Apple evita multas milionárias por iPhones sem carregador

A Apple escapou de uma multa milionária em São Paulo por vender iPhones sem carregadores. A decisão do TJ-SP de 09 de outubro, que pode influenciar um caso semelhante no Rio de Janeiro, ocorre após a Senacon suspender uma multa milionária contra a empresa em setembro. A empresa afirma que a venda dos smartphones sem carregadores é uma estratégia ambiental para reduzir emissões de carbono.

Reversão da multa de R$ 100 mil em São Paulo pela Apple

Em outubro de 2022, a Apple foi condenada pela 18ª Vara Cível de São Paulo a pagar uma multa de R$ 100 milhões. A decisão foi tomada pelo juiz Caramuru Afonso Francisco e a ação civil pública foi iniciada pela Associação Brasileira dos Mutuários, Consumidores e Contribuintes (ABMCC). No entanto, essa decisão foi revertida em recurso pela 34ª Câmara de Direito Privado do TJ-SP em 09 de outubro de 2023. A justiça considerou que a ABMCC, que moveu a ação, não possuía legitimidade para fazê-lo.


Vendas do iPhone 15 começaram no mês passado no Brasil; smartphone agora vem com conector USB-C. (Foto: reprodução/Facebook/darrensohphotographer)


Segundo o G1, o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ) está processando um caso similar. A decisão em São Paulo poderia servir como um precedente legal, com possíveis implicações para a ação no Rio.

Senacon suspende multa por TAC apresentado pela Apple

A Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon), vinculada ao Ministério da Justiça, também teve um papel significativo na decisão do TJ-SP. Em setembro de 2022, a Senacon impôs uma multa de R$ 12,275 milhões à Apple por não incluir carregadores nas embalagens dos iPhones e chegou até a suspender as vendas de iPhones no Brasil. Em 20 de setembro de 2023, essa multa foi temporariamente suspensa após a Apple apresentar um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) à Senacon. Em resposta ao Valor Econômico, a Senacon não divulgou o conteúdo do TAC.

Apple vende iPhones sem carregadores desde 2020

Desde outubro de 2020, a Apple deixou de incluir carregadores em suas embalagens de iPhone. Segundo a empresa, essa medida tem o potencial de reduzir as emissões de carbono em 2 milhões de toneladas métricas. A estratégia, contudo, tem sido motivo de controvérsia. Alguns argumentam que ela também serve para cortar custos à custa do consumidor e poderia configurar venda casada, uma prática proibida.


Venda de iPhones sem carregador desde 2020 pela Apple poderia configurar venda casada. (Foto: reprodução/apple.com)


O novo iPhone 15 vem com o conector USB-C, substituindo o Lightning, formato proprietário da Apple. Desde o lançamento no mês passado, as embalagens dos quatro modelos do iPhone 15 incluem apenas os smartphones e o cabo USB-C.

 

Foto destaque: TJ-SP reverteu decisão que condenava Apple ao pagamento de R$ 100 mil por venda de iPhones sem carregadores. Reprodução/X/@zollotech

Estudo aponta terceiro trimestre mais fraco em uma década para setor de smartphones

Um estudo de dados feito pela Counterpoint Research aponta que o setor mundial de smartphones sofreu uma contração de 8% atingindo o menor nível no terceiro semestre em uma década, apontando uma falta de demanda por produtos das grandes marcas do mercado como Apple, Samsung, Xiaomi e entre outras, todas registrando quedas nas vendas no início deste trimestre.

Situação de mercado

A Samsung manteve sua liderança no mercado global, com uma parte de um quinto das vendas totais no terceiro trimestre. A aposta na linha de smartphones dobráveis teve uma recepção pelo público variada, porém com dados majoritariamente positivos, com o modelo Flip 5 vendendo quase o dobro em comparação com seu concorrente. Os modelos da série ”A” da Samsung continuaram dominando as faixas de preço médio, com a Apple se posicionando logo atrás, garantindo 16% de participação de mercado.

