Apple confirma que superaquecimento do iPhone 15 é causado por bug no iOS 17

Após relatos de superaquecimento do iPhone 15, a Apple descartou que superaquecimento esteja relacionado ao hardware e afirmou que está trabalhando em atualizações do iOS 17 para corrigir o problema. Aplicativos populares como Instagram e Uber também foram apontados como possíveis causas do superaquecimento.


Usuários relataram problema de superaquecimento dos modelos Pro e Pro Max do iPhone 15 durante a semana. (Foto: Reprodução/apple.com)


Apple nega relação do superaquecimento com mudanças de hardware


Novos iPhone 15 Pro e Pro Max têm revestimento em titânio e trazem novidades de hardware. (Foto: Reprodução/medium/@mingchikuo)


Durante a primeira semana após o lançamento do iPhone 15, usuários relataram problema de superaquecimento nos modelos no iPhone 15 Pro e Pro Max em fóruns da Apple e do Reddit. A pré-venda dos novos modelos do iPhone 15 começou em 27 de setembro no Brasil.

Segundo relato da própria Apple ao repórter David Phelan, da Forbes, foram identificadas “algumas condições que podem fazer o iPhone funcionar mais quente do que o esperado”. “O dispositivo pode ficar mais quente nos primeiros dias após a configuração ou restauração do aparelho devido à maior atividade em segundo plano”, alertou a empresa.


Novo iPhone 15 utiliza porta USB-C. Apple negou que problema de superaquecimento tenha a ver com mudanças de hardware. (Foto: Reprodução/CNBC/Kif Leswing)


A Apple descartou que o problema de superaquecimento esteja ligado a novidades do hardware do iPhone 15, como o revestimento de titânio em vez do aço inoxidável usado nas versões anteriores do iPhone ou a adoção da porta USB-C para carregamento.

Atualizações do iOS 17 prometem solucionar o problema

A empresa está trabalhando em atualizações para o iOS 17 para corrigir o problema. “Também encontramos um bug no iOS 17 que está afetando alguns usuários e será corrigido em uma atualização de software”.


Um dos usuários que relatou o problema de superaquecimento no iPhone 15 Pro diz que o smartphone “está quente demais para segurar“. (Foto: Reprodução/apple.com)


Aplicativos populares como Instagram e Uber foram apontados como parte do problema, segundo o The Guardian. O Instagram, da Meta, teria modificado seu aplicativo no início da semana passada para evitar que ele aqueça o dispositivo no iOS 17. Outros aplicativos, como o jogo Asphalt 9 e o aplicativo da Uber, também devem lançar atualizações para o iOS 17.

Na última quarta-feira (27), antes dos relatos de superaquecimento, a Apple lançou as primeiras versões beta do iOS 17.1 e do iPadOS 17.1, que trouxeram melhorias para o Apple Music e o AirDrop.

Superaquecimento e o impacto nas vendas do iPhone 15

Além dos desafios técnicos, a Apple enfrenta um momento delicado em termos de vendas. Segundo a AP, as vendas do iPhone caíram 4% nos últimos 9 meses. Ming-Chi Kuo, analista da Apple, alerta que “se a Apple não abordar adequadamente essa questão [do superaquecimento], isso pode impactar negativamente as remessas ao longo do ciclo de vida do iPhone 15 Pro“.

Os preços do iPhone 15 Pro variam de R$ 9.299 a R$ 13.099, enquanto o iPhone 15 Pro Max têm preços a partir de R$ 10.999.

 

Foto destaque: Apple afirma que corrigirá superaquecimento relatado por usuários em nova atualização do iOS 17. Reprodução/tomsguide.com/Future.

WhatsApp em foco: reguladores dos EUA firmam acordos com empresas sobre uso de mensagens

Na última sexta-feira (29), as autoridades reguladoras dos Estados Unidos tomaram medidas punitivas significativas, impondo multas que totalizaram US$ 111 milhões a oito empresas. O motivo subjacente a essas penalidades foi a falta de conformidade na preservação de registros de comunicações, representando o mais recente episódio de uma série de ações regulatórias relacionadas ao uso do WhatsApp e de outros canais de mensagens de texto não autorizados em Wall Street para a discussão de transações comerciais.

