Meta anuncia nova onda de demissões, desta vez no setor responsável pelo Metaverso

O último ano tem sido conturbado para funcionários da Meta, empresa dona do Facebook e do Instagram. Apesar de seus planos de expansão, mais de 20 mil funcionários em contrato assinado com a empresa foram demitidos desde 2022, com a última rodada de desligamentos tendo ocorrido em maio deste ano. Mas, conforme o CEO e fundador da empresa Mark Zuckerberg já havia anunciado, a Meta ainda tinha planos para demitir mais funcionários em busca de eficiência. 

Onda de demissões pode afetar o Metaverso

Desta vez, a divisão que entrará para o corte é a Reality Labs, que é focada no desenvolvimento do metaverso e na criação de silício personalizado. Segundo informações fornecidas pela Reuters, os funcionários da Meta foram informados dessa nova onda de demissões em massa através de uma publicação em um fórum de discussão interno da empresa. 

Ainda não há informações concretas a respeito do escopo dos cortes, mas segundo uma das fontes da Reuters, a publicação feita por meio da Workplace — que é o fórum privado da empresa — serão informados a respeito do futuro dos mesmos na Meta até quinta-feira (05). 

Essa onda de demissões pode ser fonte de preocupação para os futuros planos de Zuckerberg, que almeja construir um mercado de produtos de realidade virtual e aumentada para dar acesso a um mundo interconectado e digital conhecido batizado de “metaverso”. Isso ocorre pois a unidade afetada pelas demissões, a Facebook Agile Silicon Team (FAST), é responsável pela produção de chips personalizados que são utilizados nos produtos de realidade mista da empresa. 

Cortes já eram esperados por especialistas

Aos profissionais do setor, essa onda de demissões já era esperada a partir de planos para reestruturar a FAST desde o outono, quando a Meta contratou um novo executivo-chefe para liderar a unidade. 

Em um mercado tão competitivo quanto a indústria de microprocessadores, a Meta está tendo dificuldades em competir com fornecedores externos, como a Qualcomm, na produção de chipsets para seus produtos. Seja no setor de realidade virtual ou de inteligência artificial, a empresa está cada vez mais utilizando componentes terceirizados por conta dos custos e da discrepância na qualidade dos microprocessadores. 


Zuckerberg, em transmissão ao vivo durante o Meta Connect, revelando a nova versão do headset de realidade mista da empresa (Foto: Reprodução/Meta)


Esses chips são usados em produtos como o Quest, uma linha de headsets de realidade mista que mescla realidade virtual com realidade aumentada e os smart glasses que a empresa produz em parceria com a EssilorLuxottica, capaz de fazer transmissões de vídeo em tempo real e auxiliar o usuário com a nova assistente de IA generativa. 

Até o presente, a Meta ainda não se pronunciou a respeito da onda de desligamentos em massa ou seus planos para o futuro, mas é improvável que a empresa tenha desistido do metaverso, tendo em vista as ambições de Zuckerberg.

 

Foto destaque: Fachada do escritório da Meta em Londres, Inglaterra. Reprodução/Shutterstock/askarim

Realidade virtual pode auxiliar na reabilitação de pessoas que sofreram AVC, diz pesquisa

O uso de videogame tornou-se um grande aliado para pessoas que tiveram um Acidente Vascular Cerebral (AVC) e precisam recuperar suas funções motoras, além de melhorar suas habilidades. É o que diz uma pesquisa divulgada no site “The Cochrane Library”. 

A pesquisa 

O estudo tem como autora a terapeuta ocupacional do Departamento de Reabilitação e Cuidados de Idosos na Universidade de Flinders, Kate Laver, que precisou analisar 19 pesquisas vindas dos Estados Unidos e da Austrália que demonstravam diferentes resultados em pacientes que utilizaram realidade virtual e tratamento fisioterapêutico comum. 

Ao fazer um comparativo, a cientista relata que se surpreendeu com os resultados significativos onde demonstram uma movimentação mais ampla quando o tratamento era feito com o videogame. 

“Programas de realidade virtual e jogos interativos de videogame podem ser mais interessantes e agradáveis do que a terapia tradicional. Assim, os pacientes se sentem mais motivados a participar com mais intensidade e frequência das atividades de fisioterapia” revelou Laver. 

