercado focado em energia mais limpa, impulsionando a conscientização ambiental.


O lítio tem um grande potencial energético. (Foto: Reprodução/Visión MX) 


Os números corroboram essa afirmação, com a venda de carros elétricos representando 15% das vendas totais de veículos em 2022 em todo o mundo, ou seja, 847 mil veículos emplacados, de acordo com dados da EV-Volumes.

No Brasil, as vendas de carros elétricos e híbridos atingiram o recorde de 49.245 emplacamentos no mesmo ano, um aumento de 41% em comparação com 2021, segundo a Associação Brasileira do Veículo Elétrico (ABVE).

Caracterização do minério

Embora a crescente demanda por lítio esteja ligada a preocupações ecológicas, a professora Carina destaca que a extração e produção do mineral não são isentas de impactos ambientais. Ela enfatiza a importância da caracterização dos minérios para identificar as formas de ocorrência e desenvolver rotas de processamento com menor impacto ambiental possível.

A caracterização do minério é essencial para identificar componentes, qualidade e textura do material analisado, bem como para avaliar o potencial econômico de amostras mineralógicas, como demonstrado no estudo realizado pelos pesquisadores.

O Brasil é uma potência do lítio?

No artigo científico publicado, a pesquisadora e sua equipe destacam a importância estratégica dos depósitos de pegmatitos enriquecidos em lítio do Brasil, devido à crescente demanda por veículos elétricos. O pós-doutorando Hudson Queiroz ressalta que o país está vivendo uma corrida pelo lítio, assim como outros grandes produtores globais, como Austrália, Chile, China e Argentina.

Para que o Brasil ganhe competitividade internacional e possa disputar o primeiro lugar como maior fornecedor mundial de lítio no futuro, são essenciais estudos envolvendo identificação, caracterização e desenvolvimento de processos de extração e beneficiamento na cadeia mineral.

No Brasil, o lítio é encontrado em depósitos de pegmatitos, uma rocha semelhante ao granito e amplamente presente no país. No entanto, nem todos os pegmatitos são ricos em lítio, o que requer investigações detalhadas.


O mineral Pegmatito. (Foto: Reprodução/iStock)


A identificação de minerais portadores de lítio em rochas atípicas foi um desafio importante e uma descoberta significativa no estudo. A complexidade técnica e a necessidade de equipamentos avançados são cruciais para identificar as formas de ocorrência do lítio.

Além disso, é essencial expandir a pesquisa para avaliar os impactos em toda a cadeia produtiva de lítio, considerando as distintas características dos depósitos, como salmouras ou rochas, e os biomas das diferentes regiões envolvidas no processo de exploração. Carina ressalta a importância desse estudo abrangente para compreender e abordar os desafios na produção de lítio no Brasil.

Foto Destaque: Carro elétrico sendo carregado. Reprodução/Ig Carros