A Comissão de Valores Mobiliários dos EUA (SEC) divulgou que as empresas sancionadas incluem corretoras, consultorias de investimentos e agências de classificação de risco, nomes notáveis como Perella Weinberg, Interactive Brokers, Fifth Third Securities e Nuveen Securities. Como parte de um acordo, essas entidades concordaram em desembolsar um montante combinado de US$ 91 milhões em multas à SEC. Além disso, a Interactive Brokers se comprometeu a pagar mais de US$ 20 milhões à Comissão de Negociação de Commodities para resolver questões relacionadas.


Placa indicando a direção para o Wall Street (Foto: reprodução/Credit Karma)


Respostas

Até o momento, os representantes legais das empresas permaneceram em silêncio, não respondendo aos pedidos de comentários ou se abstendo de fazer declarações públicas. Essa notícia sucede relatos anteriores da Reuters, que já indicavam que a SEC estava se aproximando de acordos com várias empresas de Wall Street, abordando as deficiências na preservação de registros de comunicações.

Estes acordos representam as mais recentes iniciativas de fiscalização e aplicação da lei por parte da SEC relacionadas ao uso de aplicativos de mensagens não autorizados em Wall Street. Até agora, essas medidas regulatórias resultaram em multas que ultrapassam a marca de US$ 2 bilhões.

Uso do WhatsApp pelo Wall Street

Antes disso, várias empresas de Wall Street, incluindo gigantes como Wells Fargo e BNP Paribas, admitiram em agosto que utilizavam WhatsApp, Signal e outros aplicativos de mensagens para comunicações “fora do canal”, infringindo assim os requisitos federais de manutenção de registros.

Reconhecendo essas irregularidades, as empresas concordaram em pagar multas que atingiram a cifra de US$ 289 milhões, o equivalente a cerca de R$ 1,4 bilhão, para a Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos (SEC). Adicionalmente, outro órgão regulador, a Comissão de Negociação de Contratos Futuros de Commodities (CFTC), também aplicou penalidades. 

Este órgão multou as empresas de Wall Street por falhas na manutenção de registros e supervisão insuficiente de assuntos relacionados aos seus negócios, elevando o montante total das multas para US$ 549 milhões, aproximadamente R$ 2,69 trilhões.

 

Foto destaque: WhatsApp e cadeado com a bandeira dos EUA. Reprodução/Olhar Digital/Coletes Safari/Montagem/Canva

Blockchain na identificação: governo revoluciona emissão da Carteira de Identidade Nacional

Nesta semana, o governo federal deu início à implementação da tecnologia blockchain para a emissão da Carteira de Identidade Nacional (CIN) em alguns estados, a começar por Goiás, Paraná e Rio de Janeiro. Os demais estados também adotarão essa abordagem nos próximos 45 dias.

Essa nova versão do Cadastro Compartilhado da Receita Federal (b-Cadastros) abrange o processo de emissão da CIN e visa facilitar o compartilhamento seguro de informações com os Órgãos de Identificação Civil (OICs).

O blockchain

A solução, desenvolvida pelo Serpro, será adotada e operada por todos os OICs para diversas operações, como consultas, inscrições e atualizações de CPFs e CINs, conforme a necessidade no processo de emissão de novos documentos.

O presidente do Serpro, Alexandre Amorim, enfatizou a importância da tecnologia blockchain na proteção de dados pessoais e na prevenção de fraudes, proporcionando uma experiência digital mais segura para os cidadãos brasileiros. Ele destacou que a plataforma blockchain b-Cadastros é um grande diferencial para a segurança e confiabilidade do projeto da Carteira de Identidade Nacional.

Amorim também mencionou as vantagens das aplicações baseadas em blockchain, incluindo a imutabilidade dos dados, tornando praticamente impossível a alteração ou falsificação das informações registradas. Além disso, a descentralização da tecnologia em várias máquinas e nós da rede reduz a vulnerabilidade a ataques cibernéticos e torna mais difícil para invasores comprometerem a segurança do sistema, ao mesmo tempo que promove a transparência, permitindo o rastreamento de todas as transações e atividades.

A nova CIN

A CIN, que começou a ser emitida em julho do ano passado, apresenta novos elementos de segurança, como um QR Code e uma zona de leitura automatizada, possibilitando verificações por parte das forças de segurança pública e em todos os órgãos públicos e privados.


A nova CIN. (Foto: reprodução/Olhar Digital)


Além disso, o documento está disponível em versão física, em papel ou policarbonato (plástico), e também em formato digital por meio do aplicativo Gov.br. Uma mudança importante é a adoção do CPF como o número de registro nacional, garantindo que, independentemente do estado em que o documento seja emitido, o cidadão sempre manterá o mesmo número em seu registro.