Prova disso é o adolescente Enzo, 13 anos, que teve um AVC durante uma internação complicada por causa de uma cirurgia de apendicite e vê uma melhoria notável em sua reabilitação utilizando um exoesqueleto para ajudar na movimentação e que conta com uma tecnologia que ajuda na estimulação da cognição, além de utilizar jogos de videogame. 

A terapeuta ocupacional Tatiana Amodeo Tuacek explicou um pouco de como funciona a estrutura articulada: “Tudo que ele faz de movimento com o equipamento, ele tem resposta na tela. Então, ele tem uma proposta de atividades em jogos para poder trabalhar os movimentos”, contou. 


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Enzo que, segundo o pai Felipe Furtado, acordou de um coma sem se mexer ou falar, começou a se recuperar cada vez mais rápido com a ajuda da tecnologia. E por causa da realidade virtual, recentemente realizou o sonho de conhecer a neve e praticar snowboard.

Já a mãe do garoto, Fabiana Furtado, contou brevemente como foi esse processo: “Só dois anos nessa batalha com ele, ele perdeu os movimentos dele, ele voltou a andar, ele voltou a ter a independência dele, ele sai com os amigos”.


Enzo praticando snowboard (Foto: reprodução/G1)


Enzo teve sua história contada durante o programa da Rede Globo, Globo Repórter, do dia 29 de agosto.

 

Entenda o que é AVC 

O Acidente Vascular Cerebral (AVC), conhecido popularmente como derrame, ocorre através de uma alteração no fluxo de sangue que vai ao cérebro. A alteração pode gerar uma obstrução nos vasos sanguíneos ou até mesmo uma ruptura desses vasos, o que causa consequentemente, a falta de oxigenação no cérebro. 


Existem dois tipos de AVC. (Foto: reprodução/Blog Neurológica)


Alguns dos principais sintomas de um AVC pode ser fraqueza em um lado do corpo, alteração na movimentação de membros do corpo, dificuldade para falar, enfraquecimento ou paralisia de um lado do rosto, boca, perna ou um lado inteiro do corpo, dor de cabeça forte, alteração no nível de consciência, dentre outros.

O AVC é hoje uma das principais doenças que mais causam mortes no Brasil e que deixa o maior número de pessoas incapacitadas pelo mundo. 

50% dos pacientes que sofrem um AVC precisam de auxílio diário de outras pessoas para realizar atividades corriqueiras. Enquanto isso, estima-se que 70% das pessoas que sofrem um derrame não voltem ao trabalho. Por isso, é muito importante consultar um médico regularmente.

 

Foto destaque: Realidade virtual pode ajudar na recuperação de pacientes que tiveram AVC. Reprodução/O futuro das coisas

Perfumes personalizados com IA viram tendência

A indústria da perfumaria, uma arte que remonta há milênios, encontra-se na vanguarda da revolução tecnológica. Com a incorporação de Inteligência Artificial (IA) e neurociência, marcas consagradas e startups estão transformando a maneira como escolhemos e experimentamos fragrâncias. L”/Oréal e Yves Saint Laurent já adotam as inovações.

Marcas de luxo abraçam a revolução tecnológica em perfumes

Segundo Hugo Ferreira, pesquisador no Instituto de Biofísica e Engenharia Biomédica em Lisboa, o olfato é o sentido mais diversificado, com cerca de 400 diferentes famílias de genes de receptores olfativos. “Essa diversidade pode explicar como podemos sentir “/o cheiro do medo”/ ou o “/cheiro da vitória“, disse ele ao The Guardian.


Clientes de lojas da Yves Saint Laurent usaram neste ano o dispositivo de EEG para encontrar a fragrância perfeita. (Foto: reprodução/emotiv.com)


Em março de 2022, a L”/Oréal, gigante da beleza, aliou-se à Emotiv, líder em neurotecnologia, para criar uma experiência de seleção de fragrâncias baseada em EEG (eletroencefalograma).

É a primeira vez que os consumidores terão acesso a uma experiência de última geração nas lojas, que utiliza a neurociência para fornecer orientações de fragrâncias personalizadas e precisas“, afirmou Guive Balooch, Presidente de Inovação e Beleza da L”/Oréal, à época do lançamento da parceria.