O mercado da região do Oriente Médio e África foi o único a registrar crescimento no terceiro trimestre, devido a melhorias nos indicadores macroeconômicos. O setor de smartphones possui expectativa para uma baixa no ano de 2023, alcançando sua pior situação em uma década, acreditando-se ser por causa de uma mudança no comportamento do mercado e de um crescimento de novas marcas que vem ganhando espaço no ramo.


Computador e smartphones da Apple (Foto: reprodução/Pixabay/Pexels)


Crescimento de novas marcas

Um dos aspectos que também afetou a renda do terceiro trimestre foi a redução do período com disponibilidade do novo smartphone da Apple, o iPhone 15, transferindo sua demanda e renda para o quarto e último trimestre do ano. As empresas HONOR, Huawei e Transsion Group foram as únicas empresas com presença significativa que tiveram crescimento nesse período. As marcas de transição continuaram a se expandir, se beneficiando com a recuperação no mercado do Oriente Médio e África.

 

Foto destaque: Smartphones empilhados. Reprodução/Gabriel Freytez/Pexels

Empresa chinesa planeja revolucionar setor marítimo com sustentabilidade

O presidente da Wah Kwong, Hing Chao, abordou recentemente seu ponto de vista da importância da energia eólica offshore sustentável para o setor do combustível e transporte marítimo, que representam cerca de 3% das emissões globais de gases do efeito estufa. A compra da startup Gazelle Wind Power foi um dos fortes investimentos que a empresa fez na área da energia eólica com uma dedicação constante à sustentabilidade.

Diversificação no setor marítimo

A Wah Kwong Maritime Transport Holdings, é uma das principais empresas no cenário de transporte marítimo de Hong Kong e está ampliando sua presença no mercado investindo no setor de transporte de Gás Natural Liquefeito (GNL).

A crescente procura global por combustíveis mais limpos está fortemente relacionada à vontade da empresa de reduzir a dependência dos tradicionais combustíveis fósseis. O GNL vem sendo apresentado como uma alternativa mais sustentável em contraposição aos combustíveis mais usados no meio marítimo, desse modo, destacando o comprometimento da Wah Kwong pela busca de operações mais sustentáveis.


Navio cargueiro em alto mar (Foto: reprodução/Alexander Bobrov/Pexels)


Parcerias e investimentos da empresa

A empresa estabeleceu uma divisão dedicada à sustentabilidade em Londres, com o objetivo de investir em iniciativas de descarbonização. Esta divisão tem como objetivo analisar e identificar tecnologias sustentáveis emergentes que possam ser integradas nas operações da empresa.

Em colaboração com a BV, a Wah Kwong está explorando a tecnologia de captura de carbono para navios graneleiros, com planos de expandir essa tecnologia para petroleiros, tecnologia que desempenha um papel fundamental na redução das emissões de gases de efeito estufa no setor de transporte marítimo.

A Wah Kwong também elaborou uma parceria estratégica com a ZhenDui Industry Artificial Intelligence, uma startup de IA baseada em Shenzhen, para aumentar a eficiência de seus navios e, consequentemente, reduzir as emissões de carbono. Essa parceria pode incluir a implementação de tecnologias de IA para otimizar operações de navios, reduzir o consumo de combustível e melhorar a eficiência operacional.

A Wah Kwong estima ser uma das primeiras empresas de gestão e transporte de navios verdadeiramente inteligentes no mundo, utilizando a IA para aprimorar suas operações e contribuir para a redução de emissões​.

Foto destaque: navio cargueiro em viagem no mar. Reprodução/RANJITH AR/Pexels

IA e e-Sports: 5 Tendências a Considerar

Estima-se que a indústria dos e-sports deva crescer 100% no Brasil em apenas quatro anos, e é praticamente inevitável que a IA participe deste crescimento.

