NASA apresenta helicóptero aprimorado para voo em Marte

A NASA compartilhou novas imagens de testes do seu novo protótipo de helicóptero chamado Mars Science Helicopter, que busca executar voos em Marte e superar a performance do Ingenuity, que já voou um total de 66 vezes no planeta. Pela primeira vez na história, dois planetas foram utilizados para a execução de testes da próxima geração de helicópteros.

Nova geração e testes inéditos

De acordo com o gerente de projeto da Ingenuity, Teddy Tzanetos, os testes dos helicópteros da próxima geração em Marte tiveram integralmente o melhor dos dois mundos. Ele afirmou que aqui na Terra possuímos toda uma instrumentação e um imediatismo prático que podemos esperar ao testar novos componentes de aeronaves, já em Marte as condições são reais, com uma atmosfera muito fina e significativamente menos gravidade do que na Terra, sem contar que essas condições são dificilmente recriadas de forma eficiente em nosso planeta.


Teste da próxima geração do helicóptero de Marte Rotors (Vídeo: reprodução/NASA/JPLraw)


Aprimoramentos comparado ao último modelo

A próxima geração de lâminas de rotor feitas de fibra de carbono está sendo testada na Terra e possui aproximadamente 4 polegadas (mais de 10 centímetros) a mais do que as do Ingenuity, além de um design refinado e uma maior resistência. A NASA também acredita que essas lâminas poderiam conceder helicópteros maiores e mais capacitados. O principal obstáculo é que, à medida que as pontas das lâminas se aproximam de velocidades supersônicas, as vibrações causadas pela turbulência podem rapidamente sair do controle e causar complicações.

O engenheiro de robótica da NASA, Tyler Del Sesto, comentou que as hélices de seus novos helicópteros giram 750 vezes por minuto mais rápido do que as hélices do Ingenuity, podendo chegar a até 3.500 rpm. Tyler também acrescentou que essas lâminas aprimoradas são agora mais do que um exercício hipotético e estão prontas para serem incrementadas para voo.

Foto destaque: Helicóptero ingenuity em missão em Marte (Reprodução/Divulgação/NASA)

Estudo indica que Mercúrio pode conter geleiras de sal

Um grupo de cientistas do Instituto de Ciências Planetárias dos Estados Unidos, publicaram na sexta-feira (17) no Journal of Planetary Science, um estudo que indica a existência de geleiras de sal em Mercúrio, um espaço variável com possibilidades de possuir condições de vida encontradas em locais extremos como em nosso planeta, no deserto do Atacama no Chile.

Objetivo do estudo

O principal autor da pesquisa, Alexis Rodriguez, comentou que a descoberta feita pela equipe agrega em outras análises recentes que têm apontado a presença de glaciares em Plutão, indicando que o fenômeno de glaciação pode estar presente tanto nos lugares mais quentes quanto nos mais frios dentro do nosso Sistema Solar.

Esse estudo contesta a ideia de que Mercúrio é isento de voláteis, elementos químicos e compostos que podem ser facilmente vaporizados e que foram essenciais para o surgimento da vida na Terra. A pesquisa indicam que esses voláteis têm possibilidade de estarem abaixo da superfície do planeta em camadas ricas de voláteis ou “Volatile Rich Layers” (VRLs).


Vista do território do polo norte de Mercúrio onde foram identificadas evidências de possíveis geleiras (Foto: reprodução/NASA)


Ideias e aprendizados da pesquisa

O cientista e coautor da pesquisa, Bryan Travis, comentou que acredita que “Essas geleiras mercurianas, distintas das da Terra, originam-se de VRLs profundamente enterrados, expostos a impactos de asteróides” e que “Os nossos modelos afirmam fortemente que o fluxo de sal provavelmente produziu estes glaciares e que, após a sua colocação, retiveram substâncias voláteis durante mais de mil milhões de anos.”

