Carsome busca lucratividade diante da intensa concorrência asiática

Eric Cheng, CEO da Carsome, espera alcançar o ponto de equilíbrio financeiro ainda este ano e vislumbra um lucro em 2024. A projeção foi feita enquanto o líder da primeira startup unicórnio de tecnologia da Malásia se ajusta a um cenário econômico menos favorável, marcado por taxas de juros elevadas e o risco de recessão.

Ajustes na estratégia e busca pelo lucro

Depois de oito anos apostando em crescimento acelerado, a empresa muda de estratégia. “Diminuímos o ritmo de crescimento para focar na margem de lucro“, informou Cheng na Forbes Global CEO Conference em Cingapura. Esse novo foco envolve aperfeiçoar a comissão de transações, otimizar preços, mão de obra e estratégias de marketing.

O principal motor financeiro da Carsome é o segmento de varejo que oferece carros recondicionados e serviços associados, como financiamento e seguros. Lançado há três anos, esse negócio contribuiu com 35% da receita da empresa em 2022, totalizando US$ 1,5 bilhão. A margem desse setor chega a 13%, destacou o CEO.


Conheça melhor a história da empresa (Vídeo: reprodução/YouTube/CARSOME Malaysia)


Concorrência no mercado asiático

Enquanto busca rentabilidade, a Carsome enfrenta concorrência acirrada no comércio eletrônico de automóveis do Sudeste Asiático. Presente em países como Malásia, Indonésia e Filipinas, a plataforma se posiciona como a maior em receita e volume de transações da região. Em um ano, a Carsome comercializou mais de 150 mil veículos, representando 3% do mercado eletrônico de automóveis usados.

No entanto, a empresa não está sozinha. A Carro, sustentada pelo SoftBank Vision Fund 2, se destaca como uma competidora direta, atuando em nações semelhantes e até no Japão. A plataforma reportou receitas superiores a US$ 800 milhões no último ano fiscal, com a venda de mais de 120 mil carros.

Cheng concluiu, ressaltando a singularidade da Carsome: “Nossa liderança em volume de transações mostra nossa capacidade de expandir operações de um país para outro. Ninguém na região atinge nosso tamanho de transação, graças ao nosso conhecimento especializado e estratégias eficazes.

 

Foto Destaque: O CEO da Carsome, Eric Cheng. Reprodução/Forbes/Forbes

Avanço na detecção de autismo: app de análise de expressões faciais mostra resultados promissores

Um importante avanço no diagnóstico precoce do autismo foi anunciado por cientistas da Duke University, localizada na Carolina do Norte. Eles desenvolveram o aplicativo “SenseToKnow”, que tem o objetivo de alertar os pais sobre a possibilidade de seus filhos serem diagnosticados com autismo, e a notícia promissora é que o teste é concluído em questão de minutos, com uma precisão de 88%.

O SenseToKnow funciona analisando as expressões faciais das crianças enquanto elas assistem a um vídeo de seis minutos. Esse vídeo contém cenas que incluem bolhas, uma imagem de uma raposa mostrando a língua e crianças brincando. As expressões faciais das crianças são monitoradas atentamente durante esse período.


O funcionamento do app “SenseToKnow” da Duke University. (Vídeo: reprodução/YouTube/Duke Sense to Knoe Study)


Estudo

Se o aplicativo detectar um “alto risco” de autismo, ele orienta os pais a procurarem um pediatra para uma avaliação mais aprofundada. Embora o aplicativo já esteja disponível na App Store, os pais só podem utilizá-lo depois de obterem autorização da equipe de pesquisa.

O Dr. Geraldine Dawson, que liderou o estudo, explicou que o aplicativo estava em fase de pesquisa e que somente os pais que participavam dos estudos poderiam baixá-lo e utilizá-lo. Ele também mencionou que, no futuro, imaginavam que os pais seriam capazes de fazer o download do aplicativo em seus smartphones ou tablets e administrá-lo em casa para seus filhos.