Neste artigo, vamos por isso olhar para as 5 principais tendências a considerar na relação entre a IA e os e-sports:

1. Desenvolvimento de jogos e jogadores

Os e-sports são mais do que uma forma de entretenimento: na verdade, podem ser comparados a esportes de alta competição, envolvendo vários “atletas” profissionalizados. Assim, a IA pode desempenhar um papel fundamental não só no desenvolvimento dos jogos de e-sports, como no desenvolvimento dos seus próprios jogadores.

Ferramentas de treinamento baseadas em IA permitem que jogadores identifiquem suas fraquezas mais rapidamente e trabalhem para melhorar as suas habilidades. Simultaneamente, a IA também pode ser utilizada para identificar erros informáticos mais rapidamente, contribuindo para games mais justos e infalíveis.

2. Transmissão de e-sports

Segundo as principais fontes, os e-sports são regularmente assistidos por entre 300 a mais de 500 milhões de fãs em todo o mundo. A IA pode contribuir para melhorar a qualidade das transmissões de competições de e-sports pelo menos de duas maneiras:
1. Por meio da criação de sistemas de câmara automatizados, semelhantes àqueles utilizados em esportes tradicionais;
2. Por meio da visualização de estatísticas de jogo complexas em tempo real.

A IA também pode influenciar as transmissões de e-sports com a ajuda de sistemas de análise preditiva e chatbots inteligentes.

3. Casas de apostas online

Grande parte do sucesso da indústria dos e-sports é justificado pela popularidade de casas de apostas esportivas como a Betfair, onde é possível apostar no desfecho de competições de e-sports. Naturalmente, as principais casas de apostas estão conscientes do potencial da IA e já incorporaram esta tecnologia no seu modelo de negócios.

No contexto das apostas esportivas online, a IA pode ser muito útil para, por exemplo, criar recomendações personalizadas para usuários, prevenir casos de fraude de jogo, ou desenvolver sistemas de apoio ao cliente mais eficazes.

4. Recrutamento de jogadores

Algoritmos matemáticos já são utilizados por grandes instituições esportivas para recrutar atletas talentosos há mais de uma década (se não acredita, basta assistir ao filme de 2011 O Homem Que Mudou o Jogo, com Brad Pitt). No futuro, é expetável que tecnologia IA seja utilizada de forma semelhante por grandes marcas de e-sports para recrutar jogadores talentosos pouco conhecidos.

5. Treinamento de jogadores

A IA não serve apenas para Entretenimento e recrutar jogadores: também é excelente para os treinar! Pode ser utilizada, por exemplo, para melhorar as aptidões de NPCs (ou Non-Playable Characters) e assim permitir que profissionais dos e-sports possam treinar seus games favoritos sem a necessidade de competir contra outros jogadores reais.

Quão mais desenvolvida for a inteligência dos NPCs de um jogo, mais parecidos com jogadores reais estes serão, e mais difícil será derrotá-los. Também será mais fácil desenvolver desafios específicos in-game que podem contribuir para a especialização de profissionais dos e-sports.

Foto destaque: jogos de e-sports. Foto/Reprodução

Bilionário em busca da eternidade diz não acreditar na sobrevivência dos humanos sem a IA

Em entrevista à Fox News, o fundador e CEO da Kernel, Bryan Johnson, compartilhou sua estrita rotina de saúde e refletiu sobre a inteligência artificial (IA). Johnson enxerga a IA não como uma ameaça, mas sim a maneira como é empregada pelos humanos. Ele enfatizou a praticidade da IA, mencionando que vê uma probabilidade muito baixa de sobrevivência humana sem a presença desta tecnologia.

Invesitmentos de Johnson para sua saúde

Bryan Johnson é um empresário bilionário de 46 anos que investe aproximadamente 2 milhões de dólares por ano em seu corpo com o objetivo de monitorar sua saúde e desenvolver um método para que seus órgãos tenham a aparência e o comportamento de um jovem de 18 anos, Johnson já chegou a realizar um experimento para infundir o plasma de seu filho adolescente periodicamente em sua corrente sanguínea.