Outro cientista e coautor do estudo, Jeffrey S. Kargel, informou que a água liberada pelo vulcanismo pode ter gerado poças ou mares rasos de água líquida temporárias, possibilitando que depósitos de sal se depositassem ali.

Kargel também contou que a rápida perda de água para o espaço e a captura de água em minerais hidratados na crosta teriam deixado para trás uma camada dominada por sal e minerais argilosos e que ambos provavelmente se acumularam gradualmente em depósitos espessos.

Foto destaque: Mercúrio em cores (Reprodução/Divulgação/NASA)

ByteDance passa por reestruturação e encerra produções no mercado de games

A empresa de tecnologia chinesa, que opera diversas plataformas de conteúdo e é dona do TikTok, afirmou que está reestruturando sua divisão de jogos eletrônicos. Diversas fontes comentaram com a Reuters que a companhia planeja sair do mercado de games em um futuro bem próximo e que planeja comunicar aos seus funcionários, ao longo dos próximos dias, sobre o encerramento da produção dos jogos não lançados até dezembro.

Decisão da ByteDance

“Revisamos regularmente nossos negócios e fazemos ajustes para nos concentrarmos em áreas estratégicas de crescimento de longo prazo. Após uma revisão recente, tomamos a difícil decisão de reestruturar nosso negócio de jogos”, disse o porta-voz da ByteDance.

A empresa fundou a desenvolvedora Nuverse no ano de 2019, demonstrando um alto comprometimento com seu desenvolvimento no mercado de jogos. Isso ocorre devido à dificuldade e à necessidade de alto investimento para fundar e manter uma desenvolvedora no setor, uma vez que são necessários valores muito altos para cobrir os custos.


Controle de videogame (Foto: reprodução/Pixabay/Pexels)


Consequências da reestruturação

Essa decisão pode causar uma onda de demissões na ByteDance e talvez o fechamento de alguns estúdios no futuro. Jogos como “Marvel Snap” e “Crystal of Atlan”, que funcionam no formato “live service” e consistem em jogos estruturados para receber atualizações mensais ou semestrais, continuarão com seus servidores ativos. O objetivo é manter a base de jogadores que eles possuem e capitalizar por meio de compras dentro do jogo.

A companhia entrou no mercado com o objetivo de desenvolver sua presença em outras áreas e competir com sua principal concorrente, a Tencent Holdings, que atualmente é um dos maiores grupos de mercado e vem crescendo a cada ano. De acordo com a empresa de consultoria “Grand View Research”, o mercado foi avaliado em aproximadamente US$217 bilhões no ano de 2022.

Foto destaque: Logo da ByteDance em prédio (Reprodução/Divulgação/ByteDance)

Confira um guia completo de como utilizar a função Modo Perdido no iPhone

Descubra como proteger seus dispositivos Apple em caso de perda acionando o Modo Perdido. Ao fazê-lo, seu celular ficará bloqueado, mostrando uma mensagem personalizada definida por você, incluindo detalhes de contato. Proteja não apenas seu iPhone, mas também outros dispositivos Apple, como iPad, iPod, Macbook e Apple Watch, usando o Modo Perdido. Este guia prático mostra como ativar essa ferramenta em diversos produtos, proporcionando segurança em situações de perda. 


iPhone com mensagem de Modo perdido (Foto: reprodução/Apple)


Passo a passo para ativar o Modo Perdido em seu dispositivo Apple

Para compreender como utilizar a propriedade de segurança da Apple, siga os passos abaixo:

• Primeiramente, acesse iCloud.com, e selecione “Localizar dispositivos”,

• Após esse passo, escolha seu dispositivo e clique em “Marcar como perdido”. 

• Em seguida, basta se orientar pelas instruções na tela.

Em caso de Compartilhamento Familiar, ao tentar habilitar o Modo Perdido em um dispositivo de um outro membro da família sem senha definida, é necessário inserir a senha do ID Apple dessa pessoa neste computador.