Foto Destaque: representação tecnológica de uma carteira de identidade. Reprodução/Telesintese

iOS 17.0.2 chega com importante correção de bugs para iPhone15 e versões anteriores do dispositivo

Pouco tempo atrás, a Apple havia disponibilizado uma nova atualização urgente ao sistema operacional do iPhone 15, em busca de consertar algumas falhas que vieram junto do lançamento do produto. Contudo, agora a empresa está liberando essas atualizações feitas ao iOS para outros aparelhos mais antigos, desde que esses sejam compatíveis com os novos recursos. A empresa também liberou uma atualização para o watchOS, que é o sistema operacional dos relógios inteligentes da Apple, mas apenas para dispositivos Apple Watch Ultra 2 e Series 9.

Objetivo das novas atualizações

As novas atualizações foram feitas com o intuito de corrigir alguns bugs e aumentar a segurança do iOS nos sistemas compatíveis. Essas correções chegam com certa urgência, pois uma falha grave havia sido detectada no iOS 17 que, em certas circunstâncias, poderia até mesmo inutilizar os novos iPhone 15, então a Apple aconselha que os usuários baixem a atualização antes de pensarem em transferir seus dados para o aparelho. 


Aviso de atualização da nova versão 17.0.1 do iOS (Foto: Reprodução/Apple).


Essa é uma preocupação apenas aos usuários do novo smartphone da empresa, que precisam urgentemente realizar a atualização para a versão 17.0.2 do iOS. 

Mas, felizmente, outros bugs também foram corrigidos e os usuários de versões antigas dos dispositivos não ficaram de fora. A versão 17.0.1 do iOS pode ser usada pelos modelos antigos, contando com três correções de bugs que já estavam sendo abusados por hackers ou pessoas mal intencionadas na versão anterior do sistema operacional, o iOS 16.7 . 

Modelos compatíveis com a nova atualização 

As atualizações estão focadas no iPhone 15, mas quaisquer dispositivos produzidos após 2018 também são compatíveis, segundo a Apple. Aqui está uma lista dos smartphones que poderão atualizar para a versão 17.0.1 do iOS: 

  • iPhone XR;
  • iPhone XS e XS Max;
  • iPhone 11, 11 Pro e 11 Pro Max;
  • iPhone 12, 12 Mini, 12 Pro e 12 Pro Max;
  • iPhone 13, 13 Mini, 13 Pro e 13 Pro Max;
  • iPhone 14, 14 Plus, 14 Pro, 14 Pro Max;
  • iPhone SE (2020);
  • iPhone SE (2022).

Como realizar a atualização

Aos que estão preocupados, trata-se de uma atualização simples de ser feita. 

Basta acessar as “Configurações” do dispositivo, que é representada por um ícone de engrenagem. Feito isso, clica na opção “Geral” e, depois, na opção “Atualização de Software”. O dispositivo fará uma verificação em busca de uma possível atualização e, para isso, precisará de uma conexão com a internet. 

Quando a atualização for encontrada, uma opção chamada “Baixar e Instalar” irá aparecer. Basta clicar nela e esperar que a atualização seja concluída.

É aconselhável que o processo seja realizado enquanto o celular já está carregado com a bateria cheia, para evitar que ele seja interrompido antes de ser concluído.

Foto destaque: iPhone 12 em exibição em cima de fundo vermelho. Reprodução/Jack Skeens/Shutterstock.

Meta anuncia nova geração de óculos inteligentes em parceria com Ray-Ban

As ambições de Mark Zuckerberg, dono do Facebook, em desenvolver e disseminar a tecnologia do metaverso continua. O empresário anunciou, na quarta-feira (26), uma série de novos produtos baseados na tecnologia de realidade mista da empresa, dando foco especial na nova iteração dos óculos inteligentes que a Meta desenvolveu em parceria com a Ray-Ban. As novidades foram inicialmente divulgadas ao público em uma apresentação feita durante o Meta Connect, conferência que busca divulgar os novos produtos da empresa.

Contando com novas melhorias em sua capacidade de áudio, câmera mais potente e um design mais moderno, o produto já está disponível para pré-venda no site oficial da Meta, com lançamento oficial estimado para 17 de outubro, ao preço de US$ 299, ou R$ 1510 em conversão direta.

