NASA se prepara para trazer um asteroide para o deserto

Uma amostra de asteroide armazenada dentro de uma espaçonave da NASA está a caminho da Terra após quase dois anos e meio de jornada pelo espaço. Este marco histórico simboliza a primeira vez que a NASA coleta e traz uma amostra de asteroide do espaço. Junto com outra amostra do asteroide Ryugu, trazida pela missão Hayabusa2 do Japão, essas rochas e solo coletados têm o potencial de fornecer informações cruciais sobre os primórdios do nosso sistema solar.

Ao invés de pousar, a missão OSIRIS-REx lançará as amostras de rochas e solo na Terra e continuará sua jornada para estudar outro asteroide. As equipes conduziram extensos ensaios sobre como recuperar essas amostras, originalmente colhidas do asteroide Bennu, localizado próximo à Terra. A cápsula de coleta da amostra está programada para cair no deserto de Utah em 24 de setembro, e estima-se que a OSIRIS-REx tenha coletado até 8,8 onças (cerca de 250 gramas) de material de Bennu.


A sonda OSIRIS-REx, da NASA (Foto: reprodução/FayerWayer)


Entrega do asteróide no deserto

“A poucas semanas de receber um pedaço da história do sistema solar na Terra, o teste de lançamento bem-sucedido garante que estamos prontos”, comentou Nicola Fox, administrador associado da Diretoria de Missões Científicas da NASA. Essa amostra primitiva do asteroide Bennu poderá esclarecer a formação do nosso sistema solar há 4,5 bilhões de anos e possivelmente o surgimento da vida na Terra.

Este é um evento excepcional, já que não é todo dia que uma espaçonave lança uma cápsula contendo uma amostra de asteroide sobre o planeta e tenta entregá-la com segurança em um local de pouso específico. Anos de trabalho árduo de milhares de pessoas levaram a este momento.

A equipe praticou todas as etapas possíveis de recuperação da cápsula da amostra e analisou diversos cenários, preparando-se para qualquer situação que possa ocorrer no dia da entrega. Isso incluiu cenários de pouso forçado e a possibilidade de a cápsula se abrir durante o pouso, o que poderia resultar na contaminação do material.

A transmissão ao vivo do lançamento da amostra está programada para 24 de setembro, e a cápsula entrará na atmosfera terrestre a uma velocidade de cerca de 45 mil quilômetros por hora. Paraquedas serão acionados para garantir um pouso suave a 18 quilômetros por hora. A equipe de recuperação estará pronta para recolher a cápsula assim que for seguro.

Após a coleta segura

Depois de ser coletada, a amostra será transportada ao Centro Espacial Johnson Space da NASA, em Houston, em 25 de setembro. Detalhes sobre o material serão revelados ao público por meio de uma transmissão da NASA em 11 de outubro.

Essa amostra do asteroide Bennu proporcionará insights cruciais sobre a formação e a história do nosso sistema solar, bem como o papel dos asteroides na criação de condições habitáveis na Terra. Acredita-se que asteroides como o Bennu colidiram com a Terra no início da sua formação, trazendo consigo elementos vitais, incluindo água.

A amostra será compartilhada com laboratórios em todo o mundo, com cerca de 70% dela sendo armazenada para gerações futuras, que poderão aproveitar tecnologias mais avançadas para aprender ainda mais sobre nossas origens e o sistema solar.

 

Foto destaque: Deserto de Utah sob a logo da NASA. Reprodução/Portal de Inverno/CityPNG/Montagem/Canva

Oxigênio em Marte: equipamento da NASA transforma ar rarefeito do planeta

Em um projeto experimental, o dispositivo Mars Oxygen In-Situ Resource Utilization Experiment (MOXIE), desenvolvido pela NASA, foi capaz de transformar o ar rarefeito de Marte em oxigênio. A quantidade produzida foi suficiente para manter um cachorro pequeno respirando por 10 horas. Esse marco pode representar o primeiro passo na construção de bases para astronautas no Planeta Vermelho. O MOXIE foi enviado a Marte em 2021 como parte da missão Perseverance.

A atmosfera marciana é composta principalmente por dióxido de carbono (95%) e nitrogênio (3%), com uma quantidade mínima de oxigênio, tornando o ambiente inadequado para respiração humana e, consequentemente, desafiador para a exploração. Com o sucesso do MOXIE, os cientistas almejam um dia produzir oxigênio em quantidades suficientes para o consumo humano e como combustível para retornar foguetes de Marte, de acordo com a NASA.

A diretora de demonstrações de tecnologia da Diretoria de Missões de Tecnologia Espacial da NASA, Trudy Kortes, comentou sobre o avanço: “Ao testar essa tecnologia em condições reais, estamos um passo mais próximos de um futuro onde os astronautas “/viverão da terra”/ em Marte.”