Em caso que informações de contato forem solicitadas, assegure-se de digitar um contato pelo qual você possa ser facilmente alcançado. Pode ser que seja necessário incluir uma mensagem que indique que o dispositivo está perdido ou forneça instruções sobre como entrar em contato.

O que você receberá ao ativar o Modo Perdido ou Bloquear um Dispositivo Perdido

E-mail de confirmação:

Primeiramente, um e-mail de confirmação será enviado para o seu endereço de e-mail associado ao ID Apple, informando sobre a ativação do Modo Perdido ou o bloqueio do dispositivo.

Capacidade de criar mensagem personalizada:

Caso deseje, você terá a oportunidade de criar uma mensagem personalizada que poderá ser exibida no dispositivo perdido. Essa mensagem pode incluir informações sobre como entrar em contato com você, incentivando a devolução do dispositivo.

Estado de silêncio e restrição de alertas:

Em casos de  iPhone, iPad, iPod touch, Mac e Apple Watch, o dispositivo entrará em um estado de silêncio. Fazendo com que o dispositivo pare de exibir e emitir sons de notificações, além de ter seus alarmes desativados. No entanto, é importante ressaltar que, mesmo com o Modo Perdido, o dispositivo ainda poderá receber ligações telefônicas e chamadas pelo FaceTime.

Caso seu dispositivo seja um iPhone, iPad, iPod touch e Apple Watch, saiba que você poderá visualizar a localização atual do dispositivo através de um mapa. Além de incluir informações sobre quaisquer alterações em sua localização.

Para mais, nos dispositivos aplicáveis, é assegurado que, como uma medida de segurança adicional, cartões de pagamento e outros serviços serão temporariamente suspensos. Isso contribui para proteger seus dados pessoais e financeiros durante a situação de perda.

Proteja seus dispositivos. Conheça suas funções e garanta sua segurança.

É relevante ressaltar que, caso seu aparelho já tenha um código para desbloqueio, será necessário a utilização dessa senha para desbloqueio. Caso contrário, será solicitado que você crie um novo código, e prossiga com as orientações do site.

Foto Destaque: mãos segurando iPhone (Reprodução/Apple)

Inteligência artificial cria modelo espanhola chamada Aitana Lopez

Criada através de uma Inteligência Artificial, a modelo e influenciadora Aitana López chamou a atenção das pessoas na última semana. Aitana foi criada como parte de um experimento da agência espanhola The Clueless, depois que a agência teve alguns problemas ao lidar com modelos e influencers reais.

Saiba mais sobre Aitana Lopez

A ideia de criar a modelo veio depois que a agência The Clueless se cansou de trabalhar com influenciadores que tinham o ego muito alto. Em entrevista para a Euronews, o dono da agência, Rubeñ Cruz disse: “começamos a perceber a forma que estávamos trabalhando e percebemos que muitos projetos estava sendo cancelados ou adiados por problemas fora do nosso controle”. Lopez é uma mulher de 25 anos, com cabelos rosas, e atualmente possui mais de 150 mil seguidores em seu Instagram. De acordo com o dono da empresa e o site Euronews, a modelo ganha cerca de R$ 50 mil por mês, através de parcerias com marcas de suplemento alimentares e beleza, além de ter seu próprio perfil em site para conteúdo adulto. 

Ainda em entrevista para a Euronews, Cruz disse que Aitana foi pensada com base no que a sociedade gosta, em questão de gosto e hobbies. O nome também não foi escolhido de forma aleatória. Aitana Lopez é um acrônimo para Inteligência Artificial. 


Aitana Lopez possui uma conta ativa no Instagram e tem parceria com algumas marcas (Foto: reprodução/Instagram/fit_aitana)


Novas modelos de IA 

O sucesso de Lopez foi tão grande, que a agência pretende continuar investindo em outras modelos criadas a partir de IA para trabalharem. Recentemente, a agência anunciou Maria Lima, uma jovem argentina bissexual e exótica. Segundo a própria agência, as influencers são anunciadas como inovação que podem trabalhar com qualquer projeto ou empresa. 

