Axiom Space anuncia parceria com Prada para a criação de novo traje espacial

Em anúncio surpreendente, a Prada — uma das marcas de moda mais famosas da Itália — recentemente informou ao público de sua nova parceria com a Axiom Space para desenvolver os novos trajes espaciais que serão usados pelos astronautas na missão Artemis III, cujo objetivo é levar a humanidade à Lua uma vez mais. Segundo o anúncio, a ideia é que a marca de luxo participe e auxilie no processo de design do traje, buscando criar uma vestimenta elegante e confortável. 

Sobre a missão Artemis III

A missão lunar Artemis III, que foi inicialmente idealizada em 2017 como Exploration Mission-3 antes de ser rebatizada ao ter seus parâmetros alterados, pretende levar a humanidade de volta para a Lua. Em parceria com empresas privadas que vieram a alcançar renome no setor durante os últimos anos, a Nasa pretende realizar o lançamento até dezembro de 2025, após uma série de atrasos na construção do foguete que fará a viagem.

E embora a jornada até o solo lunar ainda esteja comparativamente distante para nós, os preparativos já estão sendo feitos de antemão. 

Axiom Space e a parceira com a Prada

Financiar um programa espacial do porte necessário para lançar um foguete até o satélite natural orbitando nosso planeta não é uma tarefa fácil, principalmente com os cortes que o orçamento da Nasa sofreu ao longo das décadas, desde o auge da corrida espacial na década de 70. Entre construir o veículo responsável pela viagem, treinar os astronautas que farão parte da equipe e uma miríade de outras responsabilidades, é impossível que a agência americana consiga fazer tudo sozinha.

Em busca de tornar essa tarefa algo mais concreto, a Nasa entrou em parceria com a Axiom Space — uma empresa privada com raízes no Texas e que pretende ser dona da primeira estação espacial comercial até 2025 —, para cuidar do desenvolvimento do traje que os astronautas irão usar durante a missão. Esta, por sua vez, agora  anunciou uma parceria com a Prada, que irá cuidar dos detalhes de design e conforto do equipamento. 


Protótipo inicial do AxEMU, traje espacial da Axiom Space, inicialmente revelado em 2022 (Foto: Reprodução/Axiom Space)


A experiência da Prada com materiais, técnicas de fabricação e conceitos inovadores de design vão garantir não apenas o conforto dos astronautas na superfície lunar, mas também outros fatores humanos extremamente importantes e que, até então, estavam ausentes nos antigos trajes espaciais”, afirmou Michael Suffredini, CEO da Axiom Space, durante comunicado sobre a parceria.

A ideia é que engenheiros e especialistas em design da marca de grife italiana trabalhem em conjunto com a equipe de Axiom Space para desenvolver o novo traje espacial, acompanhando o processo de desenvolvimento de modo a auxiliar os materiais corretos, bem como definir as características necessárias de uma vestimenta que será usada em solo lunar, podendo enfrentar os desafios que uma missão desse porte proporciona, mas sem sacrificar o conforto dos astronautas. 

Os novos trajes devem oferecer uma maior flexibilidade ao corpo, além de proteção aprimorada ao ambiente hostil da Lua. Além do mais, também contarão com ferramentas apropriadas para uma exploração científica mais aprofundada enquanto a equipe estiver pousada no satélite natural.

A missão Artemis III deve ser presumivelmente lançada até 2025, mas existe a possibilidade dela ser adiada novamente devido aos problemas enfrentados pela SpaceX — outra parceira da Nasa nessa empreitada — para finalizar a construção do foguete Starship, responsável pelo lançamento.

Foto destaque: Jim Stein, engenheiro-chefe da Axiom Space, demonstrando o protótipo do novo traje espacial feito pela empresa. Reprodução/Associated Press/David J. Phillip

Google cria política para proteger seus usuários que utilizam IA generativa

Nesta última quinta-feira (12), a empresa multinacional de softwares e serviços online Google abordou o assunto de direitos autorais relacionados a inteligência artificial generativa. Ela prometeu colocar em prática uma nova política que irá defender usuários que utilizarem essa tecnologia em suas plataformas (como o Cloud e o Workspace) de sofrerem problemas com acusações de violação de direitos autorais.