A inteligência artificial se tornou uma tecnologia muito explorada e utilizada pela medicina, devido a sua praticidade e seus constantes avanços rápidos, porém esses benefícios vêm com custos e adversidades. No tópico de tecnologias que buscam a longevidade dos seres humanos, controvérsias surgem como a acessibilidade por ser muito cara e por atender apenas um público muito seleto, o que ressalta a desigualdade social, além das discussões ao redor da inteligência artificial que apontam questões de consentimento informado e privacidade de dados.


Bryan Johnson colocando capacete de leitura neural (Foto: Reprodução/Damien Maloney/Kernel/flickr)


Práticas recomendadas por Johnson para se tornar saúdavel

Conforme Johnson aponta, indivíduos em busca de uma vida mais saudável tendem a focar em ações positivas mais comuns como se exercitar, aumentar as horas de sono e melhorar a dieta, porém, frequentemente negligenciam a importância de abandonar hábitos nocivos. A sociedade, segundo ele, está presa ao vício, seja consumindo alimentos não saudáveis, cedendo ao vício em pornografia ou perdendo-se na navegação interminável das redes sociais.

Johnson também enfatizou a importância de se preocupar com a saúde mesmo se considerando uma pessoa saudável “Quando você está saudável, você sabe, a saúde é esquecida até que seja a única coisa que importa” diz Bryan, o bilionário também explica que com a ajuda da inteligência artificial conseguiu construir um cronograma muito mais eficaz, expressando que acredita que com a tecnologia construiu um algoritmo que cuida melhor dele do que ele mesmo.

Foto destaque: Bryan Johnson com capacete de leitura cerebral. Reprodução/Katriece Ray/Kernel/flickr

Austrália impõe multa à rede social X por falhas na moderação de conteúdo

Em ação regulatória recente, a Comissão e-Safety da Austrália multou a rede social X, propriedade do empresário Elon Musk, em US$ 386 mil. A plataforma falhou em responder sobre suas práticas relativas ao abuso infantil.

Pressão regulatória aumenta

A X, anteriormente conhecida como Twitter, não respondeu satisfatoriamente a questionamentos sobre quanto tempo demorou para reagir aos relatos de material de abuso infantil e os procedimentos adotados para identificar tais postagens. Esse valor da multa, mesmo sendo pequeno em comparação aos 44 bilhões de dólares que Musk investiu para adquirir a rede social em outubro de 2022, reflete uma reprimenda simbólica à imagem da empresa.

A X, ao longo do tempo, enfrentou críticas sobre sua moderação de conteúdo, com anunciantes diminuindo seus investimentos devido à percepção de negligência na moderação. A situação se complicou com a reativação de milhares de contas que haviam sido previamente banidas.

Desafios globais

A situação não se restringe à Austrália. Na Europa, a União Europeia investiga a X por possível desrespeito às suas regulamentações, após denúncias de disseminação de desinformação relacionadas a conflitos internacionais. Com a mudança de propriedade e administração para Musk, a rede social passou a enfrentar maior escrutínio por suas políticas de moderação.

Após a compra por Musk, a X encerrou suas operações na Austrália, dificultando a comunicação direta com a imprensa local.


Conheça as mudanças no Twitter administrado por Elon Musk (Vídeo: reprodução/YouTube/TecMundo)


Outras plataformas no radar

A iniciativa regulatória não é exclusiva à X. Plataformas de renome, como Google, Discord, TikTok e Twitch, também receberam solicitações em fevereiro de 2023 para fornecer detalhes sobre suas ações contra a disseminação de material de abuso infantil.

Conforme relatos, a eficiência da X na detecção de conteúdo abusivo caiu de 90% para 75% nos três meses posteriores à aquisição por Musk. A falta de resposta da X foi, segundo autoridades australianas, mais significativa quando comparada a outras empresas.

O X, entretanto, pode recorrer da decisão. E reiterou seu compromisso em manter uma “política de tolerância zero” para conteúdos de abuso infantil, destacando o uso de ferramentas automatizadas e revisão manual especializada.