O dispositivo MOXIE da NASA. (Foto: reprodução/NASA Mars Exploration)


Desempenho do MOXIE

Inicialmente, a NASA tinha expectativas moderadas para o MOXIE, mas em junho deste ano, o dispositivo superou suas próprias projeções. Operando em sua capacidade máxima, o MOXIE conseguiu produzir 12 gramas de oxigênio por hora, resultando em um elemento com uma pureza de 98%. Embora esse experimento pudesse ter prejudicado o dispositivo, acabou revelando seu potencial.

Michael Hecht, principal pesquisador do MOXIE, comentou sobre o experimento em junho: “Nós arriscamos um pouco. Foi um momento de “/segure a respiração e veja o que acontece”/.” Os resultados notáveis abrem novas perspectivas para a exploração espacial e para a criação de uma presença sustentável de humanos em Marte.

O funcionamento do MOXIE envolve a separação de um átomo de oxigênio de cada molécula de dióxido de carbono na atmosfera de Marte.

 

Próximos passos

O próximo passo da NASA é desenvolver um sistema mais amplo e avançado, que incluirá um gerador de oxigênio e um método para transformar o elemento em diferentes estados – sólido, líquido ou gasoso – além de permitir o armazenamento do oxigênio produzido.

O vice-administradora da NASA, Pam Melroy, enfatizou que o desenvolvimento de tecnologias que permitam a utilização dos recursos da Lua e de Marte é fundamental para estabelecer uma presença sustentável na Lua, fortalecer uma economia lunar e se preparar para uma primeira fase de exploração humana em Marte.

 

Foto Destaque: Marte. Reprodução/Muy Interesante.

Metaverso em debate: pesquisa da 3C Gaming questiona sua relevância atual

O conceito do metaverso dominou as discussões de tecnologia de 2021 a 2022, impulsionado pela digitalização durante a pandemia e o crescimento de indústrias como a de jogos. No entanto, da mesma forma que se popularizou, também caiu em desuso. Em termos simples, os especialistas afirmam que o metaverso teve um desempenho abaixo do esperado ou falhou. Em 2022, o ecossistema relacionado ao metaverso movimentou mais de US$ 220 bilhões.

A segunda edição da pesquisa Metaverse Scope, conduzida pela 3C Gaming, levanta essa questão ao analisar como o tema é percebido por consultorias, mídia e instituições de pesquisa. No caso das consultorias, o estudo demonstra que elas aprofundaram sua relação com o metaverso através de ações práticas e investimentos. 


Logo da 3C Gaming. (Foto: reprodução/3c.gg)


O estudo observa que na primeira onda, realizada em março de 2022, as consultorias apresentavam uma definição conceitual mostrando os elementos do metaverso. Já na segunda onda, datada de março deste ano, elas discutem o futuro do metaverso, a percepção de valor e as expectativas atuais. Foram analisados artigos e análises de empresas como Accenture, PWC, KPMG, McKinsey, EY e Deloitte.

No caso da mídia e eventos de inovação, o interesse pelo tema diminuiu ao longo dos últimos dois anos. Isso se deu devido à ascensão da inteligência artificial e à falta de adesão nas plataformas de metaverso que utilizam blockchain e realidade virtual.

 

Quatro áreas relevantes

A pesquisa questiona se, nesse contexto, faz sentido continuar dando importância ao tema. O objetivo do mapeamento é identificar quatro grandes áreas de relevância para retomar a discussão de forma concreta e focada. Essas quatro premissas são: presente, expectativas, valor real e plataformas. 

A primeira premissa enfatiza a importância de não considerar a tecnologia como algo utópico no futuro. A segunda premissa sugere observar com atenção as expectativas das pessoas, seguido de uma análise do valor real que essas tecnologias proporcionam. Por fim, é crucial avaliar o trabalho prático das plataformas. O estudo também argumenta que o metaverso continua sendo um conceito relevante porque reúne aspirações essenciais das pessoas: experiência, identidade e propriedade.

 

O que acham os envolvidos 

Paulo Aguiar, CCO da 3C Gaming e idealizador da pesquisa, explicou que as empresas precisam definir e comunicar com mais clareza seu propósito no metaverso. Ele enfatizou que os usuários devem compreender o papel da marca nesse ambiente, que vai além da simples replicação do mundo real. 

Aguiar também destacou a importância de compreender que a experiência no metaverso é mais do que apenas criar um espaço virtual, incluindo considerar a comunidade existente na plataforma, como ativá-la e garantir que a experiência seja completa e motivadora para que as pessoas compartilhem e retornem, semelhante a uma estratégia eficaz de live marketing. Além disso, ele ressaltou a necessidade de compreender as possibilidades técnicas de cada plataforma e como medir os resultados dessa iniciativa ao escolher por qual delas começar ou expandir.