Dispositivo de eletroencefalograma da Emotiv. (Foto: reprodução/womenofwearables.com)


O dispositivo, desenvolvido em conjunto com a marca de luxo Yves Saint Laurent, utiliza algoritmos de aprendizado de máquina para interpretar o EEG do usuário. O resultado? 95% dos clientes que usaram o dispositivo encontraram o perfume certo para eles. Em 2023, lojas da Yves Saint Laurent, ao redor do mundo, começaram a oferecer o dispositivo de EEG para descobrir as fragrâncias que mais agradam aos clientes.

Estudos e parcerias moldam o futuro da perfumaria

Já a Puig, adotou uma abordagem de “inovação aberta“, coletando 45 milhões de leituras cerebrais de homens entre 18 e 35 anos para aprimorar a colônia Phantom by Paco Rabanne, segundo o The Guardian. Este compromisso com a inovação rendeu à Puig cinco prêmios no Digital Beauty Awards no ano passado, incluindo “Best Digital Innovation” e “Best Sustainable Digital Innovation”.


Perfumaria algorítmica da EveryHuman visa apresentar a clientes perfumes personalizados com IA. (Foto: reprodução/everyhuman.com)


Empresas menores e perfumarias de nicho, como a EveryHuman, também usam algoritmos e IA para criar fragrâncias ultra-personalizadas em questão de minutos.

Usamos a IA como uma ferramenta para nos ajudar a resolver o grande enigma de por que gostamos do que gostamos quando se trata de aroma”, afirma a EveryHuman em seu site.

Nova pesquisa revela como a IA pode prever o cheiro

A IA não está apenas transformando a indústria de perfumes. Um estudo recente publicado na revista Nature, no final de agosto, revela como a IA pode prever o cheiro de compostos químicos com base em suas estruturas moleculares. Esta descoberta tem o potencial de impactar diversas indústrias, incluindo a alimentícia e de produtos de limpeza.

Apesar do entusiasmo em torno da tecnologia, críticos questionam a perda da arte e da criatividade na perfumaria.

Katie Puckrik, que escreve sobre perfumes e é apresentadora, ponderou ao The Guardian: “Deixe a magia para os artistas. Por que precisamos de um computador para nos dizer o que nosso nariz já sabe?

 

Foto destaque: L”/Oréal, Yves Saint Laurent e Paco Rabanne adotam Inteligência Artificial para produzir e vender perfumes. Reprodução/perfumerflavorist.com.

Digitalização do SUS promove discussões sobre integração e tratamento ético das informações

Nesta segunda-feira (2), durante o primeiro dia do 1º Simpósio Internacional da Transformação Digital do SUS, em São Paulo, ocorreu um debate sobre a importância de se garantir a preservação e a incorporação da ética no processo de digitalização do SUS.

O presidente da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (EBSERH), Arthur Chioro, abordou a necessidade de superar a desarticulação da informação, que é fortemente estratégica para a gestão atual, e a importância de acabar de vez com a fragmentação que dificulta a transformação digital do Sistema Único de Saúde (SUS).

Impacto da troca de governos

“Como dizia a presidente Dilma, os nossos dados são imbatíveis, não batem nada com nada”, Arthur Chioro, citando a ex-presidente Dilma Rousseff. Chioro também comentou que, durante o governo de transição, o diagnóstico era de que as políticas do SUS tinham sido desarticuladas ao longo dos anos anteriores, principalmente do ponto de vista da digitalização das informações.

“O processo de destruição ou a tentativa de destruição do SUS passava, entre outras coisas, por praticamente uma sabotagem, uma desarticulação do nosso sistema de informação”, destacou Chioro ao discursar. Na perspectiva dele, esta situação, que consiste em um atraso histórico, enfatiza a importância da digitalização dos processos como um dos aspectos fundamentais para aprimorar o sistema de saúde pública.


Banner de divulgação do 1° Simpósio Internacional da Transformação Digital do SUS em São Paulo. (Foto: reprodução/Divulgação/MS)


Referência para Inglaterra

O coordenador de informações digitais do NHS (Serviço Nacional de Saúde da Inglaterra), Masood Ahmed, apontou que o Sistema Único de Saúde (SUS) serve de inspiração para iniciativas em seu país, mencionando medidas como a implementação para a expansão da cobertura de vacinação em determinadas regiões.