O sucesso de Aitana foi tão grande, que as próprias empresas estão pedindo para a agência que criem modelos de IA personalizados. O dono da agência acredita que essa é uma forma das empresas diminuírem gastos, além de ajudar pequenas empresas que não tem como pagar uma modelo ou influencer para ser a cara da marca nas redes sociais. 

Apesar do sucesso, algumas pessoas estão com receio das novas modelos acabarem gerando um padrão de perfeição muito irreal para as jovens, que sempre tentam alcançar um padrão de beleza. Algumas pessoas também criticaram a sexualização da nova IA.

 

Foto Destaque: Aitana Lopez é uma modelo criada a partir de IA pela agência espanhola The Clueless (Reprodução/Instagram/@fit_aitana)

Google planeja desativar contas inativas a partir de dezembro

A empresa de softwares e serviços online, Google, declarou que sua nova política de inatividade entrará em ação a partir de dezembro de 2023 e que usuários que não acessarem sua conta pelo menos uma vez no decorrer de dois anos irão perder acesso à ela. Essa medida será adotada em todo o ecossistema de plataformas da empresa como o Gmail, Docs, Meet, Drive e diversas outras.

Motivo da nova política

A Google divulgou em um comunicado que o motivo da atualização na política de inatividade corresponde a uma medida de segurança, pois contas inutilizadas por um longo período de tempo se tornam mais vulneráveis a possíveis invasões, spams, roubos e vazamentos de informações.

Eles reforçaram que as contas inativas, em sua maioria, dependem de senhas antigas ou reutilizadas e que podem ter sido comprometidas pela falta de recursos como a autenticação de dois fatores e da falta de manutenção dos dados por parte do usuário.


App do Google na Google Play Store (Foto: reprodução/Mojahid Mottakin/Pexels)


Procedimentos e medidas preventivas

A empresa indicou que essa atualização na política não se aplica a contas de organizações e será apenas para contas de uso pessoal. Eles também afirmaram que irão realizar esse procedimento por fases, começando por contas que foram criadas e nunca foram utilizadas e que eles irão enviar diversos emails e notificações comunicando o desativamento da conta.

A CNN indicou algumas medidas passadas pela Google que podem ser utilizadas para evitar que sua conta seja desativada, como por exemplo: fazer um novo login pelo menos uma vez a cada dois anos, ler ou enviar um e-mail, utilizar as ferramentas do Google Drive, assistir a um vídeo no YouTube pela sua conta e usar o login com o Google para fazer login em um aplicativo ou serviço de terceiros.

Foto destaque: Aplicativo do Google em smartphone (Reprodução/Brett Jordan/Pexels)

Em investigação, Meta é acusada de ignorar a saúde mental de jovens em prol do lucro

A segurança infanto-juvenil em redes sociais já é um ponto de discussão acalorado entre os órgãos reguladores há algum tempo, principalmente com o índice cada vez maior de crianças ou adolescentes que se encontram em condições comprometedoras e prejudiciais por conta da liberdade que aplicativos como o Instagram, TikTok, X e outros, conferem aos usuários. 

Recentemente, algumas dessas plataformas começaram a tomar medidas para cessar ou ao menos diminuir a proliferação do abuso de vulnerável na internet, mas nem todas elas são completamente benignas em suas interações com os jovens. 

Meta causa polêmica

A Meta, dona de grandes plataformas de mídia social como o Instagram e o Facebook, recentemente foi acusada pelo Wall Street Journal (WSJ) por deliberadamente abusar de práticas desenvolvidas justamente para atacar e se aproveitar das vulnerabilidades de adolescentes e pessoas mais jovens, conforme mostra uma série de documentos incriminatórios divulgados pela agência de notícias. 