Giovanni Rivetti, CEO da Context, do Grupo Dreamers, explicou que houve uma discrepância entre a narrativa projetada e a realidade no que diz respeito ao metaverso. Ele destacou que o entusiasmo exagerado aumentou as expectativas e acelerou o retorno, mas ao mesmo tempo prejudicou a percepção dos benefícios. Rivetti salientou que, quanto maiores eram as expectativas, mais difícil era ter uma percepção positiva do valor. Em outras palavras, ele mencionou que o foco excessivo na ideia do metaverso criou um desequilíbrio significativo entre o mundo financeiro e empresarial e as empresas de tecnologia em relação à futura geração de receita. 

Ele também apontou que, de certa forma, é irônico que o próprio exagero gerado pelas empresas que promovem o metaverso tenha causado um desgaste irreversível, embora o conceito em si seja poderoso e incontestável. Rivetti afirmou que não há dúvidas sobre as aplicações das tecnologias imersivas e de realidade aumentada em benefício da educação, entretenimento, socialização, trabalho remoto, treinamento, demonstração de diversas categorias de produtos e em muitos outros casos de uso.

Antônia Souza, COO da Lumx, que possui experiência na Meta ao longo de vários anos, destacou a importância de compreender a tecnologia antes de realizar qualquer investimento. Ela observou que, desde o auge do metaverso, muitas marcas tentaram utilizá-lo sem uma compreensão completa do conceito ou sem conduzir estudos para determinar se o público-alvo das ações estava interagindo com esse ambiente. Por outro lado, Antônia mencionou que várias marcas estão adotando uma abordagem oposta ao movimento de fracasso (flop) e estão utilizando a tecnologia para alcançar a geração Z, que tem sido um desafio significativo para os profissionais de marketing atualmente.

 

Foto destaque: Imagem ilustrativa do metaverso. Reprodução/Conexão Algar Telecom.

Google faz 25 anos: CEO fala sobre desafios da IA

Nos 25 anos da Google, o CEO Sundar Pichai declarou que a inteligência artificial (IA) será a maior mudança tecnológica que veremos em nossas vidas e expressou preocupações sobre o uso responsável da tecnologia. Para Pichai, a IA pode trazer uma mudança tecnológica de maior impacto do que a internet. Empresa comemora oficialmente o aniversário no final deste mês.

 

Do motor de busca aos desafios da IA

A Google é um ator fundamental para a web desde a sua fundação, com sua ferramenta de busca recebendo mais de 90% das buscas na web. A empresa é dona do YouTube desde 2006 e desenvolvedora do Android, sistema utilizado em 3 bilhões de dispositivos móveis, segundo o CEO.


O mecanismo de busca da Google em 1998, 25 anos atrás. (Foto: reprodução/blog.google)


Fundada por Larry Page e Sergey Brin em 4 de setembro de 1998, a Google abriu o capital em 2004. Em 2015, passou a ser subsidiária do conglomerado Alphabet, para evitar possíveis violações antitruste e reorganizar sua estrutura. O Google domina o mercado de ferramentas de busca há mais de 20 anos — apesar de a empresa não liberar seus dados, estima-se que a ferramenta receba em torno de 100 mil buscas por segundo, cerca de 9 bilhões de oportunidades diárias para vender anúncios ao lado dos resultados de busca.

“As perguntas que fiz ao Google evoluíram ao longo do tempo: ‘Como consertar uma torneira pingando?’, ‘Caminho mais rápido para o Hospital Stanford?’, ‘Formas de acalmar um bebê chorando?’ E em 2003, talvez: ‘Como ter sucesso em uma entrevista na Google?’ Com o tempo, o Google melhorou muito em respondê-las”, escreveu o CEO da Google.

Anunciantes pagam caro pelo acesso a usuários do Google. A Alphabet tem hoje um valor de mercado de US$ 1.713 trilhão, sendo a quarta empresa mais valiosa do mundo. Sua receita cresceu a uma taxa média anual de 28% desde a abertura de capital, em 2004, boa parte dessa receita resultando de publicidade com atividades de busca. Mas nos últimos anos, o crescimento da Alphabet diminuiu.


Crescimento da receita da Google de 2004 a 2022 (Foto: Reprodução/companiesmarketcap.com)


Gemini pode sair no fim do ano

Em março, a Google lançou o Bard, chatbot para competir com o ChatGPT, da OpenAI. Aplicativo de maior sucesso da história, com mais de 100 milhões de usuários ativos dois meses após o lançamento em novembro, o ChatGPT já conta com mais de 180 milhões de usuários. As IAs conversacionais, como ChatGPT, Bard e o Bing da Microsoft, representam uma ameaça à supremacia da Google nas buscas na web, pois são capazes de responder a perguntas como as ferramentas de busca. 

Após o sucesso do ChatGPT, a Google também integrou ferramentas de inteligência artificial a produtos como Gmail, Google Photos e Google Ads. 