Ahmed reforçou diversas vezes a necessidade de transparência e controle social no uso e na divulgação dessas informações. Também destacou as preocupações éticas do público sobre esses dados e sobre como eles seriam coletados e armazenados.

Foto destaque: Tecnologia na medicina. (Foto: reprodução/freepik)

Samsung adquire nova startup para fabricar microprocessadores de IA

Na manhã desta segunda-feira (2), a unidade de produção de chips por convênio da Samsung anunciou uma nova parceria com a startup canadense Tenstorrent no campo dos microprocessadores de Inteligência Artificial (IA). Essa startup é integrada com o objetivo de desafiar a Nvidia, que atualmente é a principal fornecedora de chips de IAs do mercado.

 

Planos da Tenstorrent

A startup canadense fabrica chips e propriedade intelectual para data centers, mas também trabalha para abastecer outros setores, como a indústria automotiva. Embora os detalhes financeiros do acordo não tenham sido divulgados, este é um passo significativo para ambas as empresas no mercado de semicondutores de Inteligência Artificial.

O CEO da Tenstorrent, Jim Keller, ressaltou que o foco da empresa está na criação de soluções de alto desempenho em computação e no atendimento a clientes em todo o mundo, destacando a importância dessa parceria para o desenvolvimento da marca. O novo chip que será fabricado pela Samsung é chamado de Quasar e não será baseado na tecnologia RISC-V.


Placa de circutio (Foto: reprodução/pexels/Johannes Plenio)


Tecnologias e negociação

Os microprocessadores da Tenstorrent são criados com a tecnologia RISC-V, uma arquitetura de semicondutores de código aberto que compete com as arquiteturas Arm e x86, utilizados pela Intel e pela AMD. A startup pretende aproveitar a eficiência da Samsung em um dos seus processos de fabricação de chips mais avançados, o chamado 4nm. O foco será na produção de um chiplet projetado para ser integrado com outros componentes em apenas um pacote.

O acordo para a fabricação do chip é o resultado de um investimento anterior da Samsung na Tenstorrent, em agosto. Esse investimento, que também envolveu a participação da Hyundai e outros investidores, captou US$ 234,5 milhões para a startup. Fazendo a empresa atingir uma avaliação total de US$ 1 bilhão.

 

Foto destaque: Componentes de uma placa mãe. Reprodução/pixabay/RemazteredStudio

Saiba como a inteligência artificial e os robôs auxiliam em cirurgias complexas

A necessidade de cirurgia para cuidar de casos mais extremos existe desde que a medicina foi inventada como prática, séculos atrás. Desprovidos da praticidade de equipamentos e métodos modernos, os cirurgiões muitas vezes eram temidos por seus pacientes, pois a taxa de mortalidade nesses procedimentos era invariavelmente alta. Caso um indivíduo estivesse sofrendo com uma ferida muito profunda na perna, por exemplo, ela provavelmente seria amputada — sem o uso de anestésicos, salvo pela ocasional prescrição de opióides para ajudá-lo a lidar com a dor. Entretanto, essa não era a pior parte. 

Casos como esse geralmente resultavam na morte do paciente em razão das inúmeras complicações que apareciam após um procedimento que, muitas vezes, era realizado de maneira barbárica e não-profissional para nossos padrões atuais. 

Nós, que vivemos em uma época tão moderna, não precisamos mais nos preocupar com isso na maioria dos casos. Médicos e cirurgiões agora contam com o auxílio de máquinas especializadas, incrivelmente precisas, para ajudá-los durante as operações. Isso, além de auxiliar a diminuir a taxa de complicações advindas de cirurgias, também possibilita que procedimentos delicados demais para mãos humanas sejam realizados de forma bem-sucedida. Alguns procedimentos até mesmo utilizam inteligência artificial para cuidar dos detalhes mais delicados, diminuindo os riscos e a probabilidade de falha.

Inteligência artificial auxilia em cirurgia de artéria

Esse é o caso de Boas Alberto Carrella, cuja luta constante contra um problema de coração foi televisionada pelo Globo Repórter na última sexta-feira (29). O aposentado de 56 anos já sofreu seis infartos e uma parada cardíaca e, em decorrência disso, precisou colocar sete stents no coração através de cirurgia, para abrir passagem nas artérias bloqueadas e permitir que o sangue flua mais livremente. Em sua última cirurgia, que ocorreu no Instituto do Coração em São Paulo, os médicos precisaram usar técnicas modernas para auxiliá-lo. 