O estudo que fundamentou o desenvolvimento do SenseToKnow foi publicado na revista Nature Medicine e recebeu apoio dos Institutos Nacionais de Saúde (NIH). Nele, 475 crianças com idades entre 17 meses e três anos usaram o aplicativo durante uma consulta médica, onde suas expressões foram monitoradas e analisadas.

 

Resultados

Das crianças participantes do estudo, 49 foram posteriormente diagnosticadas com autismo, o que representa 10,3% do grupo. A ferramenta conseguiu identificar corretamente o autismo em 87,8% dessas crianças. No caso das 426 crianças que não tinham autismo, o SenseToKnow alcançou uma taxa de precisão de 80,8%.

O NIH relatou que as crianças que obtiveram resultado positivo para o Transtorno do Espectro Autista (TEA) no aplicativo tinham uma probabilidade de 40% de serem diagnosticadas com a doença, em comparação com uma taxa de 15% para crianças com resultado positivo usando a pesquisa parental padrão. A probabilidade aumentou para 63,4% quando o aplicativo e a pesquisa foram combinados.

Os resultados desse estudo foram consistentes entre meninos e meninas, bem como em crianças de todas as etnias, representando um avanço promissor no diagnóstico precoce do autismo e na detecção de casos em idade precoce.

 

Foto Destaque: criança com tablet na mão. Reprodução/Correio Braziliense

Salmão vegano impresso em 3D chega aos mercados da Europa

A startup de tecnologia alimentar Revo Foods tornou-se a primeira empresa com licença para vender filés de salmão veganos impressos em 3D em mercados da Europa, um passo significativo para a indústria de alimentos produzidos por impressoras 3D. 

Embora esse tipo de alimento ainda não seja amplamente difundido, a Revo Foods está buscando mudar esse cenário, oferecendo seus produtos em alguns locais de Viena, na Áustria, além de disponibilizá-los através de uma loja online que atende a maioria dos países europeus.


Publicidade do “/Filet”/, o salmão vegano 3D da Revo Foods. (Foto: reprodução/Folha UOL)


Salmão 3D

O CEO da Revo Foods, Robin Simsa, explicou que o filé de salmão vegano apresenta textura e camadas visíveis, e proporciona um sabor semelhante ao peixe real, embora não seja idêntico 100%, como é o caso de outras alternativas à carne.

Atualmente, o produto é vendido por 7 euros, aproximadamente R$ 38, por uma porção de 130 gramas. Simsa prevê que o preço poderá diminuir à medida que a empresa automatizar mais etapas do processo, indo além da impressão 3D e possibilitando a produção em maiores volumes

Alimentos por impressão 3D

Essa conquista representa um avanço notável para a incipiente indústria de alimentos alternativos produzidos por impressão 3D, que está explorando diversas combinações de ingredientes e tecnologias visando a criação de produtos ecologicamente sustentáveis. 

No caso da Revo Foods, sua impressora 3D utiliza camadas de “microproteínas” feitas de raízes de cogumelos e gorduras vegetais para reproduzir a textura do salmão verdadeiro. Algumas startups estão desenvolvendo opções à base de plantas, enquanto outras estão cultivando células de peixes em laboratório.

O mercado de peixes e frutos do mar veganos atraiu um investimento de mais de US$ 400 milhões em startups nos últimos anos, sendo que a Revo Foods recebeu US$ 7 milhões desse montante. No entanto, até o momento, nenhuma empresa alcançou um sucesso significativo nesse campo.

Foto Destaque: Salmão da Revo Foods sendo impresso. Reprodução/UOL

Novos scanners prometem revolucionar medicina com varreduras do corpo em apenas 5 minutos

Os scanners PET-CT são uma enorme evolução para a medicina, permitindo diagnósticos mais rápidos e precisos ao detectar tumores e anormalidades durante seu desenvolvimento. Essas máquinas tecnológicas extremamente avançadas podem realizar uma varredura completa do corpo em apenas um minuto para uma criança e cinco minutos para um adulto.