Sundar Pichai, CEO da Alphabet, em maio, lançando ferramentas de IA como o “Help me write” do Gmail. (Foto: reprodução/Jason Henry/The New York Times)


“As perguntas continuaram surgindo, e continuamos a melhorar e expandir nossos produtos com novas respostas: ‘E se o Google Maps permitisse que as pessoas vissem cada rua do mundo em detalhes?’ ‘E se criássemos uma ferramenta de tradução que permitisse que as pessoas acessassem informações e se comunicassem em vários idiomas?’ ‘E se você pudesse buscar e encontrar todas as suas fotos antigas simplesmente descrevendo o que gostaria de ver?’”

Em março, junto ao anúncio da adoção do modelo PaLM 2 pelo Bard, a empresa anunciou estar desenvolvendo o modelo Gemini. O Gemini foi projetado para ser um modelo multimodal, podendo processar e entender diferentes formas de dados, como texto, imagens e vídeos; outros modelos de linguagem, como o GPT-3.5 e GPT-4 do ChatGPT, são predominantemente baseados em texto. Por ser treinado com um maior volume de dados de uma ampla variedade de fontes, como imagens da web e vídeos do YouTube, é esperado que o Gemini supere os modelos da OpenAI.

 

Pressão de investidores

O crescimento de receita da Google/Alphabet desacelerou nos últimos dois anos. Em 2022, a receita da Alphabet cresceu 23%, menos do que os 28% registrados em 2021 e os 30% registrados em 2020. Em 2022, o valor de mercado da Alphabet caiu de US$ 2 trilhões em novembro de 2021 para US$ 1,15 trilhão em dezembro de 2022. Em janeiro, o CEO Sundar Pichai anunciou a demissão de 12 mil funcionários, em resposta a uma expectativa de crescimento que não se realizou.


Valor de mercado da Google de 2004 a 2023. (Foto: reprodução/companiesmarketcap.com)


O amadurecimento do mercado da publicidade digital, principal negócio da Alphabet; a competição de outros gigantes como Microsoft e Amazon em IA e nuvem; e a ameaça dos chatbots para o seu carro-chefe, as buscas na web, colocam desafios para a Google em seu quarto de século que estão além da responsabilidade no uso da IA.

 

Foto destaque: Googleplex, em Mountain Ville, Califórnia, junho de 2019. Reprodução/Gregory Varnum.

Microsoft divulga provas de campanha de fake news praticada pela China

O amplo desenvolvimento da inteligência artificial tem resultado em benefícios palpáveis para o cidadão comum, principalmente com a popularização de assistentes baseados em IA que auxiliam os assalariados em seus empregos. Contudo, há uma onda de preocupação crescente quanto ao uso indevido dessa tecnologia por indivíduos com intenções nefastas.

Uso de IA pela China para afetar as eleições americanas

Na quinta-feira (07) desta semana, a Microsoft divulgou através da Reuters a descoberta de uma série de contas falsas em redes sociais que estão sendo controladas pela China, aparentemente com o intuito de influenciar eleitores americanos através do uso de uma inteligência artificial. 

A embaixada chinesa negou o envolvimento, com um de seus porta-vozes afirmando que acusar a China de usar a inteligência artificial para disseminar falsas informações nas redes sociais é “uma especulação de mal gosto e preconceituosa”, pois o país advoca pelo uso seguro e responsável da tecnologia.

Mesmo assim, a Microsoft mantém-se firme na convicção de que essas contas falsas possam fazer parte de uma operação de coleta de informação chinesa. Segundo a gigante de tecnologia, essa campanha de fake news é parecida com as atividades ilícitas de um grupo de elite dentro do Ministério de Segurança Pública da China, conforme reportado pelo Departamento de Justiça dos EUA.


O ex-presidente dos EUA, Donald Trump, cuja eleição em 2016 foi supostamente afetada por uma campanha de fake news por hackers russos (Foto: Reprodução/Win MacNamee & Getty Images).


Essa certamente não é a primeira vez que as eleições dos EUA foram negativamente afetadas pelo envolvimento de terceiros. A Rússia já foi acusada pelo governo norte-americano de intervir e espalhar informações falsas pelas redes sociais durante o período eleitoral de 2016, contando também o envolvimento subsequente de países como a China e o Irã. As redes sociais afetadas pelo problema não foram divulgadas, mas através do relatório divulgado pela Microsoft, é possível inferir que tanto o Twitter (agora X) quanto o Facebook foram prejudicados.

Cientistas da Microsoft também utilizaram IA para identificar o problema

Segundo um porta-voz da Microsoft, os pesquisadores da companhia desenvolveram um modelo de atribuição multifacetado, que usou evidência técnica, comportamental e contextual para chegar a essa conclusão. A campanha de fake news também está sendo muito mais chamativa do que anteriormente era possível, já que os agentes chineses responsáveis por disseminar as informações falsas não precisam mais se prender apenas a colagens de fotos, desenhos digitais ou outros produtos de design gráfico manual. 