Ao monitorar o coração de Carrella por meio de aparelhos, os médicos realizaram uma radiografia em tempo real, junto de uma tomografia de coerência óptica. Através disso, os profissionais conseguiram enxergar a artéria por dentro, em uma resolução microscópica. E com a ajuda de um algoritmo de inteligência artificial, eles puderam determinar precisamente a localização da obstrução na artéria, a gravidade do problema e se ela já estava calcificada. 

Conforme explica um dos profissionais do Serviço de Hemodinâmica e Cardiologia do InCor, Carlos Campos, em “casos mais complexos é possível reduzir até 40% a chance de novos eventos, dentre eles a possibilidade do paciente vir a falecer, sofrer com um infarto ou necessitar de outra angioplastia futuramente”.

Cirurgia de próstata feita por robô 

Outro brasileiro que se beneficiou com os avanços na tecnologia foi Edson Kohan Kamia, que foi diagnosticado com um tumor cancerígeno em sua próstata, felizmente ainda em fase inicial. Com isso, os profissionais do Hospital Albert Einstein conseguiram tratá-lo antes que mais complicações surgissem, mas de uma forma bastante moderna. 


Cirurgião utilizando robô para realizar um procedimento médico (Foto: Reprodução/Santa Casa dos Santos)


A cirurgia foi realizada com o auxílio de um robô com braços mecânicos capaz de segurar equipamentos médicos e equipado com microcâmeras. O robô ainda não consegue atuar de forma automática e precisa ser operado por um cirurgião através de um máquina feita justamente para isso. Ariê Carneiro foi o profissional que comandou a cirurgia. Segundo ele, “a cirurgia robótica já é bem estabelecida no tratamento do câncer de próstata. Há cerca de 90% de chance de ser curado apenas com esse procedimento, sem a necessidade de quimioterapia ou radioterapia”

O procedimento, que é minimamente invasivo e praticamente não deixa sequelas no paciente, demonstra como o avanço da tecnologia é importante para curar doenças e realizar operações tão delicadas. Antes, um câncer que seria visto como impossível de ser curado, agora pode ser tratado através da combinação do expertise de profissionais treinados e o auxílio de máquinas, inteligência artificial e procedimentos modernos.

 

Foto destaque: Maquinário utilizado durante a cirurgia para tratar câncer de próstata. Reprodução/Universidade Jean Piaget

Principais dificuldades para usar IA nas empresas

Muitas empresas querem usar a inteligência artificial, mas existem algumas dificuldades que precisam ser sanadas 

Dados de pesquisas

Segundo uma pesquisa feita com 600 empresas, 85% delas pretendem adotar a inteligência artificial nos próximos anos. Para os empresários, a inteligência artificial é muito útil, pois pode simplificar etapas complexas do processo, além de diminuir a carga horária dos empregados.

Uma das tarefas mais usuais para IA está ligada a códigos (Fonte: Pexels)


Entre os brasileiros, a maioria enxerga enorme potencial nessa tecnologia. Três em cada quatro deles querem repassar uma quantidade máxima de trabalho possível à inteligência artificial, segundo a pesquisa Annual Work Index, efetuada pela Microsoft.

Diego Barreto, VP de estratégia de finanças do iFood e Sandor Caetano, especialista em IA, escreveram o livro “O Cientista e o Executivo”.

Eles indicaram algumas das principais dificuldades na implantação da inteligência artificial no mercado de trabalho. A lista que eles forneceram contém 5 itens.

Principais dificuldades

O primeiro item da lista é a falta de visão executiva unificada. A competitividade entre empresários faz com que não haja união suficiente para ter um planejamento razoável e ambiente saudável. Assim, todos os outros fatores são influenciados por este.

O segundo é a dificuldade em encontrar profissionais: o uso inteligência artificial pressupõe uma curva de aprendizagem, já que a maioria dos profissionais fora do ramo de TI, não conhecem bem a ferramenta. Além disso, há a procura muito grande por profissionais como, por exemplo, de cientistas de dados. Em contrapartida, não há como suprir essa demanda. 