Esses scanners também apresentam uma forte redução da exposição à radiação durante os procedimentos de diagnóstico, minimizando os riscos associados à exposição excessiva, principalmente em exames que precisam ser repetidos ao longo do tempo. Eles também possuem um equilíbrio fundamental entre a obtenção de imagens de alta qualidade e a proteção da saúde dos indivíduos, tornando-os uma opção mais segura e confiável para diagnósticos médicos essenciais.

 

Benefícios para a medicina brasileira

A introdução desses scanners no cenário médico brasileiro representa um marco significativo para a saúde da população. Essa tecnologia também beneficia os pacientes com sua rapidez e precisão no diagnóstico de doenças como o câncer e podem levar a tratamentos mais eficazes e melhores resultados para os pacientes.

A detecção rápida de problemas de saúde reduz significativamente os custos de tratamento a longo prazo, diminuindo o custo para o sistema de saúde público. Em um país com um território extenso como o Brasil, a capacidade dos scanners de realizar varreduras em minutos também pode ajudar e permitir que pacientes que vivem em áreas remotas, tenham acesso a esse tipo de diagnósticos o tornando mais acessível.


Médico verificando exames feitos em máquina de análise do corpo humano (Foto: reprodução/Mart Production/Pexels)


Impacto e opinião dos especialistas

O oncologista Sam Godfrey, da Cancer Research UK, demonstrou entusiasmo em relação a essa tecnologia, afirmando que ela marca uma era de revolução para a compreensão do impacto do câncer no corpo como um todo. Godfrey ressaltou que essa inovação tem o potencial de revolucionar o diagnóstico e tratamento do câncer, representando um avanço expressivo para a medicina.

No Reino Unido, há cerca de 70 scanners PET-CT do modelo antigo, porém esses aparelhos têm suas limitações, pois só podem analisar partes específicas do corpo, com um limite de área de 20 centímetros, resultando em varreduras mais longas, levando 20 minutos para adultos e 10 minutos para crianças concluírem os exames. Esse formato ressalta a necessidade de avanços tecnológicos na área de diagnóstico médico, visando tornar os procedimentos mais eficientes e acessíveis para o público geral.

Foto destaque: Máquina de análise do corpo humano. Reprodução/Mart Production/Pexels

Busca por cancelamento de assinatura da Netflix aumenta em 78%, segundo estudo

Uma pesquisa recente feita pela agência brasileira de inteligência Tunad revelou que as buscas por cancelamento de assinatura da Netflix cresceram 78% após o serviço de streaming revelar que o compartilhamento de senhas passaria a ser limitado, com uma taxa extra de R$ 13 por usuário adicional.

Entenda o que motivou as restrições

A medida foi tomada inicialmente como forma de ampliar os lucros do serviço, que passa por dificuldades financeiras há algum tempo, além de fidelizar a base de usuários atual. 

Não é um movimento inesperado, tendo em vista que a gigante vermelha já vem precisando inovar e mudar sua estratégia de mercado desde o surgimento de outros serviços de streaming. A empresa também é conhecida por cancelar prematuramente séries que não estão fazendo o sucesso de audiência esperado, de forma a cortar os custos de produção.

Análise do mercado brasileiro de streaming

O estudo da Tunad não foi feito inteiramente em cima da Netflix, abrangendo também outros serviços de streaming que oferecem seus serviços aqui no Brasil, como a Amazon Prime Video e o Globoplay. A partir de uma análise de mercado, chegou-se à conclusão de que sempre que um desses serviços anuncia um aumento de preços, um número proporcionalmente maior de pessoas começa a cancelar suas assinaturas em resposta. 


Homem segurando controle enquanto se prepara para assistir um filme na Netflix (Foto: reprodução/afra32/Pixabay)


O Globoplay, por exemplo, anunciou um reajuste em sua assinatura em janeiro de 2023, que resultou em um aumento de 26% sobre pesquisas de como cancelar o serviço. Na mesma época, por outro lado, o Prime Video experienciou uma queda de 42% e a Netflix um aumento de apenas 3%. 