Ray-Ban inteligente conta com muitas novidades

Os óculos, que também contaram com a ajuda da EssilorLuxottica para serem desenvolvidos, são uma evolução direta dos óculos inteligentes de primeira geração da Meta, sendo designados do zero com base nas sugestões dos usuários.

Novos alto-falantes foram desenvolvidos justamente para o produto, contando com graves estendidos, volume máximo maior e uma tecnologia de áudio direcional bastante aprimorada. Isso deve amplificar a qualidade das chamadas por áudio com outras pessoas, além de tornar mais prazeroso o ato de escutar música com os óculos, mesmo em locais com muito barulho. 


A nova geração do Ray-Ban Meta. (Foto: Divulgação/Meta/Ray-Ban).


A nova geração do Ray-Ban Meta também conta com uma câmera ultra-wide de 12 megapixels, permitindo a gravação de vídeos e a captura de fotos em 1080 e 60fps (quadros por segundo), assegurando a qualidade do produto. E não é apenas isso, pois os óculos são equipados com cinco microfones que permitem a gravação de áudio imersivo e de maneira omnidirecional, tornando a experiência ainda mais imersiva. Resistente à água e com proteção IPX4, os óculos foram projetados para serem mais confortáveis, oferecendo a possibilidade de serem usados por longos períodos de tempo sem desconforto. 

Integração com IA

Além das melhorias no “hardware”, os novos Ray-Ban Meta estarão integrados com a nova tecnologia de inteligência artificial que está sendo desenvolvida pela empresa de Zuckerberg, chamada de Meta AI. 

A ferramenta é baseada na Llama 2, a linguagem de IA generativa que a Meta disponibilizou para uso público mais cedo neste ano. 

Isso permite que o dono do óculos interaja com um chatbot inteligente, que possui basicamente as mesmas funções do ChatGPT, além de conseguir interagir com o usuário através de comandos verbais.

De acordo com Zuckerberg, esse é mais um passo que a empresa está dando na integração de seus produtos com o Metaverso, já que os usuários poderão criar bots personalizados e que eventualmente poderão até ser usados dentro do próprio metaverso, com avatares próprios. 


“Os óculos inteligentes Ray-Ban Meta já estão disponíveis! Eles conseguem tirar ótimas fotos com resolução em 1080p com a nova câmera de 12MP. Alto-falantes contam com volume 50% mais alto. Os óculos são integrados ao novo assistente Meta IA” (Vídeo: Reprodução/X/Boztank).


Por fim, os óculos Ray-Ban Meta serão totalmente integrados ao Facebook e Instagram, com a capacidade de fazer transmissões ao vivo direto para essas plataformas com apenas alguns comandos de voz. 

Ainda não há informações a respeito da disponibilidade do produto em território nacional, mas o Ray-Ban Meta será comercializado em 15 países durante o lançamento, incluindo os Estados Unidos, Austrália, Canadá e alguns países da Europa.

Foto destaque: Mark Zuckerberg durante o anúncio da nova geração de óculos inteligentes na conferência da Meta. Reprodução/Reuters/Carlos Barria.

Adobe introduz Photoshop online com capacidades de inteligência artificial

Na última quarta-feira (27), a Adobe lançou a versão online do Photoshop com funções de inteligência artificial generativa, nomeada de Firefly. Essa inovação permite que os usuários adicionarem, remover ou ampliar imagens usando descrições baseadas em texto em mais de 100 idiomas. A versão online foi elaborada para ser acessada por meio de navegadores por assinantes do Photoshop pela Creative Cloud da Adobe.

Nova interface e ferramentas mantidas

A Adobe manteve as ferramentas mais utilizadas na versão desktop do Photoshop, proporcionando uma transição mais suave para os usuários da versão online. O layout redesenhado oferece uma Barra de Tarefas Contextual, que sugere as etapas mais relevantes durante a elaboração de um projeto. Esta barra ajuda os usuários a navegar pelas funções disponíveis e a entender melhor como proceder com suas edições.


Descubra os detalhes da nova IA da Adobe (Vídeo: reprodução/YouTube/Clube do Design)


Colaboração e acesso

Os usuários agora podem convidar outras pessoas para colaborar em projetos, ampliando as possibilidades de trabalho conjunto. Mesmo sem uma assinatura ativa do Photoshop, indivíduos convidados podem visualizar e comentar em arquivos, proporcionando um ambiente mais colaborativo. Contudo, o acesso ao aplicativo para navegadores permanece exclusivo para assinantes do Photoshop pela Creative Cloud da Adobe.