O terceiro item diz respeito aos desafios na liderança de times da inteligência artificial: é preciso que haja mais esforço na hora de lidar com as equipes, já que demanda mais paciência, pois não há líderes humanos.

O quarto, fala da falta de prioridades no orçamento. É necessário que a empresa invista em cursos e capacitação para os profissionais, que não podem ficar desatualizados. Nessa hora, a parte financeira da empresa precisa equilibrar o balanço para não comprometer o presente e o futuro.

O quinto toca na resistência à mudança: apesar da derrubada de mitos sobre a nova tecnologia, as pessoas ainda resistem em aceitar a ideia.

 

Foto Destaque: Homem bebe café e lê ao lado de um robô. Reprodução/Pexels

Interesse por embarcações submersíveis cresce mesmo após tragédia do Titan da OceanGate

Apesar da trágica repercussão global causada pela implosão do submersível Titan em junho deste ano, tem ocorrido um crescente interesse por parte de bilionários e magnatas em investir em embarcações submersíveis para complementar suas luxuosas frotas de super iates.

Essas embarcações têm sido procuradas pelos ultra-ricos mesmo após a tragédia com o submersível Titan, da OceanGate, que em junho deste ano acabou implodindo e matando todos os seus cinco passageiros. O preço da passagem da viagem foi de US$ 250 mil por pessoa pela experiência no Titan.

Experiencia única

Empresas do ramo, como a SEAmagine e a Triton Submersibles, possuem modelos de embarcações que variam entre US$ 2,5 milhões e US$ 7 milhões, podendo acomodar de duas a sete pessoas. Modelos da Triton, como o Aurora-80, são capazes de atingir uma profundidade de até 900 metros.

Ian Sheard, o engenheiro-chefe da SEAmagine, comentou os motivos dos bilionários se interessarem em comprar submersíveis para complementar seus super iates: “Os submersíveis não ficam estacionados dentro do superiate, mas dependem de um transportador, uma espécie de barco auxiliar que segue o superiate até o posicionamento desejado”.

Patrick Lahey, fundador da Triton Submersibles, relatou ao portal Business Insider que “os proprietários de iates são, em geral, pessoas que têm interesse no oceano, eles gostam de ir a lugares e experimentar coisas novas, e não há nada como ver o oceano da perspectiva de um submersível”.


Submersível em operação no fundo do oceano (Foto: reprodução/flickr/Dr. Steve Ross, UNC-W. NOAA Office of Ocean Exploration)


Status e relevância

Além da experiência em si, possuir um submersível de luxo também é um sinal de status e relevância entre os ultra-ricos. Estes veículos são vistos como símbolos de sucesso e bravura, o que aumenta seu apelo entre os bilionários. A emoção e a contradição em realizar essas aventuras extremas é outro aspecto que atrai o interesse dos consumidores desses veículos, o que torna esses passeios mais exclusivos e peculiares.

Os bilionários e magnatas buscam experiências que vão além do comum, e embarcar em uma aventura subaquática é uma maneira de satisfazer essa demanda por exclusividade e que se relaciona diretamente com suas propriedades, os superiates.

 

Foto destaque: Submersível sendo lançado por uma equipe para uma operação no oceano. Reprodução/flickr/Pat Greene, Hawaii Pacific University/Northwestern Hawaiian Islands Expedition 2003

Sphere Las Vegas inaugura com espetáculo de U2 altamente tecnológico

A banda irlandesa U2 foi a atração principal na inauguração da Sphere Las Vegas, uma arena multiuso, na noite de sábado (30). A estrutura, propriedade da Madison Square Garden Entertainment Corp., custou cerca de US$ 2 bilhões, com capacidade para até 20 mil espectadores.

Investimento bilionário

A Madison Square Garden Entertainment Corp. desembolsou uma quantia grande para a construção da arena, que demorou quatro anos para ser concluída. A capacidade do local é para 17,6 mil pessoas sentadas e 20 mil em pé. A estrutura possui 100 metros de altura e 150 metros de diâmetro, revestida por uma tela de LED de 16K que cobre toda a superfície externa, tornando-a a maior do mundo nessa categoria. Este investimento faz da Sphere Las Vegas o palco de entretenimento mais moderno da atualidade.