 

Foto Destaque: Silhueta do CEO da rede social X, Elon Musk. Reprodução/Kovop/Olhar Digital

EHang conquista marco histórico: táxis aéreos autônomos recebem aprovação regulatória na China

A empresa chinesa Ehang, com sede em Guangzhou, atingiu um marco notável, obtendo um certificado de aeronavegabilidade emitido pela Administração de Aviação Civil da China, equivalente à Anac nos Estados Unidos, para o seu drone autônomo, o EH216-S AAV, que tem capacidade para transportar dois passageiros. 

A Ehang, uma empresa listada nos Estados Unidos, alega ser a pioneira mundial ao conquistar tal certificado, permitindo-lhe operar aeronaves elétricas autônomas de decolagem e aterrissagem vertical (eVTOL) para o transporte de passageiros na China.


O drone certificado fazendo um voo no Japão. (Vídeo: reprodução/Youtube/EHang)


Resultados

Esse certificado também simplificará bastante o processo de obtenção de certificações semelhantes para operações comerciais nos Estados Unidos, Europa e Sudeste Asiático, de acordo com o CEO Huazhi Hu, que afirmou que a empresa planeja iniciar sua expansão internacional no próximo ano. No entanto, é importante destacar que regulamentações ainda precisam ser desenvolvidas para facilitar a aceitação mútua das certificações de aeronavegabilidade chinesas em outros países.

Como resultado dessa notícia, as ações da Ehang experimentaram um aumento notável. Antes da interrupção temporária das negociações na segunda-feira, as ações haviam quase duplicado de valor ao longo do ano. A empresa, que possui uma capitalização de mercado de cerca de US$ 1 bilhão, é agora uma das pioneiras em aeronaves autônomas de passageiros.

Situação pelo mundo

Nos Estados Unidos, a FAA (Administração Federal de Aviação) já divulgou um plano em julho que fornece um caminho para a implementação de veículos aéreos autônomos semelhantes. No entanto, essas aeronaves ainda exigirão a presença de pilotos a bordo em uma primeira fase. A Joby Aviation, empresa sediada na Califórnia, também demonstrou progresso em seu programa de testes, incluindo a pilotagem remota com um piloto a bordo, mas não mencionou ainda o transporte de passageiros.

A China, por sua vez, tem trabalhado na criação de um ambiente regulatório para a certificação de veículos aéreos autônomos. Em junho, o país implementou novas regulamentações para voos de aeronaves não tripuladas, que entrarão em vigor a partir de janeiro de 2024. Isso demonstra o compromisso de liderar o desenvolvimento e a aceitação de aeronaves autônomas na China, além de facilitar a expansão dessas tecnologias para o cenário internacional.

Foto Destaque: O drone certificado da EHang. Reprodução/The Arsenale.

Plataforma X é acusada de demitir funcionária de forma ilegal

A plataforma de rede social X, comandada por Elon Musk, enfrenta uma acusação de retaliação no que se refere à demissão de uma funcionária, de acordo com o Conselho Nacional de Relações Trabalhistas dos EUA (NLRB). 

A NLRB alega que a plataforma X, anteriormente conhecida como Twitter, violou a legislação federal que proíbe a punição de funcionários por se comunicarem e se organizarem sobre as condições de trabalho. 

Demissão

Embora a plataforma não tenha respondido imediatamente a um pedido de comentário da Reuters, esse caso realça as complexidades do mundo digital e do trabalho no contexto moderno. O conflito teve início em 10 de novembro de 2022, quando Elon Musk, CEO da plataforma, ordenou que os funcionários voltassem ao escritório. Ele teria declarado: “Se você pode comparecer fisicamente ao escritório e não aparece, aceitamos o pedido de demissão.” 


CEO do X, Elon Musk. (Foto: reprodução/A Tribuna)


A funcionária Yao Yue, em resposta, publicou um tweet aconselhando os colegas de trabalho a não pedirem demissão, mas, em vez disso, permitirem que a empresa tomasse a iniciativa. No entanto, poucos dias após a publicação desse tweet, Yao Yue foi demitida, resultando em acusações de retaliação em violação das leis trabalhistas dos Estados Unidos.