Como funciona a inteligência artificial generativa

A inteligência artificial generativa é uma vertente da IA que engloba modelos computacionais capazes de criar dados novos e complexos que são indistinguíveis dos gerados por humanos. Esses modelos operam através do treinamento com grandes conjuntos de dados, aprendendo padrões, estilos e estruturas existentes, para posteriormente gerar novas instâncias que seguem esses padrões, sendo possível criar desde imagens e vídeos realistas até textos e músicas.

Um dos desafios que se apresenta é a questão dos direitos autorais, pois a originalidade das criações geradas por IA pode entrar em conflito com a autoria humana, trazendo à tona debates jurídicos e éticos relevantes. A nova política do Google é direcionada a softwares, abrangendo tanto o seu sistema Duet AI, que gera textos e imagens nos programas Google Workspace e Cloud, quanto a sua plataforma de desenvolvimento Vertex AI. No entanto, a empresa comentou que a política não se aplica aos usuários que intencionalmente criarem ou utilizarem o resultado gerado para infringir os direitos de outros autores e artistas.


Celular com diversos aplicativos da Google (Foto: reprodução/Czapp Árpád/Pexels)


Busca da empresa pelo equilíbrio legal

Com a aprovação dessa nova política, a Google reafirma a confiança nos usuários dentro de suas plataformas e também se coloca como um agente responsável e ético no campo da inteligência artificial. Essa nova medida também mostra a necessidade do balanceamento dessa inovação tecnológica com uma representação ética e legal, desse modo, criando um ambiente propício para o avanço sustentável da inteligência artificial generativa, demonstrando um alto compromisso com a integridade na evolução da IA.

Foto destaque: Tablet utilizando o sistema de busca Google. Reprodução/cottonbro studio/Pexels

Fabricadores de fake news utilizam IA para simular âncoras de TV

Usuários de mídia social têm, recentemente, manipulado a imagem e a voz de âncoras de notícias reconhecidas por meio de inteligência artificial (IA) para criar notícias falsas sensacionalistas. Tais práticas ocorreram de forma global e despertaram a atenção das autoridades, especialmente na véspera das eleições estadunidenses de 2024. Deepfakes de jornalistas consagrados, como Anne-Marie Green, da CBS, e Norah O’Donnell, foram usados em vídeos que apresentavam notícias fabricadas, mas convincentemente reais.

A TikToker Krishna Sahay empregou essa tecnologia para gerar notícias, ganhando notoriedade e causando controvérsias. Um dos seus vídeos deepfake acumulou mais de 300 mil curtidas no TikTok, superando amplamente os vídeos originais dos meios de comunicação.

O impacto dessas falsificações na percepção pública tornou-se um problema sério, especialmente porque as notícias falsas estão alcançando mais público do que as notícias verdadeiras nas plataformas sociais.

Desafio para as plataformas sociais

Empresas como TikTok e YouTube têm políticas contra deepfakes, mas a aplicação dessas regras tem sido um desafio. Enquanto algumas medidas foram tomadas para eliminar ou rotular conteúdo falso, a velocidade com que essas notícias falsas se espalham supera a capacidade de moderação das plataformas. Mesmo com políticas estritas, vídeos de Sahay, por exemplo, permaneceram facilmente acessíveis em diversas plataformas, mesmo após ser banido de algumas delas.

A porta-voz do TikTok Ariane Selliers, e a do YouTube, Elena Hernandez, ressaltaram que suas respectivas plataformas possuem políticas destinadas a conter a disseminação de conteúdos falsos e prejudiciais. Contudo, os esforços ainda são insuficientes para conter uma tendência crescente e potencialmente prejudicial de desinformação usando IA.


Saiba identificar e se prevenir de uma Deep Fake (Vídeo: reprodução/YouTube/Leandro Demori)


Impacto nas eleições e na sociedade

Com as eleições dos Estados Unidos se aproximando, especialistas e autoridades temem que essas práticas possam ser utilizadas de maneira mais direcionada e agressiva. Kevin Goldberg, especialista em Primeira Emenda do Freedom Forum, expressou preocupações sobre o uso de âncoras de notícias reais em campanhas de desinformação destinadas a influenciar os resultados eleitorais de 2024. O perigo de deepfakes é real e abrangente, atingindo personalidades como o ex-presidente Donald Trump e influenciadores digitais como Mr. Beast.