Tecnologia e inovação

Concebida para ser um espaço versátil, a arena pode receber uma variedade de eventos, como shows, esportes, conferências e exposições. Equipada com recursos tecnológicos avançados, proporciona experiências imersivas e interativas ao público. Além disso, oferece efeitos 4D, como vento, chuva, fogo e cheiros, criando um ambiente empolgante para os espectadores. A realidade aumentada também está presente, permitindo que os fãs usem seus smartphones para interagir com os elementos do show, como a tela de LED e os efeitos 4D.

A inteligência artificial desempenha um papel crucial na personalização da experiência do espectador, analisando dados como histórico de compras e preferências musicais para criar um ambiente único para cada indivíduo.

O show de inauguração do U2 deu início à série de espetáculos que acontecerão no local até o final de dezembro. Vídeos da apresentação da banda viralizaram nas redes sociais, dando uma amostra do que os espectadores podem esperar daqui para frente.


Veja trechos do show do U2 no Sphere Las vegas (Vídeo: reprodução/YouTube/John Loughney)


Futuro promissor

Com eventos futuros já agendados, como apresentações de Lady Gaga e The Weeknd, além de jogos da NBA e lutas de UFC, a Sphere Las Vegas se posiciona como um marco no cenário de entretenimento global. O custo total do projeto, avaliado em US$ 2,3 bilhões, antecipa uma nova era para o mercado de grandes eventos e festivais, prometendo mudanças significativas com o auxílio da tecnologia de ponta. A empresa Sphere Entertainment Company, liderada pelo empresário James Dolan, cria assim um novo patamar para a indústria do entretenimento.

 

Foto Destaque: U2 em apresentação histórica no Sphere Las Vegas. Reprodução/Stufish Entertainment Architects/Brooklin Vegan

iPhone 15 alavanca vendas e renova otimismo da Apple

A gigante tecnológica Apple desfrutou de uma recepção calorosa com o lançamento do iPhone 15 em 12 de setembro de 2023. Segundo o banco de investimentos Wedbush Securities, nas primeiras 72 horas pós-lançamento, a nova adição ao legado da Apple vendeu 10 milhões de unidades, marcando um aumento de 15% em relação ao lançamento do iPhone 14.

Com a Samsung e Xiaomi intensificando a competição, os números refrescantes fortalecem a posição da Apple no mercado. O iPhone 15 vem carregado com inovações: design rejuvenescido, sistema de câmera aprimorado e um processador mais robusto, possivelmente contribuindo para o desempenho destacado nas vendas.

Estratégia de preços

Os preços do iPhone 15 começam em R$ 7.299, com as variações Plus, Pro e Pro Max disponíveis a partir de R$ 8.299, R$ 9.299 e R$ 10.999, respectivamente. Em contraste, o preço inicial do iPhone 14 é de R$ 5.999, demonstrando um salto significativo na faixa de preço.

A ascensão nas vendas pode ser atribuída não apenas aos avanços tecnológicos, mas também a uma aparente amenização na escassez de chips que havia afligido a indústria em 2022.


Compare as melhorias do Iphone 15 em relação a sua versão anterior (Vídeo: reprodução/YouTube/Matheus Kise)


Demanda em alta

Nos Estados Unidos, a demanda pelo iPhone 15 excedeu a do seu antecessor. Informações da Counterpoint Research ilustram que a espera pela entrega do modelo básico aumentou de seis para dez dias. A versão Pro Max viu uma espera estendida de 39 para 48 dias, um indicativo de sua popularidade.

A Apple introduziu características inéditas como a entrada USB-C, acabamento em titânio e o novo processador A17 Pro, exclusivo dos modelos premium, que parecem ter impulsionado a demanda.

Resposta global positiva

Além dos EUA, a China, segundo maior mercado da Apple, também observou um crescimento substancial na demanda pelo iPhone 15. Surpreendentemente, a proibição de uso do aparelho em algumas instalações governamentais não diminuiu o entusiasmo dos consumidores chineses, nem o lançamento do Huawei Mate 60 Pro 5G impactou negativamente.

Especialistas, como Ming-Chi Kuo e Archie Zhang, evidenciam que a lealdade dos consumidores e a inovação contínua mantêm a Apple em uma posição forte no mercado global, apesar das adversidades e competição crescente.

 

Foto Destaque: Modelos do novo produto da Apple. Reprodução/Divulgação Apple/Meu Device