Processos

Elon Musk finalizou a aquisição do Twitter por 44 bilhões de dólares em outubro do ano passado e, no início de sua gestão, implementou uma série de demissões, incluindo a dispensa de executivos de alto escalão. Esse processo resultou na redução de mais da metade da força de trabalho, uma medida destinada a cortar custos.

A empresa já estava enfrentando uma série de processos judiciais relacionados a essas demissões. Algumas acusações incluem alegações de que a empresa direcionou as demissões para mulheres e trabalhadores com deficiências e não cumpriu a promessa de pagamento de indenizações aos funcionários desligados. Até o momento, a empresa nega qualquer irregularidade nos casos em que apresentou respostas.

Foto Destaque: logo do X na frente do antigo passarinho do Twitter. Reprodução/SempreUpdate.

Missão Psique: Nasa envia espaçonave para explorar asteroide rico em metais

Nesta sexta-feira (13), a NASA lançou uma sonda espacial denominada Psyche com destino ao asteroide Psique, que é o maior entre diversos asteroides ricos em metais em nosso sistema solar. Esse corpo celeste é considerado como o núcleo remanescente de um protoplaneta ancestral.

A espaçonave Psyche, alojada no compartimento de carga de um foguete Falcon Heavy da SpaceX, partiu do Centro Espacial Kennedy da NASA, localizado em Cabo Canaveral, Flórida, com uma missão planejada de percorrer cerca de 3,5 bilhões de quilômetros pelo espaço. A sonda, com aproximadamente o tamanho de uma pequena van, tem previsão de alcançar o asteroide em agosto de 2029.


O asteróide Psique. (Foto: reprodução/Peter Rubin/Universo Racionalista)


Lançamento

Esse lançamento é o mais recente de uma série de missões conduzidas pela NASA que buscam desvendar os mistérios relacionados à formação da Terra, ocorrida há cerca de 4,5 bilhões de anos. Essas missões envolvem o envio de sondas robóticas para explorar asteroides, que são remanescentes primordiais dos primórdios do sistema solar.

Os painéis que envolviam a sonda na parte frontal do estágio superior do foguete foram separados aproximadamente cinco minutos após o lançamento, e a própria sonda foi liberada no espaço cerca de uma hora após o início da missão. De acordo com a NASA, a sonda leva aproximadamente duas horas para desdobrar autonomamente seus painéis solares gêmeos e direcionar suas antenas de comunicação em direção à Terra.

A equipe de controle da missão Psyche planeja passar os próximos três a quatro meses realizando verificações nos sistemas da espaçonave antes de enviá-la em sua jornada ao espaço profundo. Esta jornada será impulsionada por propulsores de íons movidos a energia solar, que estão sendo usados pela primeira vez em uma missão interplanetária. Uma vez que a sonda alcance o asteroide, ela orbitará ao seu redor por um período de 26 meses, realizando análises detalhadas das propriedades gravitacionais, magnéticas e da composição do Psique.

Missão

O Psique tem um diâmetro de aproximadamente 279 quilômetros em seu ponto mais largo e está localizado nas regiões exteriores do cinturão principal de asteroides, que se estende entre os planetas Marte e Júpiter.

Segundo a principal teoria, o Psique seria a casca interna de um planeta bebê, que derreteu e depois resfriou devido a colisões com outros objetos celestes durante os primórdios do sistema solar. Este asteroide orbita o Sol a uma distância cerca de três vezes maior que a da Terra, mesmo quando está em seu ponto mais próximo de nosso planeta.

Esse é o primeiro asteroide desse tipo escolhido para um estudo detalhado por uma sonda. Acredita-se que o Psique seja composto principalmente por ferro, níquel, ouro e outros metais cujo valor monetário hipotético coletivo foi estimado em 10 quatrilhões de dólares.