As contas identificadas tentaram se passar por indivíduos de origem americana ao listarem sua localização pública como se estivessem dentro dos EUA, além de estarem utilizando slogans políticos norte-americanos e compartilharem hashtags de drama político interno.

Foto destaque: Modelo de um cérebro “eletrônico” e estilizado com as cores da bandeira da China. Reprodução/Digital Crew

Elon Musk toma US$ 1 bilhão da SpaceX durante compra do Twitter

Elon Musk, CEO da SpaceX e da Tesla, adquiriu um empréstimo de US$ 1 bilhão da SpaceX em outubro de 2022, ao mesmo tempo em que comprou o Twitter, renomeado para X, segundo relatos do Wall Street Journal. A SpaceX aprovou a quantia, com Musk retirando o valor integral no mesmo mês. Embora a aquisição do Twitter tenha custado US$ 44 bilhões, ainda não está claro se o montante do empréstimo foi usado especificamente para esse fim.

Movimentações financeiras de Musk

Além do empréstimo da SpaceX, Musk procurou bancos para arrecadar fundos durante a compra. Estas manobras financeiras teriam pressionado as finanças do bilionário, apesar de ser o homem mais rico do mundo. Antecedendo e seguindo à aquisição da plataforma social, ele liquidou uma parcela significativa de suas ações na Tesla, somando cerca de US$ 4 bilhões. Esta decisão gerou desconforto entre os investidores da montadora, preocupados com a intensa dedicação de Musk ao Twitter.


Musk pega US$ 1 bilhão da Space X (Vídeo: reprodução/YouTube/Olhar Digital)


Tesla sob olhares críticos

Em abril de 2023, a Tesla informou ter reforçado restrições quanto a Musk usar sua posição na companhia para adquirir empréstimos. Recentemente, autoridades de Manhattan iniciaram uma investigação sobre a Tesla, por suspeita de redirecionamento de fundos para um projeto secreto intitulado “Projeto 42”, descrito como a “casa de Elon Musk”. O projeto, supostamente, envolve a construção de um edifício hexagonal de paredes de vidro, situado próximo à sede da Tesla no Texas. Ambas as investigações por parte das autoridades e do Wall Street Journal não obtiveram respostas claras das empresas envolvidas até o momento.

No cenário atual, muitos olhos permanecem voltados para as decisões e ações financeiras de Musk. Seu histórico demonstra uma tendência de recorrer à SpaceX para apoio financeiro em outros projetos, uma prática que data desde os primórdios da empresa. A complexidade destas operações financeiras e os mistérios que as cercam continuarão a ser objeto de especulação e investigação.

 

Foto destaque: o empresário Elon Musk. Reprodução/Angela Weiss/Getty Images/Mundo Conectado

Tencent lança IA “Hunyuan” em corrida tecnológica na China

Nesta quinta-feira (7), a Tencent Holdings, considerada a empresa de internet mais valiosa da China, anunciou o lançamento do seu modelo de Inteligência Artificial (IA) denominado “Hunyuan”. A revelação ocorreu em uma conferência em Shenzhen, onde uma demonstração foi realizada perante uma audiência ao vivo.

Hunyuan, o novo gigante da IA

O modelo Hunyuan não é apenas mais um no mercado. Segundo a Tencent, ele possui mais de 100 bilhões de parâmetros e foi treinado com mais de 2 trilhões de tokens. Estas são métricas comumente empregadas para avaliar a capacidade dos modelos de IA. Como comparação, o modelo GPT-3 da OpenAI, lançado em 2020, tinha 175 bilhões de parâmetros, enquanto o Llama 2 da Meta Platform Inc, de 2023, continha 70 bilhões.

A gigante chinesa, também proprietária da renomada plataforma de mídia social WeChat, destacou que o Hunyuan já serve como base para mais de 50 de seus produtos e serviços.


Conheça a Tencent, gigante da tecnologia chinesa (vídeo: reprodução/YouTube/Próximo Negócio)


Uma crescente batalha de modelos

Jiang Jie, vice-presidente da Tencent, destacou que, em julho, existiam mais de 130 grandes modelos linguísticos na China: “Uma guerra de 100 modelos começou”, salientou. Essa corrida tecnológica não envolve apenas a Tencent: outras grandes empresas chinesas, como Baidu Inc e Grupo SenseTime, recentemente introduziram seus próprios modelos de IA ao mercado.

Possível superioridade do Hunyuan

Uma das principais afirmações da Tencent é que seu modelo Hunyuan, fluente em chinês e inglês, supera o ChatGPT da OpenAI em tarefas como elaborar textos extensos e resolver determinados problemas matemáticos. Adicionalmente, a empresa alega que seu modelo tem 30% menos “alucinações”, termo utilizado por especialistas para descrever ocasiões em que modelos de IA apresentam informações equivocadas como se fossem precisas.