A vice-presidente sênior de mídias digitais da Adobe, Ashley Still, em entrevista ao The Verge, confirmou que não há planos imediatos para oferecer uma versão sem custos. Este lançamento reforça o compromisso da Adobe em expandir as funcionalidades do Photoshop, integrando novas tecnologias como a inteligência artificial, facilitando a edição de imagens através de descrições textuais em diferentes idiomas.

A versão online do Photoshop agora se junta à crescente lista de softwares que migraram para a nuvem, permitindo aos usuários acessar e trabalhar em seus projetos de qualquer lugar, desde que tenham uma conexão com a internet e uma assinatura válida do software.

 

Foto Destaque: banner de apresentação da nova IA da Adobe. Reprodução/Adobe Photoshop/Olhar Digital

Meta lança chatbot AI utilizando dados de redes sociais

A Meta apresentou na última quarta-feira (27) um novo assistente virtual, o Meta AI, visando competir com outras ferramentas de inteligência artificial como o ChatGPT. Este lançamento ocorreu na conferência anual da empresa, dando um novo salto na corrida tecnológica de IA. Utilizando conteúdos públicos do Facebook e do Instagram, a Meta propõe uma nova abordagem ao treinamento de IA, garantindo a segurança e a privacidade dos usuários ao excluir dados pessoais do processo.

Restrições de privacidade implementadas

Conforme declarado por um executivo da Meta à Reuters, para manter a privacidade dos consumidores, o processo de treinamento excluiu publicações privadas e conversas particulares. Nick Clegg, o presidente para assuntos globais da Meta, enfatizou que as medidas foram tomadas para filtrar detalhes privados de conjuntos de dados públicos. “Tentamos excluir conjuntos de dados com grande preponderância de informações pessoais“, disse Clegg, garantindo que a “grande maioria” dos dados estava disponível publicamente. Além disso, o LinkedIn foi citado como uma plataforma cujo conteúdo foi intencionalmente deixado de fora do processo de treinamento por questões de privacidade.


Mark Zuckerberg, CEO da Meta, anuncia nova inteligencia artificial (Vídeo: reprodução/YouTube/CNN)


Preocupações com segurança abordadas

Clegg também revelou que restrições de segurança foram impostas sobre o conteúdo que o Meta AI pode gerar, como a proibição da criação de imagens fotorrealistas de figuras públicas. Ao ser questionado sobre as medidas tomadas para evitar a violação de direitos autorais, um porta-voz da Meta apontou para novos termos de serviço que proíbem os usuários de gerar conteúdo que infrinja a privacidade e os direitos de propriedade intelectual. Estas medidas vêm em um momento em que gigantes tecnológicas estão sendo criticadas por usar informações coletadas da internet sem permissão para treinar seus modelos de IA.

As ações da Meta neste lançamento refletem uma abordagem cautelosa, ajustando-se às crescentes demandas por privacidade e segurança no treinamento e na operacionalização de modelos de IA. Com um compromisso declarado com a privacidade dos usuários, a Meta promove sua posição no acirrado cenário da inteligência artificial, mostrando um caminho responsável para o avanço da IA.

 

Foto Destaque: smartphone e PC com o logo da Meta. Reprodução/Sarah Fischer/Axios

Bumble usa inteligência artificial para melhorar namoro

Na última quarta-feira (27), na Code Conference 2023, Whitney Wolfe Herd compartilhou como o Bumble usa a inteligência artificial para melhorar a correspondência dos usuários e outros aspectos do negócio. A CEO da Bumble Inc. é uma das defensoras do uso da IA nos aplicativos de relacionamento, acreditando que a tecnologia pode ajudar a melhorar a experiência dos usuários de várias formas.

Bumble aposta em IA para oferecer experiência premium

Em entrevista à correspondente sênior de mídia e tecnologia da CNBC Julia Boorstin, a CEO da Bumble disse que a IA já é uma parte importante do negócio da empresa há anos. Ela explicou que os algoritmos de correspondência do aplicativo são baseados em inteligência artificial, e que a tecnologia também é usada para melhorar a segurança do aplicativo.


CEO da Bumble Inc., Whitney Wolfe Herd, foi entrevistada na Code Conference 2023, na quarta-feira (27). (Foto: reprodução/theverge.com)


É algo que talvez passe despercebido para o público (…) Nossos algoritmos de correspondência são impulsionados por IA, aprendizado de máquina. É assim que entendemos relevância e compatibilidade.