O professor Hany Farid, da Universidade da Califórnia Berkeley, destacou que os vídeos de âncoras de notícias são um meio particularmente eficaz de disseminar desinformação devido à confiança que os espectadores depositam nessas figuras públicas e nos formatos de notícias. Farid aponta a necessidade de uma resposta séria e medidas de proteção contra o uso não autorizado de imagens e vozes de indivíduos.

 

Foto Destaque: âncora de TV é usada para deepfake nos EUA. Reprodução/Getty Images/Forbes

Adobe lança Firefly, nova tecnologia de IA generativa para imagens

Há anos consagrada no mercado como uma das maiores desenvolvedoras de software para criação gráfica, a Adobe não pretende deixar a popularidade da inteligência artificial generativa passar batida. Na terça-feira (10), a empresa lançou um software inédito de geração de imagens baseado em IA, com a possibilidade de gerar imagens não apenas baseadas em um prompt textual, mas também através de outras fotos para criar imagens derivativas ao gosto do usuário. Essa novidade, batizada de “Adobe Firefly” pela desenvolvedora, chega em um momento crítico para a empresa, cuja base de clientes foi ameaçada pelo advento de tecnologias como o Midjourney e o Dall-e 2 da OpenAI, responsável por desenvolver o ChatGPT que popularizou a IA generativa. 

Sobre o Firefly

Dotado de recursos semelhantes a outros competidores, mas com algumas melhorias, o Firefly permite que o usuário selecione uma gama de imagens que servirá como base para edições futuras, alimentando o banco de dados da inteligência artificial. As imagens geradas artificialmente também podem ser alteradas através de prompts de texto feitos pelo usuário. 


Interface do Adobe Firefly sendo utilizado para criar uma imagem à partir de um prompt de texto feito pelo usuário (Foto: reprodução/Adobe)


O programa conta com uma gama variada de estilos artísticos que o usuário pode escolher na hora de criar novas imagens. Além disso, para evitar discussões éticas ou legais, a Adobe garante que a base de dados na qual o Firefly foi treinado para aprender a gerar essas imagens é inteiramente de domínio público, prevenindo possíveis discussões em tribunal por conta de direitos autorais, problema que muitos aplicativos de imagem geradas por IA estão enfrentando no momento.

Usos para o novo produto

De acordo com Ely Greenfield, diretor de tecnologia para mídias digitais da Adobe, a ideia da empresa é que seus clientes possam utilizar apenas algumas imagens de um produto ou personagem e, com a tecnologia da inteligência artificial generativa, gerar a partir delas centenas ou milhares de outras imagens derivativas para os mais variados propósitos: campanhas de marketing, comerciais, vídeos, divulgação em site e muito mais. 

“Até alguns meses atrás, esse era um processo bem manual, não apenas para tirar as fotos, como também para processá-las”, afirmou o diretor. 

Greenfield espera que uma parcela das fotografias feitas presencialmente se tornem digitais, geradas inteiramente a partir do computador. Mas isso não acaba com o papel da fotografia tradicional, que ainda será utilizada como base para ser editada posteriormente através da tecnologia generativa. 

Tendo sido liberado para usuários empresariais como parte do pacote Adobe Express, o programa já foi utilizado para gerar mais de três bilhões de imagens, segundo dados fornecidos pela Adobe. 

Foto Destaque: David Wadhwani, predisente da unidade de Mídia Digital da Adobe, durante a conferência Adobe Max em Los Angeles. Reprodução/divulgação/Adobe

Geração Z está mais propensa a cair em golpes online, revela pesquisa

De acordo com um relatório recentemente divulgado pela Deloitte, os membros da Geração Z (nascidos entre 1995 a 2010) correm mais riscos de cair em golpes que os Baby Boomers (nascidos entre 1945 a 1964). 

O relatório

Na contramão do que muitos internautas acreditam, o relatório afirma que a Geração Z está três vezes mais propensa a cair em golpes online que os Baby Boomers

Segundo a diretora da Deloitte, Tanneasha Gordon, o motivo para que isso aconteça é pela adaptabilidade dos golpes para afetarem mais pessoas dessas gerações, já que fazem parte do grupo que usam mais frequentemente as tecnologias. Por causa desse uso contínuo, esses usuários estão mais propensos e expostos a ataques cibernéticos. 