Mas alguns meses depois, quando a Netflix anunciou em maio que cobraria uma taxa adicional por usuários compartilhando a mesma conta na plataforma, o aumento nas buscas por cancelamento aumentou drasticamente. O Prime Video, que na época também havia anunciado um novo reajuste de preços, viu um aumento de 65% nas buscas por cancelamento, enquanto o Globoplay apresentou uma queda de 7%. 

Amplas opções pode ser a causa

Enquanto uma ampla variedade de opções pode ser positivo para o consumidor, tendo em mente que a competitividade gera excelência e estimula as empresas a oferecerem serviços cada vez melhores, nem sempre isso é algo positivo. 

Segundo Ricardo Monteiro, COO da Tunad, o aumento recorrente nas pesquisas por cancelamento de assinatura está enraizado na ampla diversidade de plataformas que existem hoje em dia. 

“O brasileiro médio não consegue sustentar mais do que dois a três serviços de streaming simultaneamente”, afirmou. Portanto, o aumento nos custos do serviço pode gerar churn — métrica que mostra o número de clientes que cancelam um serviço em determinado período de tempo —, por conta das condições financeiras do país. 

Esse problema se torna ainda mais exacerbado em nossa realidade atual, onde filmes, séries, documentários e desenhos estão espalhados entre as diversas plataformas que existem, diferente da consolidação anterior apresentada pela Netflix.

 

Foto destaque: Escritório da Netflix em Los Angeles. Reprodução/Unsplash/Cameron Venti

Dell aposta em IA para impulsionar crescimento

A Dell Technologies está apostando na inteligência artificial (IA) para impulsionar seu crescimento. A empresa, que já foi dominante no mercado de PCs, está reinventando seu foco estratégico para a divisão responsável por servidores, armazenamento de dados e outras infraestruturas de escritório. No entanto, apesar da alta demanda por IA, números divulgados pela Dell sugerem que o impacto nas receitas pode levar mais tempo para se materializar.

Dell vê IA como motor de crescimento, mas receita é abaixo das expectativas

A Dell, anteriormente dominante no mercado de PCs, vê agora o setor de servidores e data centers como seu principal motor de crescimento, com expectativa de crescimento de 7% nos próximos anos. Essa projeção é parcialmente impulsionada pela Inteligência Artificial e servidores equipados com processadores gráficos da Nvidia.


Yvonne McGill, Diretora Financeira e VP Executiva da Dell, anunciou no blog da Dell expectativa de crescimento da receita da empresa entre 3% e 4%, abaixo do esperado por investidores. (Foto: Reprodução/dell.com)


Publicado em 5 de outubro de 2023, um comunicado da Dell Technologies revela uma expectativa de crescimento anual composto da receita entre 3% e 4%, números que frustraram investidores dado o crescimento do mercado de IA. 

A empresa também tem mais de $2 bilhões em pedidos pendentes para servidores voltados para IA, reforçando a aposta no setor.

Mudanças na liderança executiva da Dell em 2023

Em julho, a Dell anunciou a saída do seu co-diretor de operações, Chuck Whitten, que havia assumido o cargo em 2021. Jeff Clarke permanece como único diretor de operações da empresa. 


Chuck Whitten publicou sobre sua saída da Dell em agosto no Linkedin, apenas dois anos após ter assumido o cargo. Na terça-feira (3), a Diretora Global de Canais Rola Dagher também anunciou sua saída da empresa. (Foto: Reprodução/Linkedin/chuckwhitten)


As cargas de trabalho de IA são muito diferentes das aplicações tradicionais. As cargas de trabalho da IA generativa, em particular, exigem uma grande quantidade de processamento de dados em paralelo. Por isso, acreditamos que a IA vai expandir o mercado de tecnologia, com o mercado de hardware e serviços de IA projetando um crescimento de 18% ao ano nos próximos anos, para aproximadamente US$ 124 bi“, escreveu Clarke na quarta-feira (5), no blog da Dell.