Os documentos fazem parte de uma investigação conjunta envolvendo 41 estados norte-americanos, que estão prestando queixas e acusações gravíssimas quanto à má índole da empresa. Segundo os dados adquiridos através desse processo investigativo, a Meta teria deliberadamente desenvolvido produtos que são prejudiciais à saúde mental e física dos jovens usuários de suas plataformas, principalmente por promoverem práticas viciantes.


Pessoas trocando QR Code de amizade no Instagram (Foto: reprodução/New York Times/Jasmine Clarke)


Uma das provas mais incriminadoras anexadas à investigação são os detalhes de uma reunião feita pela alta cúpula da empresa, em 2020, onde consta que alguns dos produtos da Meta são desenvolvidos justamente levando em consideração as vulnerabilidades de um adolescente que, conforme descrito, seriam: predisposição a atos impulsivos, pressão de amigos e colegas e a comportamentos arriscados e/ou prejudiciais. 

Alguns dos produtos e serviços da Meta são, portanto, desenvolvidos com o objetivo de estimular o cérebro dos usuários adolescentes com doses significativas de dopamina (substância neurotransmissora que é responsável pela sensação de prazer), através de uma metodologia fria e que desconsidera completamente os efeitos negativos que isso pode trazer aos jovens, conforme consta nos documentos. 

Vale ressaltar que a investigação aponta essa como uma das intenções da empresa, mas nem todos os funcionários concordam com essa metodologia. Por exemplo, Karina Newton, Chefe de Política do Instagram, expressou preocupação em um e-mail de 2021 a respeito dos efeitos que a rede social pode causar na mente de jovens em formação, afirmando que é um medo presente não apenas nos detratores da rede social, mas também de investigadores legais, pais, e especialistas acadêmicos.

Meta não concorda com as acusações

A dona do Facebook negou todas as acusações. De acordo com Stephanie Otway, porta-voz da Meta, as provas são inteiramente circunstanciais, utilizando de documentos escolhidos arbitrariamente e citações seletivas que, por sua vez, criam uma visão errônea das intenções da empresa. 

Contudo, algumas das provas são bastante convincentes. Em um dos documentos, o nome de Mark Zuckerberg aparece ao instruir alguns de seus funcionários a aumentar a porcentagem de uso das plataformas da empresa por quaisquer meios necessários, mesmo que sejam prejudiciais aos usuários — apesar de avisos vindos de alguns dos próprios encarregados a cumprir essa tarefa. 

Os documentos também mostram que a Meta aparentemente ignorou a criação de contas indevidas tanto do Facebook e do Instagram por pré-adolescentes abaixo da faixa etária mínima requerida pelos órgãos regulatórios. E não apenas isso, os relatórios divulgados pela WSJ indicam que a empresa destacou a utilização de suas plataformas por grupos entre de crianças entre 11 e 12 anos como algo significativo; nos Estados Unidos, acredita-se que as redes sociais de propriedade da Meta tenham pelo menos 4 milhões de usuários pré-adolescentes. 

A investigação ainda não foi concluída e os resultados das acusações são incertos, mas a questão ética das práticas da Meta levanta uma preocupação importante tanto para os pais desses adolescentes quanto para os órgãos regulatórios responsáveis, gerando grande discussão na internet.

Foto destaque: Homem segurando celular com logo da meta exibido na tela (Reprodução/REUTERS/Dado Ruvic)

Revolução robótica: avanços em humanoides transformam setor

O mundo da tecnologia assiste a uma transformação significativa com o advento dos robôs humanoides, máquinas com aparências e capacidades semelhantes às humanas. Impulsionados pela expansão da inteligência artificial, esses robôs prometem alterar profundamente as dinâmicas cotidianas e industriais.

Humanoides no cotidiano

Os robôs humanoides, como apresentados recentemente pelo Business Insider, são a fronteira mais recente da robótica. Com o objetivo de se integrar às rotinas humanas, eles são projetados para realizar tarefas comuns, além de operações complexas e perigosas. Este segmento de mercado, segundo a MarketsandMarkets, pode alcançar um valor de US$ 13,8 bilhões até 2028.