“As gerações mais jovens relatam taxas mais elevadas de vitimização em phishing, roubo de identidade, golpe de romance, incluindo cyberbullying”, informa o relatório. 

Para consolidar ainda mais o artigo, a “Vox” aproveitou para comparar e analisar o relatório desenvolvido pelo site investigativo de perfis de redes sociais, “Social Catfish”, em que revela que jovens com menos de 20 anos que caíram em golpes online geraram uma perda de US$ 8,2 milhões no ano de 2017, enquanto no ano de 2022 esse valor cresceu significamente, chegando a US$ 210 milhões. 


Geração Z corre mais riscos de cair em golpe online (Foto: reprodução/Portal FGV)


Dicas de segurança 

Embora várias pessoas acreditem que nunca cairão em golpes online, é muito importante se prevenir para que o risco seja cada vez menor. 

Tanneasha Gordon revela que algumas das dicas que vem dando a jovens consumidores é de habilitar a autenticação em dois fatores, a desativação de serviços que utilizam a localização dos usuários, além de desativar o rastreio de cookies

“Exclua as contas que não estiver usando, altere as senhas, pare de usar aplicativos que tenham preocupações com a segurança e não clique em todos os links que lhe forem enviados por mensagem de texto”, detalha Gordon. 

Além disso, usuários podem seguir outras importantes dicas, como a é de não compartilhar dados em redes sociais, senhas, dados de cartão ou dados pessoais; não acreditar em tudo o que veem na internet; pesquisar a idoneidade de sites e empresas; utilizar dispositivos seguros e ficar atentos a textos e links

Foto destaque: Geração Z estão mais propensos a cairem em golpes online que Baby Boomers. Reprodução/Olhar Digital

Elon Musk recebe alerta da UE sobre desinformações disseminadas no X

De acordo com uma carta, datada em 10 de outubro, que a agência de notícias “AFP” (Agence France-Presse) teve acesso, o comissário europeu do Mercado Interno, Thierry Breton alertou ao empresário Elon Musk que sua rede social X, anteriormente conhecida como Twitter, vem espalhando desinformações aos usuários sobre o recente ataque do Hamas à Israel. 

A carta 

De acordo com a carta, Breton afirma a Musk que a plataforma está disseminando conteúdos ilegais e desinformações na União Europeia (UE). Além disso, solicita que o empresário milionário responda às queixas sobre essas notícias falsas, sob pena de sofrer medidas alinhadas com as novas regras de conteúdo online que fazem parte da Lei de Serviços Digitais, na UE. 

“Após os ataques terroristas perpetrados pelo Hamas contra Israel, temos indícios de que sua plataforma está sendo usada para disseminar conteúdos ilegais e desinformação na União Europeia” afirmou Thierry Breton na carta enviada a Musk. “Portanto, convido você a garantir urgentemente que seus sistemas sejam eficazes e relatar à minha equipe as medidas de crise tomadas”, continuou. 

Embora tenha alertado Elon Musk sobre o que vem acontecendo na rede social X, o comissário europeu não deu detalhes sobre as postagens que vem trazendo essa desinformação aos usuários. 

Em resposta, Musk usou o próprio X para afirmar que as políticas de sua empresa prezam pela transparência e solicitou a Breton que liste todas as violações apontadas por ele para que o público também possa ter conhecimento de quais são.


Elon Musk responde Thierry Breton (Foto: reprodução/X/@elonmusk)


Postagens falsas 

Desde o início do ataque surpresa do grupo islâmico palestino Hamas a Israel vários internautas começaram a inundar as redes sociais com as chamadas fake news.

Na plataforma X, foi possível acompanhar alguns compartilhamentos de usuários sobre um suposto comunicado da Casa Branca à imprensa, informando que os Estados Unidos ajudaria Israel, após os ataques, com o envio de bilhões de dólares. 

Outra notícia falsa espalhada por meio da rede social, seria de que o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, teria sido hospitalizado.

A conta que disseminou as informações falsas, foi posteriormente suspensa.