Bumble se destaca como o único aplicativo em que só mulheres podem iniciar conversas em matches heterossexuais (Foto: reprodução/Facebook/Bumble)


A CEO também disse que a IA pode ser usada para criar uma experiência premium para os usuários. Ela não revelou o preço dessa experiência, mas disse que será mais cara do que os planos atuais. Ela disse que a IA permitirá que o Bumble ofereça uma experiência que parece “muito bem selecionada” e “definitivamente será um produto premium em comparação com o que temos hoje”.

CEO descarta uso da IA para criar namoradas virtuais

Wolfe Herd não acredita que o Bumble se aventurará em áreas mais sci-fi como usar IA para criar namoradas ou namorados virtuais: “Quero deixar claro que não planejamos substituir humanos por bots. Não pretendemos que as pessoas se apaixonem por uma versão sci-fi de um namorado, namorada ou parceiro digital. No entanto, o que faremos é nos concentrar nos pontos de dor dos clientes e reduzir o atrito, eliminando as coisas que estressam os clientes”, disse a CEO no evento, segundo o Tech Crunch.


CEO da Bumble acredita que a IA pode impulsionar encontros reais (Foto: reprodução/X/@bumble)


Perguntada sobre o metaverso, afirmou ser um pouco contrário a tudo em que acredita em termos de conectar pessoas: “Talvez a princípio as pessoas se conectem assim (…) ficarei muito mais triste pela humanidade do que por mim mesma se as pessoas pararem de se encontrar na vida real”.


Bumble usa a IA para melhorar segurança e experiência dos usuários (Foto: reprodução/Facebook/Bumble)


Além do Bumble, outros aplicativos de namoro também usam a IA. O Tinder, por exemplo, usa a IA para sugerir perfis que os usuários possam estar interessados. O OkCupid usa a IA para ajudar usuários a criar perfis mais completos e atraentes. À medida que a tecnologia se torna mais sofisticada, os aplicativos de namoro poderão oferecer experiências mais personalizadas e relevantes para os usuários.

Plataforma de namoro na vanguarda da inclusão e segurança


Whitney Wolfe Herd, CEO da Bumble Inc., foi capa da Forbes 30 under 30 duas vezes, em 2017 e 2021. Bumble revolucionou a indústria de aplicativos de namoro. (Foto: reprodução/Forbes)


Whitney Wolfe Herd é fundadora e CEO da Bumble Inc., empresa-mãe de outros aplicativos como Badoo, Fruitz e o recém-adquirido Official, além de ex-vice-presidente de marketing e cofundadora do Tinder. Em 2014, aos 24 anos, processou seus ex-chefes da IAC, empresa-mãe do Tinder, e fundou a Bumble, que no ano seguinte, segundo o Washington Post, tinha 13 funcionários e apenas um homem.


Em junho, Whitney Wolfe Herd foi entrevistada como pessoa da semana da Time; em 2018, ela esteve entre as 100 pessoas mais influentes pela revista (Foto: reprodução/time.com)


Destacando-se como o único aplicativo onde apenas mulheres podem iniciar conversas em matches heterossexuais, o Bumble se tornou mais do que um aplicativo de namoro com o lançamento do Bumble BFF em 2016 e o Bumble Bizz em 2017. 

Em 2021, Wolfe Herd se tornou a CEO mais jovem a conduzir a abertura de capital de uma empresa nos EUA, com uma avaliação de mais de US$ 14 bilhões. A empresa conta com mais de 100 milhões de usuários em todo o mundo e continua a inovar em termos de segurança e inclusão.

 

Foto destaque: logo da Bumble. Reprodução/Bumble

União Européia mira Elon Musk em guerra contra desinformação

O relatório da União Europeia destacou o X/Twitter como o maior propagador de desinformação, com 43% das postagens contendo algum tipo de informação falsa. Já o Facebook, é o segundo maior vetor, com 31%. A pesquisa faz parte de iniciativas da UE e de grandes empresas digitais para se adaptarem à Lei de Serviços Digitais (DSA), que responsabiliza plataformas digitais por conteúdos e prevê multas de até 6% de suas receitas.

Nos últimos dias, o Twitter removeu ferramenta para denúncia de fake news eleitorais, disponível em EUA, Austrália, Coreia do Sul, Brasil, Filipinas e Espanha.