Entre os exemplos mais notáveis está o Apptronik, originário de um projeto da Universidade do Texas e colaborador da NASA no desenvolvimento do robô Apollo. Sua funcionalidade abrange a adaptação em ambientes construídos para humanos, eliminando a necessidade de reformular espaços para acomodar essas máquinas.

Inovações e possibilidades

Outro marco importante é o Valkyrie, fruto da parceria entre Apptronik e NASA, projetado para ambientes espaciais adversos. A Universidade de Edimburgo, que realiza pesquisas com o Valkyrie, o considera um dos humanoides mais avançados do mundo.

A Engineered Arts, por sua vez, desenvolveu Ameca, um robô com capacidade de simular interações humanas, embora, conforme enfatizado por seu CEO, não possua consciência ou memória de longo prazo. Essa distinção é crucial para entender a natureza dessas máquinas.


Conheça o robô humanoide Ameca, em exposição na capital inglesa (Vídeo: reprodução/YouTube/CNN Brasil)


Expansão comercial e industrial

No cenário comercial, a inovação se destaca com a nomeação do robô Mika como CEO da fabricante de bebidas Dictador. Além de liderar a empresa, Mika também assumiu um papel acadêmico como professor honorário na Universidade de Gestão de Varsóvia.

A Agility Robotics trouxe o Digit, um robô testado pela Amazon em manuseio de materiais. Seu design humanoide sugere futuras aplicações em ambientes domésticos, embora essa realidade ainda esteja distante, segundo Damion Shelton, CEO da empresa.

Fronteiras da inovação

A Tesla também entrou na corrida com seu robô Optimus, revelado em 2022. Elon Musk, CEO da Tesla, prevê um futuro onde o Optimus poderá realizar atividades complexas, como ballet, em poucos anos.

À medida que essas tecnologias avançam, espera-se que elas remodelarão não apenas o mercado de trabalho, mas também a interação humana com máquinas.

 

Foto Destaque: Ameca, robô humanoide da Engineered Arts (Reprodução/Engineered Arts/Olhar Digital)

Projeto Overture: avião supersônico de teste pode estar pronto para decolar

A Boom Supersonic, empresa por trás do avião supersônico Overture, está visando metas ambiciosas para os próximos anos. Apesar do primeiro voo do Overture estar agendado para ocorrer em quatro anos, a empresa está se concentrando em um teste significativo ainda neste ano. Esse teste será conduzido com o XB-1, um modelo de testes que recebeu certificação da Administração Federal de Aviação dos Estados Unidos.

O XB-1, uma aeronave em menor escala projetada apenas para o piloto, completou rigorosas certificações, abrangendo avaliações detalhadas do sistema de combustível e do motor. Embora a data precisa do voo de teste ainda não tenha sido divulgada, a expectativa é que ocorra no Porto Espacial e Aéreo de Mojave, na Califórnia, um local historicamente reconhecido por sediar o primeiro voo supersônico em 1947.


Modelo de teste XB-1 (Foto: reprodução/Airway)


Aviões supersônicos

O êxito no desenvolvimento do XB-1 forneceu à Boom Supersonic dados cruciais que serão empregados na fabricação do Overture. Com um teste bem-sucedido do XB-1, a empresa acelerará o cronograma de produção do Overture, inicialmente planejado para iniciar em 2025.

A previsão para o primeiro voo comercial foi ajustada de 2026 para 2027.

A Boom Supersonic destaca não apenas as notáveis capacidades do Overture, mas também seu compromisso com uma experiência de passageiro excepcional. A empresa assegura um ambiente interno espaçoso e uma experiência de viagem de alta qualidade.

Overture

Com uma extensão quase três vezes maior que o modelo de teste, o Overture pretende transformar as viagens aéreas, proporcionando o dobro da velocidade das aeronaves convencionais. Ele alcançará 1.800 km/h sobre o mar, superando em 20% seu desempenho sobre o continente.