Foto destaque: Rede social X é acusada de espalhar conteúdo ilegal e desinformação. Reprodução/Uol

CEOs e empreendedores discutem a relação entre inteligência emocional e artificial

Durante um encontro entre diversos CEOs e empreendedores, o cofundador da revista de tecnologia Wired no Reino Unido, David Baker, e o CEO da Stefanini Brasil, Marcelo Ciasca, abordaram o tema da inteligência emocional relacionada à inteligência artificial (IA).

Eles destacaram a dificuldade de tentar prever o futuro e o receio das pessoas com o incerto, o que faz com que a IA seja uma tecnologia muito temida e que ainda é muito questionada pelas pessoas.

Perspectivas precárias da IA

Marcelo Ciasca também enfatiza a importância da empatia humana, ele afirma que se colocar no lugar dos outros possibilita uma compreensão melhor e mais profunda dos problemas e das possíveis soluções para diferentes indivíduos ao contrário da capacidade da inteligência artificial “Temos esse dom e precisamos explorá-lo da melhor forma”, diz Marcelo Ciasca.

Outro ponto fortemente reforçado foi a necessidade de resiliência diante das incertezas da inteligência artificial, reforçando também a importância da adaptação e interação do público a novas tecnologias e do aprendizado e esforço necessários para empregar estas tecnologias, ao mesmo tempo que compreendemos que não obteremos respostas imediatas para todas as dúvidas, será um percurso que a humanidade irá percorrer e amadurecer com o decorrer do tempo e seu desenvolvimento.


Aparelho robotico entregando caneca para homem (Foto: reprodução/Pavel Danilyuk/Pexels)


Importância de ambientes para discussões

Desenvolver e promover ambientes psicológicos seguros pode encorajar a participação das pessoas para discussões abertas sobre preocupações, ideias estereotipadas e o compartilhamento de percepções sobre o uso ético e eficaz da IA, podendo levar a entendimentos valiosos sobre como a inteligência artificial pode ser melhor compreendida pelo público e aplicada de maneira responsável, alinhando a tecnologia avançada com a empatia e a compaixão presente apenas no ser humano.

Foto destaque: Homem em consultório com aparelho de realidade virtual. Reprodução/August de Richelieu/Pexels

Israel usa tanque com tecnologia de ponta no conflito com a Palestina

Após 5 anos de desenvolvimento, Israel revelou, em setembro, sua mais recente inovação em blindados, o tanque Barak. Desenvolvido por um consórcio de gigantes da indústria de defesa israelense, o Barak conta com sensores avançados, sistemas de realidade aumentada e proteção ativa, rádios definidos por software e capacidades de combate em rede. O blindado está sendo utilizado por Israel no conflito com a Palestina, na Faixa de Gaza.

Barak é utilizado por Israel no conflito com a Palestina 

O Barak é a 5ª e mais recente geração da principal série de tanques de batalha usada pelas Forças de Defesa de Israel (IDF). O Merkava começou a ser desenvolvido em 1970 e entrou em serviço oficial em 1979, sendo usado por Israel em diversos conflitos, incluindo a Guerra do Líbano de 1982 e o conflito com a Palestina na Faixa de Gaza nesta semana.


Tanques e veículos militares israelenses na fronteira com Gaza, em 9 de outubro de 2023. (Foto: reprodução/Facebook/gmanews/Reuters/Amir Cohen)


O tanque Merkava V “Barak” foi projetado para atender aos desafios da guerra moderna, incluindo o uso crescente de drones. Ele traz uma série de atualizações em relação ao Merkava IV, seu antecessor:

  • Sistema de visão de 360 graus: fornece à tripulação uma visão completa dos arredores, mesmo em pouca ou nenhuma luz.
  • Display estilo caça para o comandante: projeta informações importantes, como localização e velocidade do alvo, no visor do comandante.
  • Sensores para aquisição independente de alvo: permitem que o Barak rastreie e engaje alvos sem depender da entrada do comandante ou do artilheiro.
  • Capacetes com sistema de realidade aumentada (RA) IronVision: fornecem informações sobrepostas à visão da tripulação, com a localização em tempo real de inimigos, aliados e obstáculos.
  • Rádios definidos por software (SDR) E-LynX: garantem à tripulação comunicações seguras.