Neste ano, outras mudanças na liderança executiva da Dell incluem a saída da Diretora Global de Canais Rola Dagher, anunciada na terça-feira (3), e a aposentadoria de Tom Sweets, substituído em março por Yvonne McGill, atual Diretora Financeira e Vice-Presidente Executiva.

Empresa anuncia recompras de ações e aumento de dividendos

Para apoiar seu crescimento, a Dell planeja recomprar mais US$ 5 bilhões em ações e espera aumentar seu dividendo trimestral em 10% ou mais anualmente até o ano fiscal de 2028. Estes planos vêm após a empresa ter realizado cortes de custos que resultaram na demissão de mais de 6.650 mil funcionários em fevereiro, cerca de 5% da sua força de trabalho.

Apesar dos desafios, as ações da Dell subiram 65% em 2023, recuperando-se de uma queda de quase 30% em 2022.

 

Foto destaque: com queda nas vendas de computadores pessoais após a pandemia, Dell tenta se firmar no mercado de servidores e infraestrutura para IA. Reprodução/dell.com.

Fed ressalta a importância de investimentos bancários para prevenir ataques cibernéticos

O vice-presidente da área de Supervisão do Federal Reserve (Fed, o sistema de bancos centrais dos Estados Unidos), Michael Barr, constatou nesta quinta-feira (05) a importância dos investimentos para os bancos na área de cibersegurança com o objetivo de prevenir e contestar os ataques cibernéticos que vêm aumentando nos últimos anos.

Práticas e meios para evitar os ataques

Durante sua participação em uma conferência sobre cibersegurança organizada pelo Federal Reserve (Fed) em Cleveland, Barr destacou a importância da cooperação entre as autoridades e o setor privado para a prevenção de ameaças e ataques cibernéticos. Ele enfatizou a necessidade de construir sistemas resistentes para enfrentar esses riscos e evitar potenciais falhas. Além disso, Barr destacou a prática de realização de testes para identificar e corrigir as possíveis vulnerabilidades dos sistemas, enfatizando a importância de manter a integridade da segurança cibernética.

Os ataques cibernéticos têm se tornado uma ameaça cada vez mais comum e perigosa. O Brasil é o segundo país da América Latina mais atingido por ataques, sofrendo 23 bilhões de tentativas só nos primeiros seis meses de 2023. No entanto, a sofistificação dos sistemas e da tecnologia tem contribuído para a retenção desses ataques com dados indicando uma melhora em relação ao primeiro semestre do ano passado.


Tela de computador com informações avançadas (Foto: reprodução/Tima Miroshnichenko/Pexels)


Aumento da procura por hackers do bem

A procura por profissionais que protegem sistemas comumente chamados de “hackers do bem” tem aumentado e bancos e empresas com forte presenças digitais têm se interessado e buscado cada vez mais os serviços desses profissionais. Esses hackers atuam em conjunto com equipes de segurança cibernética de empresas e instituições em busca de falhas nos sistemas para prevenir e dificultar esses ataques.

Michael Barr também ressaltou a constante evolução das tecnologias, apontando para oportunidades e desafios específicos com essa transformação. Ele destacou a crescente relevância da inteligência artificial generativa na economia, ressaltando seu potencial positivo se utilizado da maneira correta. Contudo, Barr também alertou sobre a possibilidade do uso prejudicial dessa tecnologia onde alguns indivíduos podem utilizá-la para cometer crimes cibernéticos, enquanto outros a utilizam para combater essas ameaças.

 

Foto destaque: Pessoa digitando no teclado do computador. Reprodução/Freepik

China prepara missão lunar inédita para 2024

A China anunciou planos para uma missão lunar inédita, programada para o próximo ano. Esta missão, chamada de Chang”/e-6, visa coletar as primeiras amostras do lado oculto da lua. Este anúncio, feito na última quinta-feira (05), vem como parte das ambições crescentes de Pequim no espaço. O objetivo é intensificar a exploração lunar e construir uma estação internacional de pesquisa na Lua nesta década.