O Overture não só atuará em mais de 600 rotas programadas por companhias aéreas, mas também servirá para otimizar viagens de políticos, militares e médicos. Com uma capacidade para até 80 passageiros, autonomia de 7.867 km e uma velocidade máxima de 1,7 Mach, o Overture se propõe a revolucionar as viagens aéreas, reduzindo pela metade a duração de voos como Miami a Londres, que passaria de cerca de 10 para 5 horas.

Já com 130 unidades encomendadas por importantes companhias aéreas, o Overture está prestes a transformar a aviação supersônica. A produção em larga escala está agendada para começar em 2025, na nova fábrica que a Boom Supersonic está construindo na Carolina do Norte. Esta instalação tem a capacidade de fabricar até 33 unidades do supersônico por ano, com a possibilidade de dobrar essa capacidade através de uma segunda linha de produção.

 

 

Foto Destaque: Overture (Reprodução/AEROIN)

Meta e X enfrentam críticas por censura e falhas de moderação em guerra Israel-Hamas

Desde o início do conflito entre Israel e Hamas, Meta enfrenta críticas por censura de conteúdos pró-Palestina e erros na moderação de suas plataformas, enquanto o X de Elon Musk é acusado de falhar na remoção de conteúdo de ódio. Usuários do Instagram relataram “shadow banning” e preconceito com palestinos; inteligência artificial da Meta no WhatsApp também exibia stickers de crianças palestinas armadas.

Falhas de moderação e acusações de censura nas redes sociais 

As críticas à Meta se agravaram em outubro, com relatos sobre censura de conteúdos pró-Palestina e erros de moderação algorítmica. Segundo o The Guardian, usuários do Instagram relataram “shadow banning”, onde publicações pró-Palestina eram ocultadas dos feeds, além de traduções que rotulavam usuários como “terroristas”. 

Em relação à rotulação preconceituosa de usuários, a Meta se desculpou à BCC, segundo matéria de 20 de outubro, alegando ter reparado o problema que gerava traduções errôneas do árabe na plataforma.

No começo de novembro, segundo o The Guardian, a IA do WhatsApp da Meta também exibia figurinhas de crianças armadas em buscas por “Palestina”, evidenciando um viés da plataforma. 


Recurso de geração de figurinhas no WhatsApp apresentava crianças palestinas armadas (Foto: reprodução/WhatsApp/The Guardian)


A plataforma X, de Elon Musk, também foi alvo de críticas. Estudo do Center for Countering Digital Hate publicado em 14 de novembro revelou que 98% das postagens denunciadas como contendo discursos de ódio, como antissemitismo e islamofobia, não haviam sido removidas uma semana após a denúncia, evidenciando uma deficiência do X para moderação de conteúdo.

Leis por maior transparência das plataformas aguardam aprovação nos EUA

As falhas na moderação e denúncias de censura destacam a necessidade de transparência e equidade nas redes sociais, especialmente em contextos de crise. Nora Benavidez, da Free Press, enfatiza a importância da liberdade de expressão e da disseminação justa de informações. 

Quando parece que as plataformas estão limitando certos pontos de vista, isso alimenta a da divisão e tensão porque pessoas de todos os lados da questão se preocupam que seus conteúdos sejam alvo […] Esse tipo de preocupação e paranoia, que se espalha nas comunidades, estimula ambientes elétricos e incendiários“, disse ao The Guardian.

Nos Estados Unidos, cresce a pressão legislativa por maior transparência nas redes sociais, destacada pela Lei de Responsabilidade e Transparência de Plataformas e a Lei de Proteção dos Americanos contra Algoritmos Perigosos, que aguardam aprovação.

Foto Destaque: protesto pró-Palestina em Denver, Colorado, em 5 de novembro (Jason Connolly/AFP/Al Jazeera)