Entretanto, é crucial observar que essas alegações da Tencent ainda não foram verificadas por fontes independentes. Até o momento, nem a OpenAI (responsável pelo ChatGPT) nem a Meta comentaram sobre as comparações feitas pela empresa chinesa.

A entrada do Hunyuan no mercado de IA evidencia a contínua expansão e competitividade na indústria tecnológica chinesa, onde gigantes buscam incessantemente estabelecer sua supremacia.

 

Foto destaque: sede da Tencent em Shenzhen, na China. Reprodução/Alex Tai/SOPA Images/LightRocket/Getty Images

“Eles sabem que é sério”: EUA aceleram regulamentação da IA e convocam hackers

Na DEF CON 31, Las Vegas, 10 a 13 de agosto, a Casa Branca apoiou o Desafio de Equipe Vermelha Generativa, maior exercício de equipe vermelha para modelos de IA já realizado. A competição testou modelos de Meta, Google, OpenAI, Anthropic, Cohere, Microsoft, NVIDIA e Stability em uma plataforma desenvolvida pela Scale AI. O desafio é parte de conjunto de ações da Casa Branca para inovação responsável com IA lançado em maio. Os dados filtrados do evento serão liberados para pesquisadores em meados deste mês e um conjunto completo de dados será lançado a público em agosto de 2024. 


 Imagem gerada com IA por Omar Santos, que participou da conferência com o DEF CON Red Team Village. (Foto: Reprodução/Omar Santos/Medium/@becomingahacker)


Os 2.244 participantes do evento, incluindo 220 estudantes de faculdades comunitárias e outras organizações vindos de 18 estados americanos, trocaram cerca de 164 mil mensagens em mais de 17 mil conversas, enquanto se revezavam nos 158 Chromebooks investigando potenciais lacunas de segurança nos modelos de IA. Os três vencedores ganharam uma RTX A6000 da NVIDIA, para continuarem as explorações dos modelos de IA.

Os “red teamers” tinham 50 minutos para completar o maior número que conseguissem dos 21 desafios, que iam de induzir modelos a produzir desinformação política, a extrair números de cartões de crédito armazenados ou identificar inconsistências dos modelos em diferentes idiomas. A competição atraiu especialistas em segurança, pesquisadores de IA e um estudante de 11 anos, que afirmou ter descoberto falhas em modelos de IA. Uma participante explorou a produção de discurso de ódio por modelos de IA, e pediu que um modelo apresentasse a Primeira Emenda da Constituição dos EUA pela perspectiva de um membro da Ku Klux Klan. 


Arati Prabhakar, diretora do Escritório de Política de Ciência e Tecnologia da Casa Branca (à esquerda), participa do exercício na DEF CON 31, em 12 de agosto, Las Vegas. (Foto: Rishi Iyengar/Foreign Policy)


Sven Cattell, cientista de dados e fundador da AI Village, comunidade de hackers que organizou o evento em parceria com Humane Intelligence, SeedAI e AI Vulnerability Database, ressalta a importância dos eventos públicos de equipe vermelha: “Empresas têm resolvido esse problema com equipes vermelhas especializadas, mas o trabalho quase sempre é feito de maneira privada. Os diversos problemas com os modelos de IA não serão resolvidos até que mais pessoas saibam realizar e avaliar testes de equipe vermelha. Recompensas por bugs, lives de hacking e outros eventos da comunidade de segurança podem ser adaptados para sistemas baseados em modelos de aprendizado de máquina.”

“Eles sabem que é sério, eles sabem do potencial”, diz diretora da Casa Branca


Arati Prabhakar com Tyrance Billingsley (esquerda) do Black Tech Street e Austin Carson (direita) da SeedAI. (Foto: Deepa Shivaram/NPR)


A Dra. Arati Prabhakar participou do exercício organizado pela AI Village. Ela é diretora do Escritório de Política de Ciência e Tecnologia da Casa Branca (OSTP). Após o desafio, a diretora afirmou que não é apenas o processo normal acelerado [a regulamentação da IA pelos EUA] — trata-se de um processo completamente diferente.

“Eles sabem que é sério, eles sabem do potencial, e por isso seus departamentos e agências [federais dos EUA] estão realmente tomando a frente.” Arati foi nomeada em junho por Biden como diretora e como sua assistente para ciência e tecnologia. Ela afirmou que o presidente está cada vez mais preocupado com a IA e que a administração trabalha para logo elaborar o decreto executivo para orientar as agências federais sobre o uso da tecnologia. 