Tanque é desenvolvido por consórcio de empresas israelenses

Barak, em hebraico, significa “relâmpago“. Além disso, Barak é também o nome de um famoso general e político israelense, Ehud Barak, que serviu como Primeiro Ministro de Israel de 1999 a 2001 e é ex-Chefe do Estado-Maior das Forças Armadas de Israel.


O tanque foi lançado em setembro pelo Ministério de Defesa e está sendo utilizado no conflito em Gaza. (Foto: reprodução/X/Israel_MOD)


Ehud Barak atualmente é consultor e investidor, e está no conselho administrativo de várias empresas, incluindo a Elbit Systems, que colaborou com o sistema de RA Iron Vision na produção do Barak.


Briefing para investidores da Elbit Systems de março de 2020 anuncia a integração da RA Iron Vision ao Barak. (Foto: reprodução/elbitsystems.com)


O Barak foi produzido pela Israel Aerospace Industries (IAI) em colaboração com diversas empresas, como Rafael e Elbit Systems. A IAI é uma das principais empresas aeroespacial e de defesa do mundo, com uma longa história de produção de tanques e outros veículos militares para o Corpo Blindado das Forças de Defesa de Israel (IDF).

 

Foto Destaque: Tanque isralenese Barak utiliza sistema de RA IronVision nos capacetes. Reprodução/konflikty.pl

Empresas de tecnologia disputam para criar o “iPhone” da IA

Assim como o iPhone revolucionou o setor quando foi lançado em meados dos anos 2000, algumas das maiores empresas de tecnologia esperam revolucionar o mercado com o desenvolvimento de produtos baseados na nova inteligência artificial generativa, que foi popularizada com o lançamento do ChatGPT, pela OpenAI.

Batizado de “Momento iPhone” pelos especialistas do setor, essa busca por inovação promete trazer novidades interessantes ao consumidor, mas nem todos podem estar dispostos a adotar as novidades.

Batalha pela inovação do mercado

Tendo em vista as capacidades da inteligência artificial, muitos especialistas acreditam que a tecnologia de dispositivos pessoais baseados em IA possam substituir os smartphones como dispositivos de uso cotidiano de uma pessoa comum.

De acordo com Brad Stone, autor de livros que abordam a carreira de Jeff Bezos e a Amazon, “Mais de 15 anos após a introdução do iPhone, o ChatGPT e outros serviços de IA generativa podem logo vir a se tornar os pilares de um novo tipo de dispositivo e de uma forma de interação completamente inédita entre humanos e computadores”. 

Dan Ives, analista de tecnologia afiliado à Wedbush Securities, também afirmou durante entrevista com a Insider que as empresas líderes do setor também estão apostando em hardware de IA, pois os dispositivos podem desempenhar um papel importante na evolução da tecnologia.

“Altman, Nadella, Zuckerberg, Cook e Jassy sabem que o hardware será a porta de entrada para os consumidores no mercado de IA”, afirmou.

Para Ives, o software pode ser comparado ao coração e aos pulmões da inteligência artificial, mas o hardware — os dispositivos pelo qual essa inteligência artificial pode operar — são os braços e as pernas. 

Big techs estão trabalhando em grandes novidades

Setembro ficou marcado como um mês importante para as grandes empresas de tecnologia, contando com novidades vindas da Apple — que revelou seu novo iPhone durante conferência no dia 12 — e a Meta, que finalmente demonstrou ao público a última geração de smart glasses da empresa. Inteiramente desenvolvido com base na tecnologia de inteligência artificial, os óculos contam com um assistente próprio que pode conversar com o usuário e responder perguntas. 

Outros exemplos da tecnologia sendo integrada a dispositivos próprios são os broches de IA desenvolvidos pela startup Humane, inicialmente apresentados durante um desfile da Paris Fashion Week.

O dispositivo, que conta com câmera e alto-falante próprio, conta com inúmeras funcionalidades úteis, mas minimalistas, que não requerem o uso de um celular. Como, por exemplo, exibir na mão do usuário através de uma projeção os detalhes de uma ligação de celular, ou realizar a tradução de frases em inglês para o francês. 


Modelos utilizando os novos dispositivos de IA feitos pela Humane durante a Paris Fashion Week de 2023 (Foto: Reprodução/Getty Images/Victor Virgile).