Avanços na preparação da missão

A Administração Espacial Nacional da China (CNSA) informou que os preparativos para a Chang”/e-6 estão progredindo bem. Um satélite retransmissor, que acompanhará a missão, deve ser lançado no primeiro semestre de 2024. A CNSA também antecipou sua missão Chang”/e-8 para 2028. Esta decisão foi revelada durante o Congresso Astronáutico Internacional, realizado em Baku, Azerbaijão.

Colaboração internacional ampliada

Com a expedição planejada para 2028, a China busca colaborações de “nível de missão” com outros países e organizações. A proposta inclui trabalhar em conjunto no lançamento e operação de naves espaciais, interações entre espaçonaves e exploração conjunta da superfície lunar. Esta colaboração também abrirá espaço para 200 quilogramas de cargas científicas estrangeiras na missão. Parceiros internacionais terão a oportunidade de conduzir pesquisas lunares em associação com a China.


Missão chinesa na lua visa coleta de dados para possível exploração (Vídeo: reprodução/YouTube/Além da Astronomia)


Planos extensivos para o futuro

Os esforços da China no espaço já renderam marcos considerados impressionantes. Em 2019, o país enviou um veículo espacial para o lado oculto da lua. Em seguida, completou a construção de sua estação espacial orbital Tiangong e anunciou planos de enviar uma missão tripulada à lua até 2030. Além dessas iniciativas, Pequim espera coletar dados valiosos das próximas missões para construir uma estação de pesquisa permanente no pólo sul lunar até 2040.

Competição e cooperação global

A competição espacial global se intensifica à medida que várias nações buscam benefícios científicos, prestígio nacional e acesso a recursos lunares. No mês passado, a Índia pousou sua nave espacial Chandrayaan-3 na lua. Já os Estados Unidos aceleram seu programa lunar visando levar astronautas à lua em 2025. Ambos os países, juntamente com a China, reconhecem a importância da colaboração internacional em seus respectivos programas espaciais.

 

Foto Destaque: representação da missão Chang’e-6 no lado oculto da lua. Reprodução/China National Space Administration/CNN

Jornalista do Estadão sofre ataque hacker após polêmica

A editora-executiva de Política do Estadão, Andreza Matais, teve sua conta no portal Gov.br comprometida por hackers na noite de quarta-feira, 4 de outubro. Esta invasão aconteceu logo após a publicação de uma reportagem controversa envolvendo o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e decisões financeiras relacionadas à Argentina.

Consequências da publicação

A reportagem em questão abordava a suposta interferência do presidente Lula na liberação de um empréstimo para a Argentina. Entretanto, o Palácio do Planalto e a ministra do Planejamento, Simone Tebet, desmentiram rapidamente as informações. Com o desenrolar da situação, Andreza foi alvo de críticas nas redes sociais, tendo, inclusive, sua conta no site Gov.br invadida e ameaçada de exposição de seus dados fiscais.


Simone Tebet, ministra do Planejamento, desmente notícia do Estadão (Vídeo: reprodução/YouTube/TV Fórum)


Governo reage

Paulo Pimenta, ministro da Secretaria de Comunicação da Presidência, expressou repúdio ao ato e garantiu que a Polícia Federal seria acionada para investigar o caso. “Nenhum jornalista e nenhum cidadão deve ser vítima desse tipo de ação”, ressaltou. A Associação Nacional de Jornais (ANJ) também se manifestou, exigindo a investigação da invasão e condenando ataques à imprensa.

Verdades e desmentidos

A polêmica surgiu quando o Estadão publicou que o presidente Lula teria interferido diretamente na liberação de um empréstimo de US$ 1 bilhão à Argentina. Contudo, informações oficiais apontam que essa decisão foi tomada pela diretoria do Banco de Desenvolvimento da América Latina, composta por países membros. A votação ocorreu em 28 de julho, tendo 19 aprovações dos 21 votos possíveis. O Brasil, com um voto, não teve influência decisiva na liberação do valor.