Relatório da UE aponta o X/Twitter como maior fonte de desinformação

Segundo o relatório, o X/Twitter é o maior vetor de desinformação, comparado com outros sites como Facebook e Instagram: quase 43% das postagens no Twitter continham algum tipo de desinformação. O engajamento com conteúdo de desinformação na rede social também foi 1,977 vez maior do que com conteúdo informativo. 


Segundo relatório da UE, X/Twitter e Facebook lideram desinformação, com cerca de 43% e 31% em conteúdos falsos. (Foto: Reprodução/disinfocode.eu)


O Facebook mostrou-se o segundo maior vetor de desinformação, com cerca de 31% das postagens contendo algum tipo de informação falsa. 


X/Twitter e Facebook também lideram em percentual de atores de desinformação. (Foto: Reprodução/disinfocode.eu)


O relatório revela que as plataformas com mais desinformação também tiveram o maior número de contas postando desinformação ativamente: X/Twitter e Facebook lideraram com 8-9% de atores de desinformação, enquanto o YouTube teve apenas 0,8%.


Estudo mensurou desinformação em milhares de postagens e contas de três países europeus, Polônia, Eslováquia e Espanha. (Foto: Reprodução/disinfocode.eu)


Estudo no qual o relatório se baseia foi conduzido pela TrustLab, e analisou 6.155 postagens e 4.460 contas durante 6 semanas, em seis plataformas – Facebook, Instagram, Linkedin, TikTok, YouTube e Twitter (X). Postagens e contas analisadas são de três países, Polônia, Eslováquia e Espanha.

Nova lei europeia visa responsabilizar plataformas digitais

O relatório do Código de Práticas sobre Desinformação lançado na última sexta-feita (22) faz parte das medidas da Lei de Serviços Digitais (DSA), aprovada pela União Europeia em 16 de novembro de 2022. A nova legislação visa tornar as empresas digitais responsáveis por conteúdos postados em suas plataformas. 

Entre outras medidas, a DSA exige que plataformas digitais removam conteúdo ilegal de forma mais rápida e eficaz, e intensifiquem o combate à desinformação e ao discurso de ódio. A lei também cria regras especiais para redes sociais com mais de 45 milhões de usuários ativos na UE (VLOPs) — entre elas as redes sociais como X/Twitter, Facebook, Linkedin, Snapchat, Instagram, Pinterest e Tiktok.

Em 25 de agosto, terminou o prazo para as VLOPs cumprirem as regras da DSA; o não cumprimento das regras pode acarretar multas de até 6% do faturamento global das plataformas. 

Segundo comunicado de ontem (27) da Comissão Europeia, gigantes da tecnologia estão agindo para se adequarem à nova legislação: Google teria impedido mais de € 31 milhões em publicidade para atores de desinformação, TikTok teria removido 140.635 vídeos por violação da política de desinformação e a Microsoft teria bloqueado mais de 6,7 milhões de contas falsas no LinkedIn. O código já tem 44 plataformas signatárias.

UE alerta Musk sobre conformidade à legislação e indica risco em eleições

Em maio, o X/Twitter se retirou do código voluntário da União Europeia para combater a desinformação. Thierry Breton, Comissário Europeu para o Mercado Interno, fez o anúncio na rede social e avisou que as novas leis não deixariam de valer para a empresa. 


Comissário da UE afirmou em maio que o X/Twitter deixar o Código de Práticas não o isentaria das obrigações legais. (Foto: Reprodução/X)


Uma das minhas principais mensagens para os signatários é que estejam cientes do contexto. A guerra da Rússia contra a Ucrânia e as eleições na UE no próximo ano são particularmente relevantes, pois o risco de desinformação é sério”, afirmou na última terça-feira (26) a vice-presidente da Comissão Europeia Vera Jourova, em comunicado à imprensa.


Vera Jourova, vice-presidente da Comissão Europeia, falou em guerra contra a desinformação e alertou Musk. (Foto: Dursun Aydemir/Anadolu Agency/Medium/@WB1)


Jourova disse a repórteres na terça (26) que a empresa estará sob vigilância; “o Sr. Musk sabe que não está isento por deixar o Código de Práticas”. Eleições parlamentares acontecerão nas próximas semanas em países europeus — sábado (30) na Eslováquia e dia 15 de outubro na Polônia.