Imran Chaudhri, co-fundador da Humane, tem o objetivo de criar um dispositivo discreto e prático de ser utilizado, potencialmente reinventando as interações que os seres humanos têm com a tecnologia. 

“Por que se atrapalhar todo para pegar o celular quando você pode só utilizar um pequeno dispositivo para responder suas perguntas?” Chaudhri afirmou durante sua presença no TedX.

Novo modelo de tecnologia pode não decolar

É difícil dizer se a integração da inteligência artificial será bem-sucedida a longo prazo. Para alguns, separar o consumidor de seu smartphone parece ser uma tarefa dura e, francamente, quase impossível. 

“Eu não acredito que essa categoria separada de dispositivos de IA persistirá a longo prazo”, disse Thomas Haigh, professor na Universidade de Wisconsin-Milwaukee responsável por pesquisar a história da tecnologia.

Em entrevista para a Insider, ele argumentou que a inteligência artificial nada mais é que uma “marca”, uma jogada de marketing, que empresas historicamente usaram como forma de ganhar dinheiro e fazer pesquisas. E, no mercado atual, é bem mais provável que os usuários de iPhone simplesmente continuem a usar o aparelho enquanto a Apple desenvolve novas versões do celular com IA embutida. 


Thomas Haigh, professor de história da tecnologia na UWM ao lado de computadores antigos (Foto: Reprodução/UWM Photo/Troye Fox).


E, apesar de todas as capacidades impressionantes da inteligência artificial, Haigh acredita que para o consumidor médio, é muito mais fácil simplesmente utilizar um smartphone comum e que, portanto, pode levar um tempo para os novos dispositivos de IA ganharem popularidade.

Ao que tudo indica, é capaz que a popularidade do smartphone como tecnologia dominante no mercado persista por mais uma década.

Foto destaque: Celular com o aplicativo do ChatGPT prestes a ser instalado. Reprodução/Getty Images/NurPhoto

Criador do Zoom promete aperfeiçoar experiência dos usuários por meio de IA

Eric Yuan, fundador e CEO do Zoom, (plataforma de reuniões remotas por meio de videoconferências) relatou ao Forbes no último sábado (07) seus planos para integrar inteligência Artificial (IA) na interface sem custo adicional para o usuário e com uma abordagem amigável que irá funcionar tanto por meio de modelos de terceiros quanto por seus próprios.

Reestruturação do aplicativo

A plataforma de videoconferências e bate papo Zoom, que ficou conhecida por ser a janela virtual durante a pandemia, enfrenta desafios nos tempos atuais. Eric Yuan, o líder por trás da interface, agora tenta entender o novo cenário com a mudança do virtual pelo presencial. Ele compartilhou com a Forbes as barreiras e problemas que o Zoom enfrenta, indicando uma reestruturação do formato utilizado pelo aplicativo.

Os eventos não acontecem mais apenas no mundo virtual e Yuan ressalta a necessidade da plataforma de se adaptar a essa mudança: “Tínhamos o mundo durante a Covid, e agora recomeçamos para tornar o Zoom melhor. Queremos ficar orgulhosos quando nos aposentarmos”, diz Eric Yuan.


Videoconferencia entre funcionário e gerente (Foto: reprodução/DCStudio/Freepik)


Novas ferramentas da plataforma

No futuro, o Zoom planeja enriquecer seu assistente de inteligência artificial com recursos de contexto, permitindo que ele relembre assuntos discutidos anteriormente pelo usuário. Esta funcionalidade será capaz de trazer informações relevantes de reuniões passadas como registros de bate-papo ou até mesmo trabalhos realizados em outros aplicativos conectados, assim, proporcionando uma experiência mais integrada e fluida, aprimorando a eficácia das ferramentas de comunicação dentro do sistema.

Yuan comentou sobre a vontade de tornar o Zoom uma plataforma multifuncional com a integração do Zoom Docs, ferramenta que permite a criação de planos de ação e documentos dentro do aplicativo. Ele destaca a dificuldade de fazer o cliente voltar para seu aplicativo após sair para executar outra atividade: “O objetivo é fazer com que o cliente use o Zoom o dia todo”, ressalta Yuan, reforçando o objetivo de tornar o aplicativo um hub de tarefas para seus usuários.

 

Foto destaque: Reunião de trabalho por videochamada. Reprodução/tonodiaz/Freepik