Desfecho e implicações futuras

A situação tornou-se ainda mais tensa com a reação da jornalista nas redes sociais. Em meio a discussões, Andreza expôs o salário de George Marques, assessor da Secretaria de Comunicação Institucional da presidência. Esta ação gerou ainda mais críticas à postura da editora-executiva do Estadão. As investigações em curso buscarão esclarecer e responsabilizar os envolvidos no ataque hacker.

 

Foto Destaque: Andreza Matais em apresentação de vídeo no jornal Estadão sobre a Reforma da Previdência. Reprodução/Estadão

Meta AI é treinado com dados de usuários do Facebook e Instagram

Em entrevista à Reuters, o presidente de assuntos globais da Meta, Nick Clegg, disse que a empresa usa dados do Facebook e Instagram no Meta AI. Ele negou que chats e outros conteúdos compartilhados apenas com amigos e familiares sejam usados. Meta e OpenAI enfrentam processos por violação de direitos autorais e uso de dados públicos em seus modelos de inteligência artificial.

Meta nega a utilização de dados privados em novo assistente

Durante a conferência Meta Connect, em 27 e 28 de setembro, Nick Clegg, presidente de assuntos globais da Meta, discutiu questões relacionadas à privacidade, direitos autorais e segurança no treinamento do novo assistente de IA da empresa. 

Segundo Clegg, a Meta utilizou dados de postagens do Facebook e Instagram para o treinamento dos modelos do Meta AI, seu novo assistente de IA. No entanto, chats e dados privados não foram usados no treinamento dos modelos.


No Fórum da Democracia de Atenas, em 28 de setembro, Clegg afirmou que a regulamentação sempre vem atrás da indústria. Meta enfrenta processos de direitos autorais. (Foto: Reprodução/atticanews.gr)


Clegg também disse esperar “muitas disputas legais” pelo uso de materiais protegidos por direitos autorais no treinamento dos modelos. 

Meta enfrenta processos de direitos autorais no treinamento do Llama

Em julho, Sarah Silverman, Christopher Golden e Richard Kadrey processaram a Meta por violações de direitos autorais, acusando a empresa de usar seus livros para treinar o Llama. 

No mês passado, a defesa da Meta afirmou em tribunal que os autores não conseguiram provar que o texto gerado pelo modelo é semelhante às obras, e pediu o arquivamento do processo. 

A defesa da Meta também afirma que o uso de dados públicos para treinar modelos de IA não é ilegal, dizendo que os autores não compreenderam o escopo dos direitos autorais. Segundo a Meta, o uso das obras em treinamentos de IA é um “uso justo quintessencial”.

Outro grupo de escritores, incluindo Michael Chabon, David Henry Hwang, Matthew Klam, Rachel Louise Snyder e Ayelet Waldman, entrou com uma ação coletiva semelhante contra Meta e OpenAI em setembro.

Assistente de IA não tem previsão de chegada ao Brasil

O Meta AI, lançado em 27 de setembro nos EUA e sem previsão de chegada ao Brasil, está disponível em fase beta no WhatsApp, Messenger e Instagram e chegará em breve aos óculos de realidade virtual Ray-Ban Meta e ao Quest 3. 


O presidente da Meta, Nick Clegg, usando um dos óculos de realidade virtual da empresa no Meta Connect. (Foto: Reprodução/X/@nickclegg)


Utilizando o Llama 2, modelo lançado em julho, e um novo modelo multimodal chamado Emu, o assistente oferece geração de imagens realistas e informações em tempo real, graças à integração com o Bing da Microsoft.

 

Foto destaque: Nick Clegg, presidente da Meta, negou que sejam utilizadas conversas e dados privados no novo Meta AI. Reprodução/Facebook/CGTNGlobalBusiness.