Contudo, vale destacar que a missão não tem qualquer relação com a mineração espacial, de acordo com os cientistas envolvidos. O seu objetivo principal é obter informações cruciais sobre a formação da Terra e de outros planetas rochosos, que têm suas estruturas baseadas em núcleos de metal derretido. Devido à profundidade e temperatura extremamente alta do núcleo terrestre, ele é inacessível para estudos diretos.

O asteroide Psique, que foi descoberto em 1852 e batizado em referência à deusa grega da alma, é o maior dentre cerca de nove asteroides conhecidos por serem compostos principalmente por metais, com uma porção de material rochoso misturado. Mesmo assim, sua aparência exata permanece uma incógnita e objeto de especulação científica.

Foto Destaque: Sonda Psyche. Reprodução/Canaltech.

X pode ser multado pela UE por desinformação no conflito entre Israel e Hamas

O X, ex-Twitter, está sob investigação da União Europeia (UE). A investigação foca na moderação de conteúdo relacionado ao conflito entre Israel e o Hamas e pode representar o primeiro grande teste para a recém-implementada Lei dos Serviços Digitais (DSA). A Comissão Europeia questiona a eficácia da plataforma, comprada por Elon Musk no ano passado, na moderação de conteúdo em cenários geopolíticos delicados.

Comissão Europeia questiona eficácia da plataforma em moderar conteúdo

Na terça-feira (10), o Comissário Europeu para o Mercado Interno Thierry Breton enviou uma carta a Musk expressando preocupações sobre o uso do X para disseminar conteúdo ilegal e desinformação na UE, especialmente após os ataques terroristas do Hamas a Israel.


Comissário da UE questiona capacidade de moderação do X em cenários geopolíticos delicados, como o do conflito entre Israel e Hamas. (Foto: reprodução/X/@ThierryBreton)


De acordo com o Artigo 74 (2) da DSA, a Comissão Europeia “pode impôr multas não excedendo 1% da renda anual total ou faturamento mundial no ano financeiro anterior” em casos de informações incorretas, incompletas ou enganosas envolvendo as VLOPs.

Em resposta, a CEO do X Linda Yaccarino afirmou que, desde o ataque terrorista, a empresa tomou “medidas para remover ou rotular dezenas de milhares de conteúdos, enquanto Notas da Comunidade estão visíveis em milhares de postagens, gerando milhões de impressões“. Segundo Yaccarino, a UE já fez mais de 80 pedidos de remoção de conteúdo à plataforma.

Mudanças recentes de Musk podem incentivar desinformação

Ontem (12), a Comissão Europeia fez um pedido formal ao X para fornecer informações sobre como está lidando com discursos de ódio, desinformação e conteúdo terrorista. O pedido tem força de lei e sinaliza o início de uma possível investigação mais ampla sob as regras da DSA.


Breton afirma que a remoção de funcionalidades como a denúncia de fake news pode estimular desinformação no X. (Foto: reprodução/x.com)


Breton argumenta que, embora a plataforma tenha removido e rotulado conteúdos problemáticos, mudanças recentes feitas por Musk, como a remoção do sistema de verificação e a introdução da monetização de visualizações, podem incentivar, em vez de mitigar, a disseminação de informações falsas.

O X tem até 18 de outubro para responder a questões relacionadas ao seu protocolo de crise e até 31 de outubro para outras consultas.

Investigação é primeiro grande teste para legislação digital europeia

A DSA é uma legislação recentemente adotada pela UE para regular os serviços digitais.

Em 25 de abril de 2023, a Comissão Europeia designou 19 plataformas como “Very Large Online Platforms” (VLOPs) e “Very Large Online Search Engines” (VLOSEs), com base em seu número de usuários ser superior a 45 milhões, ou 10% da população da UE.

Em 25 de agosto, encerrou-se o prazo para as VLOPs cumprirem as regras da DSA.

 

Foto destaque: X tem até dia 18 de outubro para responder sobre seu protocolo de crise à UE. Reprodução/twitter.com.