X desativa ferramenta de denúncia de fake news eleitorais

Também na terça-feira (26), a ONG Reset Australia informou que o X havia removido a funcionalidade para denúncias eleitorais da plataforma, às vésperas de um referendo por uma voz indígena no parlamento australiano. A organização expressou preocupação com a integridade da consulta popular com a remoção da ferramenta. A funcionalidade estava disponível desde agosto de 2021 em países como EUA, Austrália e Coreia do Sul e foi expandida para Brasil, Filipinas e Espanha no início de 2022.


Funcionalidade para denunciar desinformação eleitoral estava disponível no Brasil desde 2022 e foi removida do X. (Foto: Reprodução/x.com)


Ontem (27), Musk confirmou o corte da equipe de integridade eleitoral do X em um tweet.


Musk confirmou ter demitido equipe do X/Twitter responsável pela manutenção da integridade de processos eleitorais. (Foto: Reprodução/mediapost.com)


Na semana passada, segundo o The Guardian, a Comissão Eleitoral Australiana (AEC) também enfrentou dificuldades para que o X removesse postagens incitando violência e espalhando desinformação. Documentos mostram que o Twitter demorou para agir e frequentemente se recusou a remover postagens relatadas pela AEC.

Foto destaque: X/Twitter é maior fonte de desinformação, segundo relatório da UE. AP Photo/Mary Altaffer.

Artistas do setor de videogames aprovam pauta de paralisação

O dia 21 de outubro de 2016 foi marcado por uma ação conjunta de artistas de videogames contra 11 empresas do setor, incluindo a Activision, Electronic Arts, Insomniac Games, Take-Two Interactive e a Disney. Os funcionários que promoveram a ação eram membros da Screen Actors Guild-American Federation of Television and Radio Artists (SAG-AFTRA) e se recusaram a trabalhar por praticamente um ano inteiro, com a greve começando em outubro de 2016 e acabando apenas em novembro de 2017. Até o momento, trata-se da greve mais longa promovida pela SAG-AFTRA. 

Nova proposta de paralisação

Os artistas de videogame chegaram a um acordo após abordarem preocupações a respeito de pagamento, transparência e stress no ambiente de trabalho sem a remuneração adequada. Essa resolução, cujo contrato deveria ter expirado em 2020, foi posteriormente estendida até este ano.

Cerca de seis anos depois, com os custos de vida aumentando e a inflação causada pela crise econômica que estamos vivenciando estimularam os atores constituintes da SAG-AFTRA a se reunirem novamente para discutir a situação. A ideia era propor uma possível paralisação caso as negociações com as grandes empresas desenvolvedoras de jogos falhasse durante reunião na terça-feira (26). 

Cerca de 34 mil membros participaram da mobilização, constituindo 27% dos eleitores elegíveis. E, com um voto praticamente unânime de 98,32%, a paralisação foi aceita pelos membros do sindicato. Contudo, isso não indica que a greve já entrou em vigor, pois as negociações com empresas como a Activision, EA, Epic Games, Insomniac e Take-Two ainda estão em vigor, com previsão de serem encerradas na quinta-feira (28).


Artistas a favor da paralisação da SAG-AFTRA (Foto: Reprodução/REUTERS/Mike Blake)


Em comunicado oficial emitido na segunda-feira, o sindicato disse que as negociações com os estúdios de videogames — que estão em vigor desde 2022 — não foram bem-sucedidas. 

“As principais empresas com quem entramos em contato não aceitaram nossas propostas e tampouco ofereceram termos aceitáveis para os problemas mais proeminentes de nossos membros, que tange os pagamentos aquém do satisfatório, proteção contra o abuso de inteligência artificial e certas precauções básicas de segurança”, afirmou o SAG-AFTRA. 

Inteligência artificial gera preocupação em artistas

O uso cada vez mais comum de inteligência artificial no mercado também está se tornando uma causa de preocupação para funcionários do setor, principalmente artistas e dubladores. Recentemente, roteiristas e atores de Hollywood também entraram em greve por motivos semelhantes. 

Quanto ao âmbito do setor de videogames, a SAG-AFTRA exige que as companhias responsáveis concedam em três pontos importantes: proteção relacionada ao consentimento de seus membros, transparência e a compensação para o uso de material feito por inteligência artificial; aumento de salários para se equiparar com a inflação e aos custos de vida vigentes; e, por fim, segurança para os atores que trabalham com captura de movimentos.

As discussões ainda estão em vigor e a resposta oficial dos estúdios de jogos ainda não foi divulgada.

 

Foto destaque: Homem segurando controle de PS4. Reprodução/Unsplash/JESHOOTS