Hackers éticos são contratados para mitigar perigos da IA

Os LLMs, grandes modelos de linguagem, são os “motores” por trás das ferramentas de IA mais populares hoje em dia. De chatbots a assistentes de voz, várias aplicações de IA fazem uso desses algoritmos: o ChatGPT utiliza os modelos GPT-3.5 e GPT-4 da OpenAI, nas versões gratuita e paga, respectivamente; em maio, a Google substituiu o LaMDA pelo modelo PaLM 2 no chatbot Bard, LLM mais rápido e eficiente do que o seu antecessor. 

Tanto o uso benigno quanto o uso adversarial dos LLMs podem produzir saídas potencialmente prejudiciais, como discurso de ódio, assédio, conteúdo sexual, incitação à violência, disseminação de desinformação, polarização social e violação de direitos autorais.

Para identificar e mitigar riscos éticos e sociais, as desenvolvedoras dos grandes modelos criaram as equipes vermelhas de IA, times de cibersegurança dedicados a testar os sistemas de IA. As equipes vermelhas empregam técnicas como os ataques adversariais — ataques de prompts, envenenamento de dados de treinamento com informações falsas ou abertura de portas para tentar controlar os modelos.


Ataques de prompts usados para a implantação do GPT-4, do documento “GPT-4 System Card”; a versão inicial do modelo falhou nesses testes e o modelo foi corrigido na versão de lançamento (Foto: Reprodução/OpenAI)


As equipes vermelhas conduzem testes em uma variedade de sistemas de IA, de sistemas conversacionais, como o ChatGPT, a sistemas de visão computacional, como o gerador de imagens do Bing. Google, Microsoft e NVIDIA empregam equipes vermelhas nas várias etapas de desenvolvimento dos seus modelos de IA, e tentam assegurar que os modelos sejam usados de forma ética e segura — hackers éticos estão presentes da coleta e pré-processamento dos dados à implantação dos modelos.

Biden lança novo desafio de IA; decreto é aguardado

No dia 9 de agosto, um dia antes da DEF CON 31, a Casa Branca lançou nova competição de IA: o Ciber Desafio de IA (AIxCC), competição que nos próximos dois anos desafiará participantes dos EUA a identificar e corrigir vulnerabilidades de software, “incluindo software que sustenta a internet e a infraestrutura crítica do país [EUA]”, utilizando IA. O desafio, liderado pela Agência de Projetos de Pesquisa Avançada de Defesa (DARPA), contará com a colaboração das grandes desenvolvedoras dos modelos de IA, como Google, Microsoft e OpenAI. As fases eliminatórias da competição por equipes acontecerão em 2024 e 2025, nas DEF CON 32 e 33.


Presidente dos EUA Joe Biden fala sobre inteligência artificial, Casa Branca, 21 de julho; a seu lado (esquerda para direita), o CEO da AWS Adam Selipsky, o Presidente da OpenAI Greg Brockman, o Presidente da Meta Nick Clegg e o CEO da Inflection AI Mustafa Suleyman. 7 grandes da IA se comprometeram sobre riscos da tecnologia. (Foto: AP/Manuel Balce Ceneta)


Biden também assinou no dia 9 de agosto decreto que restringe investimentos dos EUA em IA em China, Hong Kong e Macau. A sociedade e imprensa dos EUA aguardam decreto que regulamentará o uso da IA por departamentos e agências federais, anunciado em 21 de julho.

Foto destaque: participantes do desafio de equipe vermelha generativa da Black Tech Street, na DEF CON 31. Deepa Shivaram/NPR.

Cientistas usam IA para auxiliar na descoberta da imortalidade

O dispendioso esforço de descobrir e desenvolver novos medicamentos pode ser significativamente reduzido com o auxílio da nova tecnologia de inteligência artificial, como demonstrado por um grupo de pesquisadores da Universidade Harvard e do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT, como é mais conhecido), em parceria com a startup estadunidense Integrated Biosciences. 

A parceria se deu com o objetivo de descobrir drogas capazes de ampliar a longevidade humana e, através disso, também combater certas doenças.

Detalhes a respeito da pesquisa

Os cientistas envolvidos no projeto recentemente publicaram um estudo denominado “Discovering small-molecule senolytics deep neural networks” (“Descobrindo moléculas pequenas e senolíticas com redes neurais profundas”) na edição de Maio da revista Nature Aging.

Colocando de maneira simplificada, o principal objetivo dos cientistas é utilizar a tecnologia de machine learning para auxiliar e facilitar o desenvolvimento de novas drogas, sendo que o foco principal do estudo é descobrir compostos químicos que são capazes de afetar e potencialmente eliminar “células zumbi”, apelido das células senescentes que estão diretamente envolvidas com o envelhecimento do corpo e de doenças relacionadas, como o câncer, diabetes e até problemas cardiovasculares.

“Descobrir uma nova droga é tão difícil quanto procurar uma agulha em um palheiro”, disse Felix Wong, físico e matemático americano e o principal autor do estudo, bem como um dos fundadores da Integrated Biosciences, durante entrevista à BBC News. “No caso da nossa pesquisa, o palheiro consiste de todos os produtos químicos já criados ou que ainda estão para ser desenvolvidos”, completou.


Felix Wong, principal autor do estudo (Foto: Reprodução/MIT&Felix Wong).


Wong e sua equipe de pesquisadores utilizaram a tecnologia emergente de inteligência artificial para testar e documentar os resultados de mais de 800 mil compostos químicos, na esperança de encontrar as drogas que conseguem combater os efeitos das ditas células zumbi.

Em testes fechados de laboratório, principalmente com o auxílio de ambientes simulados, os pesquisadores reduziram o número de compostos relevantes para meros 216 e, após uma rodada de testes mais extensiva e manual, chegaram à conclusão de que 3 desses poderiam ser utilizados para eliminar as células senescentes. 

O auxílio da IA na descoberta dos compostos químicos

A técnica de triagem empregada pela Integrated Biosciences dá esperança aos cientistas quanto ao uso mais amplo da inteligência artificial para o desenvolvimento de novas drogas e medicamentos. Mas esse incrível avanço na tecnologia também traz uma preocupação bastante relevante — a possibilidade das mentes de Boston, principal área de pesquisa em biomedicina, serem substituídas pela IA em certos nichos. 

Mas segundo Jim Collins, que faz parte do conselho de consultoria da Integrated Biosciences, a “aplicação da inteligência artificial no campo da biotecnologia ainda é algo recente e que precisa ser estudado mais a fundo”. De acordo com Collins, Boston e Cambridge ainda são os principais polos de desenvolvimento de biotecnologia no mundo, mas os grandes responsáveis pelo avanço na inteligência artificial são empresas como o Google, Microsoft, Facebook e a Amazon, todas presentes na costa oeste dos Estados Unidos. 

E conforme o uso de IA é integrado ao desenvolvimento e pesquisa para a criação de novas drogas, Collins acredita que uma nova geração de biotecnologia deve surgir vinda de ambos os locais, mas o campo da biologia, liderado pelas mentes brilhantes de Boston, deve permanecer como foco principal.

Foto destaque: Tubo de ensaio em cima de tabela periódica. Reprodução/Unsplash & Vedrana Filipović.

Meta pode lançar plano de assinatura para Facebook e Instagram na Europa

Segundo informações divulgadas pelo The New York Times, nesta sexta-feira (1), a empresa Meta, poderá lançar um novo plano de assinatura, apenas para a União Europeia, com o objetivo de acabar com as publicidades no Instagram e Facebook dos usuários da região.

O jornal americano afirma ter entrevistado três funcionários da empresa, que não quiseram ser identificadas, mas detalham que mesmo com essa versão por assinatura, em que não terão anúncios uma vez que não utilizam dados dos usuários para personalizar publicidades, a Meta ainda oferecerá versões gratuitas dos aplicativos para o mercado europeu.

 

Motivos para lançarem assinatura paga para versão sem anúncios 

Em maio deste ano, a empresa Meta foi multada em 1,2 bilhão de euros, aproximadamente 6,5 bilhões de reais, pelo Conselho Europeu de Proteção de Dados, por transferir dados pessoais de internautas europeus do Facebook para servidores nos Estados Unidos. A multa em questão é conhecida como a maior já cobrada sob a lei de privacidade de dados da União Europeia. 

Com as restrições instauradas pelo Regulamento Geral de Proteção de Dados (GDPR) na Europa, a Meta vem buscando meios para se adequar às leis do mercado da região. A busca e a diferença de tratativa entre o continente europeu e o resto do mundo, pode ser comprovado com o recente lançamento da empresa, o Threads. A rede social que veio para competir com o X (antigo Twitter), não foi lançada na Europa. 


Meta recebeu a maior multa cobrada sob a lei de privacidade de dados da União Europeia (Foto: reprodução/Soy Emprededor)


Regulamento na União Europeia 

O Regulamento Geral de Proteção de Dados foi criado em 25 de maio de 2018 na União Europeia com o intuito de estabelecer normas para preservar a privacidade e proteção de dados dos usuários europeus, sejam eles pessoa física ou jurídica. 

Com o avanço da tecnologia, empresas vêm utilizando de dados pessoais dos usuários, até mesmo sem autorização prévia, para personalizar informações e anúncios a determinadas pessoas. O foco central do GDPR é a normatização de uso, tratamento, proteção de dados e compartilhamento dos mesmos, para evitar coletas e armazenamento desses dados.

No Brasil, existe a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), que tem o mesmo princípio que o regulamento europeu e visa criar um ambiente virtual seguro juridicamente  e a padronização das normas relacionadas à proteção de dados dos usuários brasileiros.

 

Foto destaque: Meta tenta se adequar as Leis de Proteção de Dados da União Europeia. Reprodução/News Drum